Elizabeth
Hoje pela manhã acordei com a moça que trabalha com a limpeza da casa me chacoalhando enquanto dizia "Elizabeth, você vai se atrasar", agradeci mentalmente por ela ter me chamado mesmo não sendo obrigação dela fazer isso, era realmente um anjo em forma humana.
A agradeci formalmente, claro, ela era mais velha que eu, era o mínimo que eu poderia fazer no momento, me levantei e andei em direção ao banheiro. Tirei minhas roupas de dormir, e entrei no box, já ligando o chuveiros e começando meu glorioso banho, hoje, necessariamente estava quente, o calor não era muito a minha praia, mas o que podemos fazer não é?
Após alguns minutos, desliguei meu chuveiro e sai do box me enrolando em minha toalha, pentei meus fios longos e sai do banheiro, já entrando em meu closet, posso dizer que levei cerca de 5 minutos para finalmente encontrar meu uniforme, ser considerada "nerd" não quer dizer que sou totalmente organizada. Coloquei minha saia longa, a maior que encontrei, minha blusa social do colégio por dentro da saia, poderia ate ser brega, mas me sentia mais confortável assim. andei calmamente até a penteadeira, arrumei minha franja para esconder um de meus olhos, eu nasci com uma condição rara chamada de heterocromia, onde seus olhos nascem de cores diferentes e isso não era lá algo que eu me orgulhava, eu achava muito bonito quando pequena, mas junto com o amadurecimento, veio algumas vergonhas da vida adolescente.
Antes de sair de meu quarto, avistei em cima da cama um moletom, acabei pegando e sai encostando de vagar a porta. Desci com calma, eu tinha plena noção de que me atrasaria, mas como o ditado diz a pressa é inimiga da perfeição. Peguei somente uma maçã e sai de casa, entrando em minha limosine, outra coisa a qual me envergonhava, algumas pessoas ficariam felizes de terem um carro chique e um motorista que te leva para todos os cantos, mas essa se tornou uma das minhas maiores vergonhas, chegar no colégio e receber olhares de todos os cantos possíveis.
***
ElaineAdoraria falar que acordei cheia de energia, mas foi totalmente ao contrário, acordei mesmo com minha mãe me enchendo o saco, dizendo que eu vou me atrasar para o colégio e que sou muito burra por esquecer de colocar meu celular para despertar, mas só aconteceu uma vez! É a primeira vez que eu esqueço em anos! eu a amo, quem não amaria a própria mãe? mas ninguém merece acordar de bom humor em plena segunda feira, eu estava pronta mesmo é para voar no pescoço de alguém, e ser presa para ter o mínimo de paz por uma semana.
Reclamei baixo, indo em direção ao meu banheiro, onde a empregada me avisou carinhosamente que já havia preparado meu banho, entrei no banheiro retirando minhas roupas. Me sentei confortavelmente na banheira aproveitando meus poucos minutos de paz e silêncio.
Após um banho até que demorado, sai da banheira me enrolando em minha toalha, sai sem pressa alguma, ainda restava alguns minutos, me vesti rápido colocando minha saia e minha blusa que mais parece um vestido, arrumei meus fios teimosos que insistiam em ficar aposentados um para cada lado, em meu pescoço coloquei um colar, herança de família, era muito bonito, ele tinha um valor sentimental para mim, coloquei meus óculos e desci para a cozinha peguei uma xícara com café, tomei ainda na cozinha, assim que terminei, sai para fora entrando no carro.
***
Diane
Acordei com um barulho incessante perto de meu ouvido, meu celular despertou e estava tocando uma música extremamente alta, meus ouvidos doíam com tamanho barulho, desliguei o mais rápido que consegui, me levantando e fazendo um pequeno alongamento.
Andei rapidamente para o banheiro, entrei já retirando minhas roupas, entrei no box e liguei o chuveiro, eu tinha noção de que meu tempo agora era curto e que já estava atrasada, tomei banho rápido, me enrolei na toalha com pressa e sai as pressas para me vestir, peguei a saia do uniforme e minha camisa, as vesti, escovei meu cabelo, amarrei meus fios em meu típico penteado de sempre, uma simples Maria Chiquinha.
Desci para o andar de baixo, remexi na fruteira encontrando uma maçã no meio de tantas outras frutas, sai em disparada até o carro que já me esperava, e como sempre, meus pais não estavam em casa para se despedirem de mim, era uma situação costumeira, mas não era fácil de eu me acostumar com algo assim, entrei no carro dando "Bom dia" ao motorista e finalmente partindo de encontro ao colégio.
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Nanatsu School
RomanceEm breve/ está sendo reescrita Elizabeth uma garota portadora de um distúrbio genético chamado Albinismo e uma condição rara chamada de heterocromia. Em toda sua infância a diferença de coloração dos olhos era visto por ela como algo bonito, mas com...