Capítulo 16

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Se fiquei satisfeita com essa notícia? Não. Obviamente que não. Estudar é um dos meus passatempos do dia-a-dia, e claro, sem as aulas, eu fatidicamente terei que suportar a convivência dentro de casa com meus pais.

E isso tornava as férias um saco.

Mas quem liga? Vou rezar a qualquer divindade que me escute, para que eles viagem para bem longe a negócios e voltem daqui a um mês. Ou quem sabe eles não fiquem lá para sempre?

Seria uma ótima notícia.

Minha paz seria restaurada completamente.

Mas enfim, com o começo adiantado das férias, certeza que faríamos o mesmo de todos os anos. Mas dessa vez, provavelmente acompanhadas.

– Então. – O acinzentado se virou para nós segurando a mochila de Elaine. – O que vão fazer? Certeza que vocês tem planos. Sabe, mulheres são bem adiantadas.

– Não sabemos ainda. – comentei um pouco alto guardando meus materiais.

A sala se encontrava em um alvoroço gigantesco. Alunos comemorando, alunos reclamando, conversas altas sobre o que cada um faria nas férias.

Ou seja, uma completa bagunça.

– Vamos sair daqui. – Meliodas Suspirou. – Não da para conversar com essa muvuca. Olha só que bagunça. – Apontou em direção a porta. – Aquele moleque nem é dessa sala e já tá se infurnando aqui.

– Deixe de ser reclamão. – A morena revirou os olhos.

Sendo assim, saímos juntos em silêncio e o mais rápido que conseguimos. Tenho que admitir que atravessar entre os alunos no corredor foi uma verdadeira luta, eles não se moviam e nem saiam do caminho mesmo nós todos pedindo educadamente um "com lincença".

– Ah, Vá se foder bando de moleques folgados do caralho. – Ban xingou bruto quando passou de uma vez empurrando os meninos.

– Tá maluco porra? – Um deles rosnou baixo.

– Saia do caminho da próxima vez, criatura ridícula.

– Vamos logo. – A loirinha temerosa de que eles engatassem em uma discussão e em seguida em uma briga, foi logo na frente empurrando o grandalhão em direção ao enorme portão.

***

– Onde vão? – Questionei me fingindo de sonsa. Quando King e Diane saiam de fininho. Vamos de papo da egípcia?

– Vamos tomar sorvete. – Disse como se fosse óbvio?

– Sem seus amigos? Não vão levar a gente? – Questionei me fazendo de coitada. – Tô brincando, tchau. – Acenei já começando a andar.

– Bipolar. – Escutei um Sussuro e me virei de imediato, o loiro tomou um susto quando estreitei meus olhos em sua direção.

– Que? – Neguei com a cabeça e me virei para frente seguindo o caminho que agora nós quatro fazíamos.

– Vocês vão lá para casa? – Elaine perguntou tentando pegar sua mochila e inevitavelmente falhando.

– Tudo bem por você? – Perguntei me lembrando agora que não pedimos a ela para irmos.

– Sim! Vocês são muito bem-vindos a minha casa. – Ela sorriu fofa.

– Eu estava pensando, em sei la.. – Meliodas ditou, após alguns minutos de silêncio, o que chamou nossa atenção para ele. – O que vocês acham de irmos passar um tempinho na casa de praia da minha família?

– É muito longe? – Questionei.

– Depende. – Respondeu. – Por quê?

– Vejamos.... – Ponderei algumas situações hipotéticas na minha cabeça. – Se for longe eu vou pensar em uma mentira boa o suficiente para não ir. Se for perto eu vou.

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