[CONCLUÍDA]Jeon Jungkook sempre foi um vampiro muito solitário. Comandando um hotel muito bem frequentado, se via sem diversão alguma, até que resolve convidar seus velhos amigos para uma simples festa em seu hotel. O que Jeon não esperava, era que...
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- Ou você é idiota, ou você é idiota. - Taehyung disse, observando o bolinho gritante que lhe mandava um oi brevemente, enquanto analisava a situação do amigo.
- Tae, já disse que não tive culpa! - Indignou-se. - Ele é um humano.
- Essa é a sua única justificativa? Sério, Jeon? - Abandonou sua comida, cerrando os olhos para o drácula.
- N-não. - Encolheu-se sobre a cadeira, magoado como nunca. - Ele também é homem, sabe que papai me mataria se soubesse.
Kim bagunçou os cabelos negros, cansado daquela conversa sem fim. Pôde contar mais de trinta minutos tentando colocar naquela cabecinha sombria do vampiro que se apaixonar não é errado, mas tudo que Jungkook fazia era dizer que Park é um humano.
- Você já tem cento e vinte anos, querido. Sabe se cuidar. Quanto ao seu pai, tenho certeza que um dia ele se arrepender severamente disso.
Jeon não conseguiu dividir o olhar com o amigo, pois a garganta ardia e os olhos coçavam. Por que era tão difícil ser rejeitado? Digo, se Kihyun lhe prometeu cuidar de si até seu último suspiro, por que negligenciou seus cuidados ao descobrir sua sexualidade?
- E-eu não sei, Tae... - Grunhiu. - Papai construiu este hotel apenas para me proteger, e agora eu abandono tudo? Não!
Passou as mãos sobre a calça larga que usava, não trocara de roupa desde ele se foi. Não queria chorar na frente do outro, sempre passou a imagem de um cara durão e sem sentimentos, mas agora tudo que queria era aninhar-se no colo alheio e deixar que as lágrimas caíssem pesadas, afinal, todos temos de transbordar um dia. Jungkook passou tempo demais escondendo as mágoas, fugindo de algo novo, e talvez seja esse o motivo de não querer amar. De ter medo.
Pois sua chuva de novembro poderia queimar. Não poderia tocar Jimin pois o machucaria facilmente. Park era como uma peça frágil para mãos descuidadas, para a pessoa errada. Não queria o objetificar, entretanto não parecia ter outra maneira de representá-lo sem ser de forma tão delicada.
Como chegaram tão longe? Ele deveria saber! Teve Park pouco menos de uma noite, então por quê sentir saudades do que nunca teve?
- Jun, me escute. - O monstro voltou a dizer. - Você me fala tanto sobre amadurecer, diz que humanos não crescem, mas quem não quer enxergar a realidade agora, é você.
- Quê?
- Em algum momento ele lhe fez mal? Não! Você precisa deixar o passado no passado, humanos podem ser ruins, mas não generalize assim.
- Eles mataram minha mãe, Kim! - Gritou, a voz ecoou pelo salão, deixando o monstro irritado.
- Jimin não matou sua mãe! - Levantou-se. Ah, enfiaria uma adaga no peito daquele infeliz.
Jungkook vacilou, ele estava certo. Estava tão cego que não pôde enxergar uma coisa óbvia: se igualava aos humanos cruéis que o deixou sem família. Não queria admitir que eles evoluíram, assim como àqueles seres não aceitavam.
