Herdeiro Agostinni

Capítulo VI - "Pai?"

- MEU DEUS_ ela gritou quando pegou o meu celular.

- O que foi? O celular fez alguma coisa com você? Levou algum choque?_ perguntei todo preocupado.

- Não é isso, é que esse celular foi lançado semana passada_ falou ela olhando para o meu novo iPhone.

- Você quer dizer no Brasil né?_ falei estranhando, pois já tem um mês que eu possuo esse celular. Ou só se a mamãe...

- Não, no mundo todo. Ele é maravilhoso mesmo, pensei que era apenas marketing. Desbloqueia ele para eu colocar o meu número e desculpa os gritos, é que esse celular é o sonho de qualquer pessoa!

- Não se preocupe, achei que tinha acontecido algo._ falei pegando o meu celular e olhando para ele. Desbloqueou na hora.

- Meu Deus que chique_ falou ela pegando no meu celular, mas ela parou, ficou olhando pra ele por alguns estantes.

- Tudo bem?_ perguntei estranhando, pois ela parou olhando o celular e não mexeu em nada.

- Ó... É... _ ela ficou com vergonha do nada.

- Pode dizer, tem algo de errado?_ perguntei tentando acalmar ela, pois ela estava ficando muito vermelha.

- É que ele é tão maravilhoso que eu tenho medo de mexer em algo que não sei e acabar estragando._ falou em tom baixo.

- É isso? Não se preocupe, não vai estragar. O iPhone é um pouco diferente do Android, mas não é um bicho de sete cabeças._ ao poucos fui ensinando ela a como mexer no celular, quando ela colocou o seu número no meu celular e ia me devolver, eu não aceitei. Falei que ia ensinar ela a mexer em tudo, para caso algum dia ela precise mexer no meu celular, ela não irá ficar toda paranóica.
Alice é muito divertida, pensei o resto do intervalo ensinando ela a mexer no celular, a cada minuto ela fazia alguma palhaçada. Mas a pior de todas foi quando ela entrou na minha galeria, disse que tava com medo de ver algo que não podia, no momento eu não tinha entendido, até sentir o meu rosto queimar de tanta vergonha e enteder perfeitamente o que ela quis dizer. Não disse nada, tentei só tirar aquilo da minha cabeça.

[...]

Quando as aulas acabaram, eu tinha uma amiga. Ela grudou em mim e fomos caminhando para fora do colégio. Eu realmente achei que a Alice só estava fazendo aquilo por pena, porém ela ficou ao meu lado o resto das aulas, as vezes o professor chamava sua atenção pois ela não parava de falar um minuto, eu falava um coisa ou outra, mas ela falava de tudo. Ela pirou quando soube que eu era gay, falou que agora tinha alguém para conversar sobre maquiagem e moda. Eu logo comecei a rir, dizendo que com certeza eu era um gay defeituoso, pois não sabia de nada sobre moda ou maquiagem.

Quando passamos pelo portão tinha alguns carros parado na frente do colégio para buscar os alunos.

- Olha aquele homem, ó céus! Nem a mão de Deus me levantava do colo desse homem._ quando eu olhei na direção que ela estava olhando, eu dei uma risadinha.

- O nome dele é Fábio.

- Oh meu Deus, você conhece?

- Conheço sim!_ falei.

- Jesus, ele é seu pai? Desculpa eu não sabia, meu Deus que vergonha eu estou sentindo agora.

- Relaxa, ele não é o meu pai!_ falei chegando perto do carro.

- Bom dia menino Ravi_ falou chegando perto de mim e pegando minha mochila, nunca entendi o motivo dele e do seu irmão Alfred fazer isso. Parece que eu era um menino frágil que não podia carregar peso. - E essa menina linda quem é?_ falou olhando para Alice ao meu lado. Quando ele disse isso, vi Alice ficar com vergonha. Fábio era o irmão mais novo de Alfred, os dois vierem para o Brasil com a gente, eles não têm família. São só eles dois, então aceitaram a proposta das minhas mães.

- Essa é Alice, Fábio. Ela é minha amiga!_ falei todo feliz por dizer aquilo.

- Sua amiga menino Ravi?_ confirmei com a cabeça. - Fico feliz que você já tenha uma amizade na nova escola, isso vai deixar a senhora Camilla mais tranquila. Prazer senhorita, sou Fábio o motorista do Ravi_ falou pegando na mão dela.

- Prazer é todo meu_ e lá estava a Alice sem vergonha que eu conheci a poucas horas. Pela cara do Fábio, ele não entendeu, mas se tivesse entendido também, ninguém ia saber. Pois ele continua com a mesma fisionomia que estava antes.

- Você irá com nós?_ perguntei para Alice.

- Não precisa se incomodar, eu e o meu irmão vamos de carona com os amigos dele.

- Tá bom, tchau e até amanhã._ falei esticando minha mão.

- Tchau querido_ ao invés de pegar na minha mão, ela me abraçou. Quando me largou e deu um tchau super rápido e nervoso para o Fábio e saiu em direção ao seu irmão que estava com os meninos de hoje mais cedo.

- Vamos menino?_ falou Fábio abrindo a porta do carro para mim.

- Vamos!_ entrei no carro.

[...]

Quando cheguei em casa fui direto para o meu quarto trocar de roupa para almoçar, hoje minhas mães não estavam em casa, mamãe estava no escritório fazendo mais milhões para fortuna da família. Já mãe Camilla estava no restaurante, seu sonho! Já fazia duas semanas que ele foi aberto e todos os dias ele estava cheio. Eu fui no dia da inauguração com a mamãe, nós estávamos muito orgulho da mamãe.

- Menino Ravi, desculpa a indiscrição, mas o meu irmão falou que você arrumou uma amiga no colégio!_ falou Alfred entrando na sala de jantar, onde eu estava almoçando.

- Eu tenho sim Alfred, ela se chama Alice, meio louca. Porém ela é incrível!_ falei sorrindo alegremente.

- Fico muito feliz em saber disso menino. Agora licença, não vou atrapalhar o seu almoço.

- Pare com isso Alfred, você nunca atrapalha. Agora sente-se e me acompanhe. Odeio almoçar sozinho e pelo jeito minha mães não vem hoje._ falei estranhando, pois as duas na maioria das vezes almoçava comigo, uma regra da família, fazer de tudo para não deixar o trabalho afetar a nossa família. Isso inclui, nossas atividades em família.

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Oi gente?
Alice está se mostrando uma amiga bem safadinha rs
Não esqueçam de votar e comentar, isso me ajuda muito.
Saber que vocês estão pensando da história.
Bjsss e até o próximo capítulo!!!

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