Capitulo 1 - O começo

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Em um hospital, uma mulher gritava de dor, ao seu lado, um homem ruivo a olhava sem saber o que fazer, então permanecia escorado da parede do quarto.

— ONDE ESTÁ O MÉDICO? TIREM LOGO ESSA CRIANÇA DE DENTRO DE MIM!!!!!! — Gritou a mulher quando viu a enfermeira entrar no quarto;

— Calma Natassia, você só está assustando a pobre mulher.

— CALMA? VOCÊ ME PEDE CALMA, CAMUS? NÃO É VOCÊ QUE ESTÁ SENTINDO DOR!!

Camus suspirou e olhou para a enfermeira assustada.

— Onde está o médico?

— Ele já vem, acontece que está realizando outro parto no momento.

                    —oooOOOooo—

Em outro quarto do hospital, um jovem ômega estava chorando, havia acabado de dar a luz à um menino, mas infelizmente ele havia morrido. O jovem estava todo machucado, tinha marcas roxas pra todo lado.

A porta se abriu e um loiro muito parecido com o jovem choroso entrou. Era outro ômega, ele assim que o viu, correu para abraçar o menor.

— Milo, uma enfermeira me ligou... eu sinto muito irmão.

O jovem chamado Milo, apenas continuou chorando nos braços do irmão.

— Afinal, o que aconteceu com você? Quem fez isso?

— E-eu...eu estava saindo do supermercado...quando chegaram uns alfas bêbados... eles me atacaram... eu tentei...eu tentei me defender, Kardia eu juro...mas... — Ele soluçava e mais lágrimas desciam por seu rosto;

— Calma... eu tô aqui com você agora.

— Meu bebê, Kardia, eles mataram meu bebê...

Kardia não sabia mais o que dizer, embora sempre conseguisse fazer o irmão rir com suas palhaçadas, sabia que nada faria a dor dele diminuir. Aquele provavelmente era o pior dia da vida do irmão, acabou acompanhando o menor no choro.

Os dois irmãos ficaram ali, chorando naquela cama de hospital.

 
                        —oooOOOooo—

Camus olhava admirado para o pequeno em seus braços, era tão pequenininho e tinha as bochechas rosadas.

— Por que olha pra ele com essa cara? Ele tem cara de joelho, nem é tão bonito assim. — Comentou a mulher com maldade;

— Como pode falar assim? É seu filho também. —Camus agora tinha uma postura fria e olhava enraivecido para a mulher;

— Eu que não sou mãe desse fedelho, eu nem queria tê-lo, foi você quem insistiu, mas devo lembra-lo do acordo. Quando o médico me liberar, vou dar no pé.

— Bom, pelo menos não serei obrigado a te ver nunca mais.

Ambos se olhavam com ódio, não eram parceiros nem nada do tipo, mas dividiram a cama à alguns meses atrás e ela havia ficado grávida. Ela o procurou com a intenção de arrancar dinheiro dele, até por que ele é podre de rico.

Natassia era uma alfa ambiciosa que só se importava com o próprio umbigo e Camus a odiava, mas felizmente, ela já não era problema seu.

— Ah e me faça um favor, na hora de registrar o fedelho, não coloque meu sobrenome. Melhor ainda, coloque filho de mãe desconhecida.

— Será um prazer. E não chame MEU filho de fedelho.

Nessa hora, a porta do quarto foi aberta e um ruivo de óculos entrou. Tinha um olhar frio e olhou com indiferença para a mulher, a mesma sorriu cinicamente pra ele.

Um Babá Para Meus FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora