Capítulo 4

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Pov Aioria

Eu estou chocado, como essa mulher bate na porta do meu irmão depois de tantos anos? Eu nunca gostei dela, mesmo antes de conhece-la pessoalmente, e depois quando ela tentou tirar dinheiro do Aioros eu soube que ela não prestava.

– Aioros, quanto tempo. – Disse a sínica;

– O que você quer aqui? – Me meti no meio como sempre;

– Aioria… continua um ômega lindo! – Ahhh baranga!!! Ela diz assim na cara de pau? Mas isso é ruim, por que ela é alfa e meu irmão…

– Como se atreve? – Perguntou bravo me puxando pra trás dele – O que você quer aqui?

Ela revirou os olhos e sorriu, olhou pro meu irmão de um jeito estranho e olhou pra trás de si, meu olhar seguiu o seu e percebi um menino escondido atrás dela.

– Pare de se esconder atrás de mim. – Ordenou dura e eu me arrepiei, era a merda da voz de comando dos alfas;

O menino de assustou e saiu de trás dela muito rápido, dava pra ver que o pobre menino tinha medo dela. Reparei melhor o garoto, ele tinha cabelos e olhos castanho escuro, a pele meio bronzeada, parecia ter seis anos, tirando os olhos, ele se parece com o Aioros...NÃO, POR FAVOR NÃO ME DIGA QUE…

– Aioros, esse é o Seiya. Seu filho.

MIMHA ATENA, EU SOU TIO? Respira Aioria, respira… olhei pro meu irmão e vi que ele tinha perdido a cor, parecia que ia desmaiar. Para meu completo alivio, ele foi voltando ao normal.

– Como posso saber que não está mentindo?

– Você não sente o cheiro dele? É parecido com o seu, só mais suave. Se quiser fazer um exame de DNA pode fazer, depois faça o que quiser com ele, não é mais meu problema.

Disse pondo uma mala pra dentro de casa e empurrando o menino pra dentro, ela já estava indo embora mas Aioros a segurou.

– Como assim?

– Esse garoto já atrapalhou muito a minha vida, agora eu vou viajar pra outro país.

– Vai deixa-los aqui? Assim sem mais nem menos?

– Eu não me importo. Se você quiser o jogar num orfanato, fique a vontade. Eu só o trouxe por que achei que você ia quere-lo.

A maneira que ela falou me assustou, ela não parece se importar nem um pouco com o filho. Vejo-a se soltando do meu irmão e indo embora.

Eu não acredito no que acabou de acontecer…

Olho pro menino que estava de cabeça baixa e encolhido. Me aproximei e fiquei de joelhos pra ficar na altura dele, mesmo assim ele não me olhou, coitado, deve estar com medo.

– Oi Seiya, meu nome é Aioria, mas pode me chamar de tio.

                —OoooOOOoooO—

Pov Aioros

Vi Aioria tentando conversar com o menino, meu filho… Minha Atena, como pode? Seis anos...seis anos sem saber que sou pai...

Ele é tão pequeno, não parece ter seis anos, seu jeito submisso e esse cheiro mais suave só pode significar uma coisa. Ele é um ômega, ou melhor, vai ser um ômega.

– Você não quer olhar pra mim? – Tentou mais uma vez o meu irmão;

Seiya lentamente levantou a cabeça, seu olhar era de medo, o que é compreensivel já que a mãe dele o abandonou na casa de estranhos. Ele me olhou e fiquei ansioso.

– V.. você é meu papai? – Perguntou inseguro;

– Sou…

– Você vai me levar pro…– Pareceu tentar lembrar de algo – Pra onde ela disse que ia me levar?

– Pro orfanato? – Ele concordou com a cabeça – Não, claro que não, você agora vai morar conosco.

Isso parece tê-lo deixado feliz, mas ainda me olhava com desconfiança.

– Você está com fome Seiya? – Perguntou meu irmão;

Ele apenas concordou com a cabeça.

– Ótimo, venha vou colocar lasanha pra você.

Seiya pegou na mão de Aioria e foi para a cozinha, eu os segui e voltei para a mesa, embora a fome tenha fugido. Eu não consegui tirar os olhos do pequeno, ele é muito parecido comigo.

O pequeno parece que estavam com fome, mesmo com vergonha ele devorou o pedaço de lasanha que Aioria colocou, será que aquela mulher deixou meu filho com fome? Ela não presta mesmo.

Eu não sei o que fazer agora, e tenho certeza que Aioria quer conversar depois. Seiya terminou de comer e bocejou, talvez esteja cançado.

– Você está com sono Seiya? – Ele confirmou – Vem, hoje você pode dormir no meu quarto.

Meio desconfiado Seiya foi com meu irmão e eu esperei na sala, me perdi em pensamentos, meu cerebro ainda está processando o fato de que eu sou pai.

Quando dei por mim estava rindo, afinal eu sou pai!! Sempre amei crianças e agora eu tenho a minha, talvez tenha sido um choque no começo, mas eu tô feliz agora.

– Aioros. – Meu irmão me chamou;

– Ele já dormiu?

– Sim, acho que estava cançado da viagem… – Ele me olhou – E agora maninho?

– Eu não sei…mas eu sei de uma coisa, aquele garoto é meu filho e eu vou cuidar dele.

– Eu não esperava menos de você. – Disse sorrindo – Eu também vou cuidar dele.

– Obrigado…

– Amanhã vamos arrumar o quarto ao lado do meu pra ele.

                —OoooOOOoooO—

Pov Afrodite

Corri com medo de pegar chuva, o céu estava nublado e eu não quero molhar meu cabelo. Demorei mais do que esperava arrumando uns buques de flores para um casamento.

Eu tenho uma floricultura, sou apaixonado por flores desde criança, principalmente rosas.

– Ah, por pouco não molho meu cabelo. – Assim que entrei em casa a chuva começou;

Me chame de vaidoso se quizer, mas minha chapinha está maravilhosa. Fui tomar um banho quente. Moro sozinho desde que meu irmão foi morar em outro país, claro que não gostei muito, eu sou um ômega e por isso odeio morar sozinho, me sinto mais indefeso.

Fiz uma sopa pro jantar, enquanto comia trocava algumas mensagens com um amigo de longa data. As vezes acho minha vida simples de mais pra mim, talvez por estar sozinho…

Aí Atena, por que achar um homem que preste pra mim é tão dificil? Seria pedir muito um principe?… Ah ta bom, agora exagerei um pouco, mas essa carência tá me matando.

Um Babá Para Meus FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora