Capítulo 9

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Nós estavamos quietas comendo cada uma na sua em silêncio. Não queríamos interromper o "almoço" uma das outras até porque ainda teríamos que voltar rápido para a sala e estudar um pouco mais, nós somos boas curiosas escutamos alguns professores comentando sobre um teste de que fariam no colégio, e estudar era o nosso foco hoje.

Estavamos na nossa, quando escutamos o barulho altíssimo das cadeiras sendo arrastadas. Levantei meu olhar um pouco vendo três figuras na minha frente, quase não acreditei quando os vi sentando, como se fosse os lugares deles desde sempre. Para falar a verdade a mesa deles ficava no centro do refeitório, onde todos podiam ver eles e as brincadeiras sem graça.

Eles ficaram ali, sentados sem fazer nada, nem comida eles haviam trazido para a mesa, eu e as meninas não estavamos entendendo nada, foi tão aleatório e "do nada" que ficamos até um pouco constrangidas por conta de todos do refeitório estarem olhando, tão confusos quanto nós três.

Mas a confusão passou quando as namoradas deles trouxeram uma bandeja e posicionaram em cima da mesa e por terem trago ganharam um beijo, o que foi um pouco "nojento". E nós ficamos ali, sentadas e encarando eles, até que fomos interrompidas.

– O que foi? Não podemos comer mais? – King questionou.

– Podem, mais vocês sempre utilizam mesa de lá. – Apontei confusa.

– Mudanças de ares. – Meliodas respondeu como quem não quer nada.

– Mudança sei. – Elaine Murmurou baixo. – Te faço uma plástica de graça.

Ficamos assim, os seis sem dizer uma única palavra. Diane pareceu se cansar de ser encarada por tempo de mais.

– Tá, o que vocês querem de nós? – Diane questionou brava.

– Nada. – Foi espontânea a resposta vinda de King.

– King, eu e você sabemos muito bem que toda vez que você vem pra cima de mim, você quer alguma coisa. – Elaine resmungou enfiando o garfo de uma vez na torta em que estava comendo.

– Nossa.. você me conhece tão bem. – King soltou uma risadinha ao terminar sua frase.

– Nós não iríamos começar a falar assim do nada, mas como vocês são apressadinhas vamos adiantar as coisas. – O loiro se virou para nós, parando de comer. – Vamos dizer que nós precisamos de um favor.

– Que favor? E por que nós ajudariamos? – Questionei, e dessa vez quem parou de comer fui eu, como assim?

– É bem simples. – Ban completou.

Atá, até parece que é algo simples, tenho quase certeza de que eles aprontaram alguma coisa e agora estão atrás de alguém para levar a culpa, eu é que não caio nesse papo fajuto.

E outra não é só isso que me deixa zangada, eles fazem graça conosco a anos, para falar a verdade desde que nos conhecemos, nos irritam a maior parte do tempo livre que eles tem e agora vem aqui pedir favor? Que hipocrisia!

Uma coisa que realmente me intriga é a forma calma e passiva que eles apareceram para pedir. Qual o próximo passo? Nos enganar da pior forma possível?

– Não acredito em vocês. – Elaine Murmurou.

– Por qual motivo, e quais circunstâncias nós ajudariamos vocês? – Diane perguntou bebendo seu suco. – Vocês por acaso já viram como vocês nos tratam desde o que? – Ela parou para pensar. – desde sempre? É acho que sim. Desde sempre vocês foram pessoinhas horríveis e piorou quando ficaram mais velhos.

– Exato, não temos obrigação nenhuma de ajudar vocês. Não somos nem amigos e muito menos conhecidos, então já podem ir, nenhuma de nós está interessada de ter qualquer tipo de relação com vocês. – Minha vez de jogar algo para o alto. – Só a Elaine que o destino teve que jogar ela justo na família Farry.

– Opa, opa. – King disse. – Também não é para tanto.

– É claro que é. Tipo, eu não poderia ter nascido na família da Diane? Ou da Elizabeth? – Elaine questionou a si mesma.

– Tá, deixando esse papo todo de lado, vocês vão nos ajudar ou não? – Meliodas perguntou irritadiço.

– Depende. – Eu respondi de imediato. – Se estiver ao nosso alcance e se nós quisermos, talvez.

– E então? O que vocês tanto precisam de um favor? – Diane voltou o assunto sem enrolação, agora para o ponto exato que nós três queríamos saber.

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