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A mesma coisa aconteceu quando as pessoas viram o Cristo. Imediatamente viram sua própria
sujeira, sua necessidade de purificação.
Foi o que aconteceu comigo. Era como se um holofote gigante estivesse me iluminando. Tudo que
conseguia ver eram minhas fraquezas, meus erros e meus pecados.
Voltei a repetir: “Querido Jesus, por favor, tenha piedade de mim.”
Depois ouvi uma voz que eu sabia ser do Senhor. Foi sempre tão gentil, mas era inconfundível.
Ele falou para mim: “Minha misericórdia sobre você é abundante.”
Minha vida de orações, até aquele ponto, era a normal de um cristão médio. Mas agora eu não
estava apenas falando como Senhor. Ele estava falando comigo. E oh, que comunhão foi aquela!
Não sabia, mas o que estava acontecendo comigo na terceira fila da Primeira Igreja Presbiteriana
em Pittsburgh era somente uma antecipação do que Deus tinha planejado para o futuro.
Aquelas palavras ressoaram em meus ouvidos: “Minha misericórdia sobre você é abundante.”
Eu me sentei chorando e soluçando. Não havia nada em minha vida que se comparasse com o que
estava sentindo. Estava tão completo e transformado pelo Espírito que nada mais me importava. Não
me importava se uma bomba nuclear acertasse Pittsburgh e o mundo todo explodisse. Naquele
momento senti, como descreve a Palavra de Deus: “paz [...] que excede todo o entendimento”
(Filipenses 4:7).
Jim tinha me contado sobre os milagres que aconteciam nos encontros da Srta. Kuhlman. Mas
eu não tinha ideia do que estava prestes a presenciar nas três horas seguintes. Pessoas que eram
surdas de repente podiam ouvir. Uma mulher se levantou de sua cadeira de rodas. Havia
testemunhos de cura de tumores, artrite, dores de cabeça e muito mais. Mesmo seus críticos mais
severos reconheciam as curas genuínas que aconteciam em seus encontros.
O culto foi longo, mas parecia um momento breve.

Nunca tinha me sentido tão movido e tocado

pelo poder de Deus antes.
Por que ela está chorando?

quequanto o culto continuava e eu orava em silêncio, tudo parou de repente. Pensei: “Por favor,
Senhor, não permita que esse encontro termine.”
Olhei para cima e vi Kathryn segurando a cabeça com as mãos enquanto começava a chorar. Ela
chorou e soluçou tão alto que tudo parou. A música parou. Os ajudantes ficaram congelados em suas
posições.
Todo mundo olhava para ela. E eu não tinha a menor ideia de por que ela estava chorando. Nunca
tinha visto um ministro fazer isso. Por que ela chorava? (Contaram-me mais tarde que ela nunca tinha
feito qualquer coisa como aquela antes e membros de sua equipe se lembram desse dia até hoje.)
Continuou chorando por uns dois minutos. Depois levantou a cabeça. Lá estava ela, a poucos
passos a minha frente. Os olhos estavam queimando. Ela estava viva.
Naquele instante, Kuhlman foi ousada de uma forma que eu nunca tinha visto na vida. Apontou seu
dedo para frente com enorme poder e emoção — até dor. Se o demônio em pessoa estivesse ali, ela
teria se livrado dele com um simples toque.
Foi um momento de incrível dimensão. Ainda chorando, olhou para a audiência e disse com muita
agonia: “Por favor.” Ela parecia esticar a palavra: “Poorrr favor, não entristeçamo Espírito Santo.”
Ela estava implorando. Se você puder imaginar uma mãe implorando para um assassino não atirar
em seu bebê, foi assim. Ela implorou e pediu.
— Por favor — ela chorava —, não entristeçam o Espírito Santo.
Até hoje posso ver seus olhos. Era como se estivessem me olhando diretamente.
E quando falou isso, dava para soltar um alfinete e ouvi-lo cair. Eu tinha medo de respirar. Não
movia nenhum músculo. Estava me segurando no banco na minha frente e tentando imaginar o que
aconteceria em seguida.
Depois ela falou: “Vocês não entendem? Ele é tudo que eu tenho!”
Pensei: “O que ela está falando?”
Então ela continuou seu pedido fervoroso dizendo: “Por favor! Não o entristeçam. Ele é tudo que
tenho. Não machuquem aquele que eu amo!”
Nunca esquecerei essas palavras. Ainda consigo me lembrar da intensidade de sua respiração
quando as disse.
Em minha igreja, o pastor falava sobre o Espírito Santo. Mas não dessa maneira. Suas
referências tinham a ver com dons ou línguas ou profecia — e não com: “Ele é meu amigo mais
próximo, mais pessoal, mas íntimo, mais amado.” Kathryn Kuhlman estava me dizendo sobre uma
pessoa que era mais real do que você ou eu.
Depois ela apontou seu longo dedo para mim e disse com grande clareza: “Ele é mais real do que qualquer coisa neste mundo!”
Preciso ter isestavaQuando olhou para mim e pronunciou essas palavras, algo literalmente me agarrou por dentro.
Realmente fiquei preso. Chorei e disse: “Preciso ter isso.”
Agora, francamente, achei que todos naquele culto estavam se sentindo exatamente da mesma
maneira. Mas Deus tem uma forma de nos tratar como indivíduos e acredito que aquele culto era só
para mim.
Por favor, entendam, como um cristão novo não tinha nem como compreender o que estava
acontecendo naquele culto. Mas não poderia negar a realidade e o poder que estava sentindo.
E quando o culto chegava ao fim, olhei para a evangelista e vi o que parecia uma névoa ao redor e
em cima dela. No começo achei que meus olhos estavam me pregando uma peça. Mas estava lá. E seu
rosto estava brilhando como uma luz atravessando a névoa.
Não acreditei em nenhum momento que Deus estivesse tentando glorificar a Srta. Kuhlman. Mas
acredito que ele usou aquele culto para revelar seu poder para mim.
Quando o culto terminou, a multidão saiu, mas eu não queria me mover. Tinha vindo correndo,
mas agora queria apenas me sentar e refletir sobre o que tinha acontecido.
O que sentira naquele prédio fora algo que minha vida pessoal não me oferecia. Eu sabia que a
perseguição continuaria quando voltasse para minha casa.
Minha autoimagem estava praticamente destruída por causa dos meus problemas de fala. Até
quando era criança, nas escolas católicas, minha gagueira tinha me isolado; eu quase não conversava
com ninguém.
Mesmo depois que me tornei cristão, fiz muito poucos amigos. Como poderia conhecer novas
pessoas se quase não conseguia me comunicar?
Então não queria que essa sensação encontrada em Pittsburgh me deixasse. Tudo que eu tinha na
vida era Jesus. E nada mais na vida tinha muito significado. Eu não tinha nenhum futuro real. Minha
família tinha praticamente virado as costas para mim. Oh, eu sabia que me amavam, mas minha
decisão de servir a Cristo criou um abismo que era amplo demais.
Fiquei sentado ali. Afinal, quem quer ir para o inferno depois que foi ao Céu?
Mas não havia escolha. O ônibus estava esperando e eu precisava voltar. Parei no fundo da igreja
por um último momento, pensando: O que ela quis dizer? O que estava falando quando se referiu ao
Espírito Santo?
Durante todo o caminho de volta a Toronto fiquei pensando: Não sei o que ela quis dizer. Até
perguntei a algumas pessoas no ônibus. Não puderam me responder porque também não tinham
entendido.
Não é preciso dizer que, quando cheguei em casa, estava totalmente exausto. Pela falta de
sono, pelas horas na estrada e por uma experiência espiritual que fora como uma montanha-
russa emocional, meu corpo estava pronto para descansar.
Mas não conseguia dormir. Meu corpo estava cansado até os ossos, mas meu espírito ainda estava

Ativando como uma cadeia infinita de vulcão explodindo dentro de mim.....



Bom Dia Espirito Santo Onde histórias criam vida. Descubra agora