O amor cura (Livro I e II na mesma plataforma)

Livro II: Capitulo 16

Luísa

Acordei com aquela sensação de vazio, minha casa vazia, sem meus filhos e meu amor.

Tomei um banho e só consegui tomar um copo de suco.

Me deu uma sensação estranha, de perigo, eu só pensava em meus filhos e meu coração começou a acelerar.

Quando ia ligar pra escola, meu telefone tocou, era a direção, me pedindo pra ir lá, com urgência, aí meu coração acelerou mais.

Eu sai que nem uma doida, dirigir tão rápido, que só agradeço a Deus pelos semáforos estarem abertos durante o caminho.

Quando cheguei na escola, me encaminharam pra sala da diretora.

- O que aconteceu? - Pergunto

- Luísa, certo? - A diretora pergunta e apenas afirmo com a cabeça - Eu peço mil desculpas, por um descuido, um homem invadiu o colégio hoje pela manhã em busca dos seus filhos, tentamos contê-lo, mas ele conseguiu alcançá-los - Ela diz

- Como isso pode acontecer? Com esse tanto de segurança? Onde estão meus filhos? - Pergunto

- Lamentamos muito, eu estou envergonhada, isso nunca aconteceu e não vai acontecer novamente, nunca mais - Ela diz

- Cadê meus filhos? - Pergunto

- Eu vou pedi pra levá-la até eles - Ela diz saindo da sala.

Ela chamou uma moça que me levou até uma sala, onde Maitê e Théo estavam abraçados, com uns semblantes de assustados.
Abracei os dois com tanta força, eu só queria protegê-los desse mundo.

- Está tudo bem? - Pergunto olhando para os dois

- Eu fiquei com medo mãe - Théo diz com a cara de choro

- Mamãe está aqui, vamos pra casa? A gente conversa melhor - Digo.

Saímos da escola e fomos para o carro, quando chegamos em casa, deixei as crianças tomarem um banho e depois sentamos no sofá e eles começaram a contar.

- Um homem invadiu a escola, ele entrou na sala em que eu estava com o Théo, e começou a dizer, que era meu pai, que o papai era um merda e que ele e o Théo só atrapalham a vida dele - Maitê dizia

- Ele gritava muito mamãe, chamava a Tete de filha e falava coisa do papai - Théo diz

Na minha cabeça só veio o Gabriel, como ele pode ter sido solto?

- Como era esse homem? - Pergunto e eles começam a me descrever.

Não pode ser, o Gabriel não pode ter voltado pra acabar com minha vida, não...