Tetraplégica?

301 16 0
                                    

P.O.V. Camila

- Então... A Lauren foi baleada pelas costas, a bala atingiu a região da coluna cervical e por pouco não atingiu a medula espinhal. – Vero fala.

- Como ela está agora? – Taylor pergunta.

- Instável, nós precisaremos realizar uma cirurgia para a retirada do projétil, já que a bala ainda está alojada em seu corpo. – Vero explica.

- Mas quais os riscos dessa cirurgia? – Pergunto nervosa. Também sou médica, sei que em qualquer cirurgia há riscos, mas...

- Eu vou ser sincera, estou nervosa para realizar essa cirurgia, pois ela é muito arriscada. Qualquer erro pode deixar a Lauren tetraplégica. – Vero fala.

- Tetraplégica? – Caio no choro e Vero se aproxima.

- Mila, vai dar tudo certo, ok? – Me abraça. – Agora eu preciso ir, não podemos perder tempo. – Fala e sai.

- A Lo pode ficar tetraplégica! – Entro em desespero.

- Camila, ela não vai ficar tetraplégica. – Dinah vem para o meu lado e nos sentamos.

- Dinah, e se é algo der errado? – Penso na possibilidade de algo acontecer e o choro se intensifica.

- Ei, não vai dar nada errado. – Mani se abaixa em minha frente. – A Vero é uma ótima cirurgião e você sabe disso.

- Exatamente. Você tem pensar positivo, mi hija. Você tem que acreditar que tudo vai dar certo, entendeu? – Meu pai – que estava abraçando Taylor – fala e eu assinto.

- Eu e seu pai passamos na sua casa e pegamos algumas roupas pra você. – Mama fala e me entrega uma muda de roupas, então lembro que minhas roupas ainda estão sujas. – Ah, a Keana mandou te dar. – Me estende o meu celular e o da Lauren e eu pego.

- Onde está a Sofi? – Pergunto.

- Eu deixei ela com a vizinha, mas como já é noite, é melhor irmos. – Responde. – Meninas, se quiserem carona...

- Acho que vou aceitar, tia Sinu. – Lucy fala.

- Taylor, é melhor você ir com as meninas. – Chris fala. – Eu fico aqui com a Camila.

- Chris, eu não quero ir. – Taylor nega.

- Tay, hospital não é um bom lugar pra você ficar. – Chris tenta convencê-la.

- Eu quero ficar com a Lauren. – Taylor insiste.

- Vamos fazer assim... – Meu pai fala. – Você vai com a gente e amanhã nós voltamos cedinho, tudo bem? – Pergunta.

- Vamos voltar mesmo? – Taylor duvida.

- Claro que sim. Eu prometo. – Fala. Meus pais se aproximaram muito dos irmãos da Lauren, se tornaram uma segunda família para eles.

- Tudo bem... – Taylor finalmente concorda.

- Sendo assim, estamos indo. – Minha mãe fala. – Se cuide e cuide do Chris. Amanhã estaremos aqui.

- Ok, se cuidem vocês também. – Respondo.

- Tchau, Mila. – As meninas se despedem.

- Tchau, gente. – Falo e todos saem. – Eu vou trocar essa roupa, daqui a pouco eu volto, tá? – Informo.

- Tudo bem, pode ir. – Chris fala e eu pego minhas roupas, saindo em seguida.

Sigo direto em direção ao banheiro. Conheço esse lugar como a palma da minha mão, já que trabalho aqui. Mas eu não esperava voltar aqui antes de as minhas férias acabarem.

Entro no banheiro e troco de roupa. Vou até a pia e lavo meus antebraços e mãos. Saio do banheiro e quando estou retornando à sala de espera, meu celular toca.

Ligação On*

- Alô? – Atendo.

- Oi, Mila.

- Ally! Como você está?

- Preocupada, eu já sei o que houve com a Lauren. Liguei pra saber como você tá. Fizeram algo com você?

- Não fizeram nada... não comigo, mas se eu pudesse trocar de lugar com a Lauren, eu trocava.

- A Laur vai ficar bem.

- Eu espero que sim.

- Me manda notícias, tá?

- Certo, assim que puder eu ligo.

Ligação Off*

Guardo o celular e sigo meu caminho.

De Repente LésbicaOnde histórias criam vida. Descubra agora