Capítulo 13

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– Vamos Elizabeth, os outros devem estar nos esperando lá. – O loiro murmurou dando as costas para mim. Eu nunca iria entender este ser de outro mundo.

Não fiz questão alguma de responder, apenas comecei a andar de volta para o lugar em que estávamos antes da bagunça acontecer.

Passei cerca de cinco minutos andando com ele, nós dois em pleno silêncio. Quando chegamos a mesa as meninas levaram e vieram correndo para perto de mim, me bombardeando de perguntas do tipo "onde você estava?" Ou "o que você estava fazendo?".

Depois do pequeno ocorrido, o restante da festa foi calmo. Vi aquela garota pelo menos umas quatro vezes, e em duas dessas vezes, ela me encarava raivosa.

Por volta de 00:39 Diane e Elaine entediadas inventaram de apostar quem aguentaria mais bebida, eu não tinha intenção alguma de participar, mas após o "dúvido", me exaltei e bebi de mais.

Resultado? ficamos bêbadas, disso eu sei.

A bebida não tinha muito efeito em mim, mas minha visão estava distorcida.

Me lembrava de ter visto Diane bebendo três copos de vodka, dois copos de rustoff e quatro copos de catuaba, fora as bebidas que ela tomou quando nos separamos.

Elaine tomou três copos vodka, três copos de rustoff e dois de catuaba, ela era realmente um V8.

Eu aguentei pouca coisa foram quatro copos de vodka, três de rustoff e dois copos de catuaba. Mas se me lembro bem, tomei três garrafas de bebida da mão de Meliodas e tomei.

Escutei bem longe da realidade, os meninos rindo e falando que eu bebia tão bem quanto Meliodas e todos eles concordando em nos levar em bora, pois estava tarde e estávamos bêbadas.

Meliodas e eu descemos em frente a uma mansão gigante, era a cara da riqueza, tudo parecia feito de ouro e tudo era muito detalhado.

Nós entramos e por dentro da casa não era diferente, havia quadros estranhos nas paredes, mas também não comentei.

Ele me levou para um quarto escuro, as paredes eram em tonalidades pretas e a cama no centro tinha lençóis vermelhos presumi que fosse o quarto dele, parecia ser muito ser o tipo de decoração que ele curte.

Adentrei o banheiro do quarto, como previsto, também era espaçoso e bem decorado.

Ele me ajudou a tirar os sapatos e me levou direto para o box do banheiro, deixando a água estupidamente geladas cair em mim. Me irritei e puxei ele também, ora essa, não mandei ele molhar meu vestido!

Suavizei minhas expressão, quando ele jogou um pouco de água em mim, e uma pequena guerra interminável começou.

Mas tão rápido quanto a brincadeira começou, rápido terminou. Ele desligou o chuveiro dizendo que iríamos adoecer se ficassemos muito tempo ali. Não Reclamei.

Ele saiu do banheiro e eu prontamente tranquei a porta,  retirei meu vestido, e enrolei a toalha em meu corpo, também não iria sair molhando a casa inteira só para dar trabalho.

Logo que sai do banheiro, o loiro me estendeu uma blusa grande, peguei e voltei ao banheiro para vestir, mesmo ainda um pouco tonta, eu ainda tinha senso.

Sai do banheiro e por costume fechei a porta. Fui em direção a cama prendendo meu cabelo, que no momento, se igualava a um ninho.

Me deitei ao lado do Meliodas, meu celular vibrou na cabeceira da cama, e prontamente o peguei vendo mensagens das meninas. Aparentemente o efeito da bebida havia passado e elas estavam desesperadas por não terem me visto indo embora. Tenho ótimas amigas não?

O quanto estava um silêncio desconfortável, ele não falava nada, e eu não me atreveria a começar um diálogo com ele, iríamos brigar, com toda certeza.

– Elizabeth seus pais não vão brigar com você por dormir fora de casa? – Finalmente o silêncio foi quebrado por ele, sai de meus desvaneios e olhei diretamente em seus olhos. Queria ver se ele só estava perguntando por educação ou para dialogarmos. E ao não detectar sinal de brincadeira, me virei para frente de novo e voltei a olhar meu celular.

– Eles não estão nem aí pra mim. – Respondi vagamente, enquanto digitava uma mensagem para Elaine.

– Ok, só não quero que sobre para mim depois. – Ele Murmurou rindo e ligou sua enorme tv, colocando em uma série, que parecia sangrenta.

– Não vejo problema de dormir fora de casa. – Eu disse a ele que logo olhou para mim. – Eles nem vão reparar, e se falarem algo, eu digo que dormi na casa da Diane e vai estar tudo certo.

– Bem, posso dizer que te entendo. – Ele pausou a série. – Meu pai quase não fica em casa, por isso até agora você não viu ninguém aqui. – Ele se sentou arrumando o travesseiro. – Meus irmãos moram com a minha mãe, não tenho do que reclamar.

– Me parece entediante. – Eu disse rindo quando ele ofegou ofendido. – Fala sério, não tem ninguém para conversar, ou para encher o saco. Agora tá explicado porque você fica irritando nós três no colégio. – Gargalhei.

– Não quero mais conversa. – Ele falou zangado deitando de costas para mim.

– E quem disse que eu quero manter um diálogo com você? – Questionei incrédula.

– Boa noite. – Ele Murmurou.

– Fala sério. – Eu ri desacreditada. – Ligou a tv para que? As paredes vão Assistir Barbie?

– Merda! – Ele se virou desligando de novo, e se virando de costas de novo.

– Não vai virar para cá? – Questionei e logo recebi sua resposta. Ele ditou um não. Desliguei a tela de meu celular e o coloquei na cabeceira, e peguei um dos vários travesseiros. – É uma pena. – Me virei também, ficando de costas para ele. – Eu durmo abraçada com o travesseiro então. – Senti uma movimentação brusca atrás de mim e sorri internamente. – Agora não preciso mais de você! – Fui grossa falsamente.

Diane

Nós chegamos tarde, eu e Elaine fizemos a farra dentro do carro. Tenho certeza que King se estressou conosco, mas não tô nem aí.

Assim que entrei no quarto de Elaine, fui direto para o banheiro e me espantei quando a loirinha entrou comigo e trancou a porta.

– Assim é mais rápido. – Ela sorriu para mim. – Vamos logo, tira isso aí.

– O que é isso? – Ofeguei surpresa. – Uma faculdade? – Elaine desatou em risadas, o que dificultou a retirada de seu vestido. Escutei uma batida na porta, foi com força e alto. Um som estrondoso.

– Andem logo! Vão ficar as duas aí fazendo o que? – A voz de Ban estava grossa, ciúmes meu filho?

– Não é da sua conta o que duas mulheres fazem sozinhas no banheiro! – Eu Reclamei e escutei uma risada de King ao lado de fora.

Nós duas aceleramos o banho. Elaine tomou um rápido na banheira e eu tomei quase na velocidade da luz no chuveiro, me enrolei em uma toalha limpa e entreguei a outra para minha amiga que logo esvaziou a banheira e saímos juntas indo para seu closet.

Dizer que foi fácil achar uma roupa para mim, eu estaria mentindo demoramos muito mais do que no banho. Eu peguei só uma camisola grande e já fiquei confortável.

Saímos do closet e expulsamos os meninos que saíram reclamando que "isso não era justo, que eles mereciam mais que isso". Eu só gargalhei diante da situação e Elaine deu um sermão gigante sobre respeito e que as mulheres não tem que dar "prêmios" para homens que só fazem um pequeno favor daqueles.

No fim, eles saíram do quarto e nós passamos a madrugada acordadas, escutando eles quase se espancando no quarto ao lado. Pelo que eu entendi, Ban tinha roubado no jogo.

Adormeci por volta de cinco horas da manhã, Elaine já estava apagada a tempos. Parecia que nunca havia dormido na vida.

Hello princesas! Passei aqui no finalzinho do capítulo, para dizer a vocês que lancei uma nova fanfic.

Não sei se gostam, mas a fanfic vai girar em torno de Elizabeth, Meliodas, Zeldris e Estarossa.

Nanatsu SchoolOnde histórias criam vida. Descubra agora