Nanatsu School

Capítulo 11

Mesmo com as brincadeiras dos meninos, nós continuamos quietinhas no quarto de Elaine. Eles lá fora, vendo que estavam sendo ignorados e que não responderiamos mais, entraram em seus devidos cômodos para tomar banho. E eu agradeci por isso.

Ficamos ali rindo e contando fofocas que descobrimos por acaso ao escutar a conversa dos outros.

Se passou cerca de uns 50 minutos para que finalmente eu começasse a escutar outros sons nos quartos do corredor, eles provavelmente estavam se arrumando.

Elaine ligou sua enorme tv e colocou na série em que estávamos assistindo no dia em que dormirmos aqui, ela ligou e mexeu em sua cômoda pegando alguns doces que haviam sobrado, oferecendo gentilmente para nós.

Comi algumas finis que Elaine havia pegado. Se passou cerca de 10 minutos e eu resolvi finalmente me vestir adequadamente.

Maquiagem. Essa era a parte que eu mais odiava, isso sempre me dava problemas, eu não sabia nada sobre maquiagem, o máximo era diferenciar elas, como eu deveria usar? Puff.. era um desastre total, sempre que eu tento, fico parecendo uma palhaça.

E por sorte, Elaine é muito boa com essas coisas.

Olhei para o lado, Diane se encontrava sentada na cama tomando suco que estava no frigobar do quarto. Ela se levantou deixando o copo em um lugar seguro para não derramar, colocou seu vestido lindíssimo em seu corpo. Esse vestido caia realmente bem nela, ficava justo e a deixava com uma cara mais elegante.

Já Elaine ainda assistindo se trocou colocando sua roupa, ela estava muito fofa com essa roupa, seu vestido era simples mas isso não o deixava feio, muito pelo contrário, ela ficava linda em vestidos de tons claros.

Após esse momento de arrumação, coloquei meu sapato, um salto alto vendo Elaine colocando uma rasteirinha e Diane um salto plataforma.

Nós fizemos penteados básicos, eu por exemplo, só desembaraçei meus fios e arrumei minha franja. Elaine penteou seus fios dourados e colocou uma coroa de flores, quando eu acho que ela não pode ficar mais fofa, o universo me prova que ela pode sim. Diane os penteou os deixando também soltos.

– Será que assim está bom? – Perguntei me virando para as meninas.

– Tá preocupada por quê? – Diane sorriu com uma falsa inocência. – Quer impressionar o Meliodas é?

– Ora essas deixe ela! – Elaine se intrometeu, para me defender, quero dizer, eu achei que era para isso. – Ela quer arrumar um namorado, o que tem?

– Namorado? Só se for 'pra você! – Eu disse indignada. – Eu lá quero homem?

– Então.... Sabe.... Gosta..? – Diane soltou.

– Gosto de que? – Perguntei impaciente.

– De mulher? – Elaine perguntou sem vergonha alguma. – É isso que ela quer saber.

– Mais ou menos. – Respondi, começando a pensar melhor, mas fui interrompida por batidas incessantes na porta.

– Está aberta. – Elaine prontamente falou.

– Nossa, aqui é realmente uma máquina de mulheres, olha isso. – O loiro entrou primeiro, nos encarando.

Elaine no momento maquiava levemente o rosto de Diane, eu estava com uma maquiagem básica, apenas um batom com brilhinhos, Rímel e delineado. Diane estava com um delineado gatinho grande e seus lábios brilhavam por conta do batom que ela usava. Elaine estava com o mesmo batom que nós duas, mas suas bochechas estavam com uma coloração clara de blush e um delineado fino.

– Está muito bonita. – Meliodas sussurou, seu tom de voz estava baixo, diferente do que eu estava acostumada.

– Obrigada. – Respondi educadamente, no mesmo tom que ele usará comigo a poucos segundos. – Você está fofo.

– Fico feliz que tenha achado isso. – Ele murmurou e se virou para as meninas se maquiando, mas sua frase seguinte foi dita de forma baixa e direcionada a mim. – Mas quando formos para cama, você não verá fofura.

Eu fiquei corada, eu sei que fiquei.

– Você não tem vergonha nessa sua cara não? – Perguntei me irritando, ele só pensava nisso!? – Você não tem um pingo de respeito com uma mulher! Tá aí porque sua namorada já pegou todo mundo e deixou você por último. E nem venha dizer que é porque "O melhor fica para o final", porque se você é melhor, não quero nem ver o qual é o pior. – Me exaltei um pouco, e quando vi, todo mundo me olhava. Ok talvez eu tenha dito muito alto.

– Eita. – Ban murmurou.

– Por que caralhos vocês estão brigando? Uma hora dessa? – Diane perguntou se levantando, ela estava pronta. Elaine guardou suas maquiagens mais ainda assim, também prestava atenção na conversa.

– É ele! Ele que é o culpado! – Apontei Raivosa. – Não sabe nem como tratar uma mulher!

– Meliodas, deixe de graça. – King o repreendeu. – Não esqueça que ela vai ser seu par para entrar na festa, se vocês brigarem agora, você não vai poder entrar. – ele disse óbvio, o loiro ao meu lado Suspirou massageando as têmporas. – Você esta linda nessa roupa Diane, combina com você.

– Obrigado, Você esta um verdadeiro homem nesta roupa. – Ela respondeu sem nem mesmo olhar para ele, mas eu não a culpava, ela estava guardando nossos (meu, dela e de Elaine) celurares em sua bolsa. De relance vi King entristecido.

Ao fundo dos meus pensamentos, ouvi quando Ban elogiou Elaine que o agradeceu prontamente.

Foram alguns minutos perdidos ali no andar de cima, até que finalmente saíssemos para o jardim para irmos.

Diane enganchou seu braço no do moreno, que logo se animou, saíram juntos para fora, descendo as escadas no mesmo ritmo.

Ban estendeu seu braço, Elaine encaixou seu braço no dele, e eles desceram juntos para o andar de baixo.

Meliodas vendo isso, se virou para o lado  estendeu seu braço para mim, mas eu já estava descendo as escadas. Sozinha e com os braços cruzados.

Quando cheguei o carro já estava destravado, o loiro fechou a grande porta da casa dos Farry e veio em nossa direção. Rapidamente entrei no carro com as meninas e nos sentamos confortavelmente no estofado fofo, logo que entramos fomos seguidas pelos meninos, que entraram e se sentaram em silêncio. O carro deu partida, o motorista já estava nos esperando pacientemente, afinal era o trabalho dele, mas vendo agora eu fiquei com pena dele por ter que esperar a nossa boa vontade. Mas enfim, o caminho se seguiu em silêncio e ninguém parecia querer quebra-lo, então, continuamos assim.