Um Babá Para Meus Filhos

Capítulo 10

* Pov Milo

Acordei com os olhos inchados de chorar na noite passada, tomara que dê para esconder, por que eu não posso chegar no meu emprego com a cara inchada. Lavei meu rosto e pelo menos, melhorou um pouco.

Me arrumei o mais apresentável possível e fui tomar café. Meu irmão pelo visto havia levantado cedo também, isso é ótimo pois ele vai ter de me dar uma carona.

– Bom dia.

– Bom. Está ansioso? hoje é seu primeiro dia.

– Estou. Me passa a geleia de maçã.

Eu amo, ou melhor, adoro maçãs. Uma coisa que tenho em comum com meu irmão, pois ele também ama maçãs. Tem alguém que não goste? Essa fruta é maravilhosa, acho que a melhor de todas.

– Quer carona?

– Macaco quer banana?

– Entendi, então coma logo. Eu sinceramente ainda não entendo essa sua vontade de trocar as férias por trabalho.

– Kardia, vamos ter essa conversa de novo?

– Desculpe, eu entendo que você ama crianças e tudo mais. Não vou mais tocar no assunto.

– Sei, fingo que acredito. – Ele nunca me deixaria em paz, afinal estava incomendado e quando ele estava incomodando fazia questão de me atormentar – Mas não importa de qualquer jeito, vou trabalhar você querendo ou não.

– Tá bom, tá bom, já entendi, não precisa entrar na defensiva.

– Então não me faça entrar.

Ele não falou mais nada sobre o assunto e eu pude terminar meu café em paz. Quando terminei, peguei meu celular e minhas chaves antes de sair. Kardia já me esperava no carro e quando entrei arqueou as sombrancelhas.

– Por quê se perfumou tanto? Você está indo trabalhar, não para uma festa!!

– Que besteira, eu nem uso perfume. – Olhei contráriado com meu irmão – Não comece. – Ele me olhou antes de começar a rir;

– Desculpe.

– Não me deixe ansioso, sua anta. – Reclamei e ele riu mais uma vez, bobo;

Então o resto do caminho foi com meu irmão fazendo piadinhas para me deixar menos ansioso, é por isso que amo meu irmão. Quando chegamos ele me desejou boa sorte antes de partir.

Bati na porta e pouco depois ela foi aberta por meu patrão super gostoso com o cabelo meio bagunçado, ele ainda deve estar se arrumando para trabalhar...engoli em seco e desviei o olhar.

– Ah, que bom que você chegou. – Ele deu espaço pra mim entrar;

– Bom dia.

– Bom dia, os meninos estão dormindo ainda.

Ele me encarou e eu desviei o olhar de novo, esperei que dissesse algo mas ele ficou calado.

– Er... Onde fica o quarto deles? – Perguntei e ele voltou a si;

– Ah sim, vem comigo. – Eu o segui – Aqui, tem um banheiro aqui do lado.

– Tá bom.

Ele virou e foi para um quarto ao lado, eu esperei ele ir para entrar no quarto dos meninos. Logo de cara, vi que era um quarto bem espaçoso, totalmente diferente do que tive na minha infância, vi os meninos em um sono profundo e sorri, eram uma graça. Acendi a luz do quarto e me sentei ao lado do loirinho fofo.

– Hyoga. – É esse o nome dele né? – Hora de acordar.

Ele choramingou mas não abriu os olhos, oh, ele é muito fofo, com pena eu o balancei de leve, mesmo o achando fofo dormindo, tinha que acorda-lo.