Acordei tarde, já era mais ou menos 16:00 horas da tarde. Sim, dormir na casa dos outros e acordar tarde, parabéns Elizabeth, maior mico da história.
E claro que com a bebedeira de ontem, acordei com uma dor de cabeça enorme. E naquele momento prometi a mim mesma que nunca mais beberia desse jeito sem parar um pouco e tomar uma água, ou comer algo.
Passei o restante da tarde na casa dele, pois segundo o próprio Meliodas, "eu não poderia chegar assim em casa".
Não consegui nem comer, fiquei o restante da tarde bebendo água gelada e assistindo os filmes que o loiro colocou. Não vou mentir, até que os gostos dele eram bons, apesar de que os filmes eram um pouco pesados.
Eu tinha que ficar subindo e descendo as escadas para pegar água, isso me emburreceu de um jeito, que acabei levando a jarra de água para o quarto dele. Logo que entrei ouvi suas risadas.
– O que foi? – Perguntei mal humorada.
– Quer trazer a geladeira não? – Debochou.
– Vou jogar ela na sua cabeça. – Coloquei a jarra de vidro em cima da cabeceira antes que eu desse a doida e jogasse aquilo ali nele.
Enquanto olhava atentamente para a tv onde o filme rodava, escutei meu celular vibrando em cima da cabeceira. Assim que o peguei havia milhares (exagero meu, obviamente), de mensagens de Diane e Elaine, apenas as respondi que estava bem e lhes perguntei como estavam, a resposta veio de imediato, sendo apenas "Uma provável ressaca".
[No outro dia de manhã]
– Elizabeth? – Senti um balançar leve, e escutei ao longe meu nome sendo chamado. Não dei a mínima importância. – ELIZABETH!
– O QUE FOI? – levantei assustada e ao olhar melhor ao meu redor, percebi que dormi novamente na casa dele. Se me lembro bem, eu adormeci no final da tarde. Essa praga não podia ter me acordado?
– Você não vai para a aula? – Questionou o loiro, já abotoando os últimos botões de sua camisa.
– Que horas são? – Perguntei me pondo de pé.
– Não estamos atrasados, ainda falta uma hora para irmos. – Ele Murmurou e virou a tela de seu celular para mim.
– E me chamou para? – perguntei voltando a me sentar.
– Você não vai? – Ele questionou com um tom curioso.
– Não. – Respondi e peguei meu celular que tocava incansavelmente o despertador. – Sem roupas. – Continuei simples.
– Não seja por isso, acho que tenho umas camisas reservas. – Ele apontou para uma porta provavelmente seu closet. – qualquer coisa nós compramos uma saia, ou podemos passar na sua casa.
– Estraga prazeres! – Resmunguei contrariada.
– Vai ficar com falta. – me lembrou. – E também, agora os professores vão começar a passar as revisões das provas, tem certeza?
– Aff. – Me levantei e segui calmamente para o banheiro. Já adentro, tranquei a porta. Eu que não sou louca de largar isso aberto e esse maluco invadir.
Após meu banho, acabei vestindo uma das roupas deles. Nessa situação não tinha muito o que eu podia fazer, não havia trago nenhuma peça de roupa, afinal eu nem sabia que dormiria ali por dois dias seguidos.
Me arrumei como pude, não tinha quase nada que uma mulher pudesse usar nas coisas dele. É, talvez eu teria que dar uma rápida passadinha na minha casa para pegar umas coisas.
– Eai? – Escutei sua voz e me virei vendo o loiro encostado no batente da porta. – Vamos passar na sua casa?
– Acho que sim. – Respondi de imediato, penteando meu cabelo.
– Vou precisar colocar uma roupa minha e passar uma base, tô com cara de morta. – comentei.
– Ressaca ainda não passou. – Ele Murmurou e saiu para fora de seu quarto.
Terminei de desembaraçar meus fios e somente peguei meu celular em cima da cômoda e sai as pressas após ver a hora. Desci as escadas rapidamente encontrando o loiro tomando um café com toda a calma do mundo.
– Vamos? – Perguntei.
– Sente-se e coma. – Ele bebericou seu café. – Não vai adiantar sair correndo, temos tempo o suficiente.
– Aff. – Revirei os olhos e me sentei. Respondi vagamente as mensagens pendentes que haviam em minha Caixa de mensagens enquanto tomava um chá.
– Agora sim, podemos ir. – Ele ditou se levantando após tomar um generoso café da manhã.
– Finalmente. – Me levantei e rumei em direção a porta, tendo a noção de que ele me acompanhava.
Foram cerca de 5 minutos dentro do carro até ele estacionar em frente a mansão dos Liones. Desci e o convidei para entrar, ele apenas negou então subi.
No caminho da porta da sala até meu quarto, apenas encontrei algumas moças que trabalhavam com a limpeza dessa casa de tamanho exagerado. Entrei com pressa e troquei as roupas que eu usava pelas minhas.
Nunca pensei que sentiria falta de uma calcinha.
Acho que tenho que andar com algumas nas minhas bolsas, caso precise dormir na casa de outro alguém.
Anotado! ✓
[⌛]
Nós chegamos na escola juntos, o que para muitos no gramado foi uma surpresa tão grande quanto a do dia da festa.
Faltava alguns minutos para o barulhento sinal soar, então, eu ainda tinha algum tempo para conversar com as meninas antes da aula dar início.
Assim que desci do carro, avistei elas em uma situação parecida sendo acompanhadas pelos meninos.
Ok, isso sim foi um choque.
Nada me preparou para isso.
Diane segurava confortavelmente a mão de King, isso sim daria uma boa fofoca.
Assim que nos aproximamos olhei em volta. O gramado ( as pessoas que estavam ali no local ok? Não foi literalmente a grama) todos nos olhavam um pouco curiosos pela situação repentina. Afinal, não nos dávamos bem a maior parte do tempo.
– Ué? – Uma voz na multidão soou. – Eles são amigos?
– Sei lá, os vi brigando a um tempo atrás. – Outro respondeu.
– Mas eles não namoram? – Uma garota questionou.
– Sinto cheiro de chifre. – Quase ri com isso. O "quase" não foi atoa.
– Quero só ver a cara delas! – Quanto mais andávamos, mais burburinhos ouviamos.
– Briga, certeza! – Outro comentou.
É. Eu até queria dar uma surra em alguém, ainda mais quando é alguém que me atormenta a anos.
Não sou uma pessoa de querer guerras ou brigas. Sou mais da "paz", mas falando sério minha dor de cabeça estava tanta que estava me sentindo sem paciência, o barulho das pessoas estavam ressoando alto dentro do meu cérebro que mais pareciam uma caixa de som.
Adentramos o pátio e seguimos para nossa sala.
Ao passarmos pela porta conversando entre nós, o sinal tocou dando início a tediosa e irritante aula.
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Nanatsu School
RomanceEm breve/ está sendo reescrita Elizabeth uma garota portadora de um distúrbio genético chamado Albinismo e uma condição rara chamada de heterocromia. Em toda sua infância a diferença de coloração dos olhos era visto por ela como algo bonito, mas com...