Capítulo 1

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Luísa

Se eu pudesse voltar atrás, jamais teria entrado naquele grupo de amigas, jamais teria feito o que fiz.

Sempre fui uma menina tranquila, até me juntar a pessoas que não faziam meu tipo, pessoas que fizeram minha cabeça, eu, uma menina boba, era fácil de ser influenciada, e me influenciaram, a curtir mais do que devia.

Com 18 anos, eu conheci o Gabriel, ele era lindo, mais velho que eu, me apaixonei e minhas amigas me ajudaram a ficar com ele, esse "ficar" foi a maior emboscada, ele me fez perder a virgindade com ele, e eu perdi, minhas amigas tudo já haviam perdido, eu queria saber como era.

Dois meses depois, descobrir que estava grávida, foi um pânico, minhas amigas, ao saber, se afastaram de mim, o Gabriel, ficou puto da vida, mas logo aceitou, meus pais? Me jogaram pra fora de casa, como se joga um lixo, disseram que eu era a vergonha da família, que eu iria sujar o nome deles.

Passei a viver com o Gabriel, estudava a noite, já que, a barriga começou a crescer e eu era bastante zoada no colégio, tinha vários apelidos "Santa virgem", "Nerd virgem", "grávida do macho dos outros", "nerd grávida", e por aí vai. Eu estava no último ano, me atrasei por conta de problemas familiares.

Quando completei sete meses, minha bolsa estourou, corri para o hospital, sozinha, pois o Gabriel trabalhava o dia todo.

Meu filho nasceu prematuro, ele era lindo, Davi, era o nome dele.
Gabriel chegou no hospital logo após o parto, e foi ver o Davi na UTI.
Fiquei uma semana no hospital, até que o Davi teve uma parada cardíaca e não resistiu, foi um baque, me senti sozinha, me senti culpada, eu só queria morrer.

Eu não tinha ninguém ali, além de mim mesma.

O enterro do meu filho, foi mais triste ainda, não tinha quase ninguém, além de mim, do Gabriel e da família dele, que não sei o porque, sempre me odiou.

Ver meu filho sendo enterrado, foi a pior coisa da minha vida, eu queria estar ali no lugar dele, um ser tão indefeso.

Meus pais não me ligaram, eles souberam da morte do Davi, mas nunca me procuraram, eu sentia falta da minha mãe, perder um filho não é fácil, principalmente quando se tem 18 anos, e o mundo vira as costas pra você.

O amor cura (Livro I e II na mesma plataforma)Onde histórias criam vida. Descubra agora