Um Babá Para Meus Filhos

Capítulo 8

*Pov Milo

No dia seguinte eu acordei cedo, mesmo só precisando ir na parte da tarde, ainda vou conhecer meu patrão e os meninos. Kardia ficou me zoando por estar ansioso, mas acontece que eu não faço isso a muito tempo.

– Qualquer coisa você pode me ligar. – Disse Kardia enquanto eu entrava no carro, já era 13 horas e ele me levaria;

– Você já disse isso Kardia. – Disse revirando os olhos;

– Eu me preocupo.

– Você faz uma tempestade num copo d'água.

– Está me chamando de escândaloso? Pois devo te lembrar que nós dois somos muito parecidos, ou seja, se eu for escândaloso você também é. – Lá vem;

– Tá bom Kar. Anda logo que eu não quero me atrasar.

– Já te falei o quanto você é ansioso?

– Você também é. – Retruquei e ele riu;

[…]

Suspirando eu caminho até a porta e bato. Kardia está certo, sou meio ansioso e estou quase roendo minhas maravilhosas unhas. A porta foi aberta e quem apareceu atrás dela foi um homem muito lindo.

Ele me parece muito familiar, mas não consigo me lembrar o por que. Talvez eu já tenha visto ele na rua, sei lá.

*Pov Camus

Eu conversei com os meninos ontem e os proibi de aprontarem algo. Já chega de procurar babás. Eu tenho certeza que Dégel escolheu bem, meu irmão sabe escolher. Ao escutar alguém bater na porta eu fui atender.

Parado com uma expressão ansiosa estava o ser mais lindo que eu já havia visto, eu o reconheci na mesma hora, não havia mudado quase nada, lindo como um anjo e carrega um olhar distante. Acho que travei na hora, só consegui olhar para esse anjo na minha frente.

– Hm… Oi? – Ele falou me tirando do transe;

– É você…

– Eu? – Me olhou confuso;

– O ômega do hospital…

Mais uma vez ele me olhou confuso, mas não durou muito e logo ele pareceu se lembrar. Por um instante eu pude ver algo em seus olhos, mas foi tão rápido que eu não pude decifrar o que era.

– Será que eu posso entrar? – Ele perguntou sem olhar no meu rosto;

– Ah, sim. Perdoe minha falta de educação, entre por favor.

Dei espaço para ele entrar, eu o guiei até a sala. É difícil acreditar que meu irmão escolheu para ser babá dos meus filhos o ômega mais belo que eu já vi na vida. Pude sentir seu cheiro outra vez. Maçã e canela. Ah como esse cheiro é maravilhoso.

Ele se sentou em um sofá e eu em outro. Não consigo parar de olhar para ele. Mas terei que me controlar, ele não parece muito a vontade. Eu me endireitei na cadeira e o olhei um pouco mais sério.

– Então você se chama Milo? – Havia decorado o nome que meu irmão falou;

– Sim. Milo Tibria, muito prazer senhor…

– Camus Guilaume. – Me apresentei;

– Sr. Guilaume. Seu irmão me disse que você trabalha muito.

– Sim, mas faço as refeições com eles aqui em casa. Mas não posso ficar o tempo todo com eles e por isso preciso de uma babá. Vou ser sincero, eles vão dar trabalho por algum tempo.

Não vou mentir, ele precisa saber que essas crianças são umas pestes. Sempre arrumo tempo pros meus filhos, mas isso não parece o suficiente e eles espantam toda babá que vem aqui.