Capitulo 2

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Camus estava indignado, seu filho mal havia nascido e Natassia sumiu, ou melhor, fugiu.

Aquilo não o deixou tão surpreso, ele não se importava nem um pouco com ela. Mas seu filho necessitava de leite materno.

— Não se preocupe irmão, muita gente se disponibiliza a doar leite para recém nascidos. Se formos no berçário agora, vamos encontrar alguém que dê leite ao seu filho. — Disse Dégel enquanto ia em direção ao berçário;

Camus seguiu o irmão até o berçário, logo de cara viu uma enfermeira com seu filho nos braços.

— Sr. Guilaume, quer segura-lo? — Perguntou a enfermeira;

— Quero.

— Senhorita, precisamos de alguém para amamentar o pequeno. — Disse Dégel;

— Ali vocês podem encontrar alguém. — Apontou para uma parte mais a frente no berçário;

Eles seguiram para lá e encontraram algumas moças e ômegas amamentando.

— É só esperar por alguém disponível. — Dégel olhou no relógio — Irmão, preciso resolver um assunto e já volto.

— Nos encontramos depois.

Após o irmão sair, Camus buscou alguma moça ou jovem ômega que esteja disponível, seu olhar foi para um jovem em um canto, estava todo machucado e tinha os olhos inchados.

O jovem olhou para si e Camus quase perdeu o ar, aqueles lindos olhos carregavam uma tristeza que era de dar pena. O garoto veio em sua direção e Camus pode sentir um cheiro de maçã e canela maravilhoso. Um ômega.

— Com licença. — "Ah que voz maravilhosa" Pensou Camus — Você por acaso quer que eu o... — Apontou para o bebê;

— Você...poderia?

O rapaz afirmou e pegou o bebê nos braços. Ele tinha jeito, Camus notou. O garoto sentou em uma poltrona e desceu a roupa de hospital que usava, posicionou o bebê e começou a amamenta-lo.

Camus estava encantado com o loiro, embora cheio de machucados, era o ser mais belo que havia visto. Seu filho parecia bem confortável nos braços dele.

O ruivo nem percebeu quanto tempo ficou encarando o loiro, voltou a si ao ve-lo levantar, mas para sua surpresa ele não lhe devolveu o pequeno, mas o colocou pra arrotar e Camus ficou agradeçido.

— Seu filho é lindo. — Nessa hora o pequeno abriu seus olhos azuis;

— Essa é a primeira vez que ele abre os olhos...

— São lindos. — Disse entregando o bebê de volta ao pai;

— Muito obrigado. — Agradeceu ao rapaz que sorriu de leve;

— Não tem de que.

Quando o ômega foi embora, Camus sentiu vontade de segui-lo, mas conteve-se. Mas certo de uma coisa, jamais esqueceria aqueles olhos tristes e aquele rosto angelical.

                          —oooOOOooo—

Pov. Milo

Voltei pro meu quarto, ainda pensando no ruivo bonito. Aquele era sem sombras de dúvidas o cara mais gato que eu já vi.

— Milo, até que enfim, onde estava? — Kardia perguntou assim que entrei;

— Fui ao berçário, dar um pouco do meu leite...

Ele me olhou com pena de novo e eu tive vontade de chorar, mas me controlei e me deitei na cama.

— Milinho... O que você vai fazer agora?

Um Babá Para Meus FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora