De Repente Lésbica

Ainda Te Amo

E aí, meu povo!

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P.O.V. Ally

Quando Camila me disse que Lauren voltou eu me assustei. Camila sofreu muito com a partida de Lauren. Ela quase entrou em depressão. A cabeça dela deve estar uma bagunça agora.

- Camila, como você sabe que ela voltou? – Perguntei.

- Ela é a nova funcionária do hospital. – Falou.

- Eita porra! – Normani exclamou.

- Pois é, e o pior é que Vero me chamou para ir jantar junto com Lucy e Lauren, mas eu não sabia que era essa Lauren e fui. – Camila concluiu.

- Mas... E o pedido de namoro? – Normani perguntou confusa.

- Desculpa, mas eu não sei do quê você está falando. – Camila ergueu uma sobrancelha.

- Ariana iria te pedir em namoro hoje, Camila. – Dinah explicou e Camila abriu a boca em descrença.

- Putz! Por isso que ela queria que eu fosse para o apartamento dela ontem. – Passou a mão nos cabelos. – Eu fiquei até com medo dela. Ariana disse que eu era dela e saiu me puxando pelo braço. No mesmo momento eu terminei tudo. – Falou com indignação.

- Ela é louca! – Dinah exclamou e afirmamos.

Um silêncio meio desconfortável se instalou e eu resolvi quebrá-lo.

- Mas... E você? Como está se sentindo com tudo isso? – Pergunto.

- Ally, eu sinceramente não sei. – Suspirou. – Não sei se ainda amo a Lauren, ainda tenho mágoa do que aconteceu. Depois que ela deixou aquela carta... – Deixou a frase morrer.

- Se ela tentasse te explicar o que aconteceu, estaria disposta a ouvi-la? – Normani indagou.

- Eu não sei... – Camila murmurou.

Dinah e Normani nunca acreditaram que Lauren havia fugido e, muito menos que ela havia escrito aquela carta, objeto que nunca tivemos acesso. Segundo Dinah, o pai da Lauren estava muito tranquilo para um pai que soube que a filha fugiu.

P.O.V. Lauren

Ficou um pouco tarde e eu resolvi me despedir de Vero, afinal, eu estava lá desde ontem à noite. Precisava ir para casa.

Me despedi e entrei no carro.

No caminho, passei pelo percurso que costumava fazer antes e me perguntei se meus irmãos continuavam morando na mesma casa. Hesitei um pouco, mas resolvi ir lá.

~Quebra de Tempo~

Depois de dirigir por uns 5 minutos, cheguei na minha antiga casa e um arrepio me perpassou.

Bom... É agora ou nunca!

Bati na porta e esperei.

- Lauren! – Taylor abriu a porta e se jogou em meus braços.

- Tay-tay! – A apertei em meus braços.

- Taylor! Quem era? – Chris veio até a porta e travou ao me ver.

- Chris! – Soltei Taylor e me joguei em seus braços.

- Maninha! – Caiu na real e correspondeu o abraço.

Entramos e eu expliquei o que realmente aconteceu. Como meus pais não estavam, relaxamos. Taylor me disse que meu pai tinha dito para as minhas amigas que eu havia fugido e deixado uma carta dizendo que odiava a todos. Juntei as peças e percebi que é por isso que Camila pensa que eu a deixei. Preciso esclarecer as coisas.

- O papai trata vocês bem? Sejam sinceros... – Perguntei com um pouco de medo da resposta.

- Por incrível que pareça, sim. – Taylor respondeu e eu suspirei aliviada. Os abracei.

Como ainda tinha que trabalhar amanhã, decidi ir embora. Meus pais poderiam chegar a qualquer momento. Me despedi dos meus irmãos e prometi que voltaria logo.

~Quebra de Tempo~

Chego em casa, janto e tomo banho. Depois, me deixo ser levada pelo sono.

P.O.V. Camila

Estou no hospital tentando organizar alguns prontuários. Eu estou acabada, não consegui dormir ontem. Advinha o porquê. Isso mesmo! Os malditos olhos verdes.

Sou retirada de meus devaneios quando alguém bate na porta.

- Pode entrar! – Falo. Era Lauren. Mas que merda!

Lauren entra de cabeça baixa e eu me levanto da cadeira.

- O que faz aqui? – Pergunto.

- Será que podemos conversar? – Lauren levanta a cabeça e nossos olhares se encontram. Seus olhos estavam clarinhos, mas sem brilho algum. Sinto um bolo se formar em minha garganta.

- Não temos nada para conversar Lauren. – Rebato.

- Me deixa esclarecer tudo. Por favor! – Implorou e eu me segurei para não chorar.

- Não temos nada para conversar Lauren. – Falei um pouco mais alto. – É surda? – Uma lágrima escorreu por seu rosto.

- Mas Camz... – Interrompi.

- NÃO ME CHAME ASSIM! – Gritei. – Vai embora! Agora! – Ela abaixou a cabeça.

- Eu vou, mas saiba que eu ainda te amo, Camz. – Disse e saiu.

Me permiti chorar. Será que o que ela disse é verdade? Droga!

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Aiai

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