O Segredo da Floresta

Capítulo 01

Percorrendo por aquela estrada, o caçador estava pensando o que irá acontecer quando conseguir capturar a criatura, ele iria se tornar uma lenda e seu nome seria reconhecido por todo o mundo. Essa ambição lhe dava mais motivação para encontrá-la.

Por mais temida que fosse a criatura, Scotty era um caçador profissional. Ele sempre conseguia capturar suas presas com seu preparo.

Saindo da aldeia e prosseguindo o caminho, ele passou através de uma cerca, onde havia um aviso de perigo. 

Então, ele finalmente havia entrado na floresta. A cada quilômetro percorrido, ficava mais ansioso para matar a fera.

A peculiaridade da floresta era notória, tinha pouca iluminação e uma neblina atrapalhava a visão do caçador. A temperatura baixa o deixava desconfortável, sem falar da estrada sem asfalto, cheia de pedras e buracos, que dificultava a locomoção.

Subitamente, uma figura surgiu na frente do carro, mas, com seus rápidos reflexos, Scotty pisou nos freios fazendo o carro quase cambalear. Logo depois saiu do carro para observar a figura que quase atropelou.

-Você ficou louco? - gritou uma voz feminina - eu quase morri.

-Deveria prestar atenção por onde anda, madame - ele retrucou - ninguém nunca lhe ensinou a olhar pros dois lados antes de atravessar a rua?

Ele aproximou-se da mulher, encarando-a de cima para baixo com um olhar malicioso. Ela vestia uma camisa regata cinza, calça jeans preta e botas marrom. Seus cabelos de cor escura chegavam até a altura dos ombros, no qual parecia estar arranhado na parte direita.

-Acontece que nenhum maluco anda por essa estrada! - disse ela enquanto cruzava os braço - O que está fazendo aqui?

-Eu vim caçar uma fera, docinho - responde.

-Primeiramente eu não sou seu docinho. Segundo, não há nenhum animal aqui além de você.

-Hahaha, boa piada. Mas você tem razão... eu posso ser um animal às vezes - disse ele enquanto se aproximava cada vez mais, sinalizando más intenções.

A mulher, ainda constrangida, dava passos para trás, procurando uma arma para se defender.

-Enfim! - a expressão de Scotty mudou e o mesmo deu meia volta em direção ao seu carro - é hora de voltar à caçada.

A moça ficou aliviada por Scotty não ter feito nenhum mal contra ela.

-É melhor eu me preparar logo para matar o... como é mesmo o nome dele? Lembrei! É o tal de Bamburdie.

-Não... - disse apavorada - não é possível. Você quer ir atrás daquela criatura?

-Não apenas quero, como vou.

-Está querendo morrer? - ela indagou - Bamburdie pode acabar com sua vida... ou com seu psicológico. Você não deveria nem estar aqui

-Também acho... que você não deveria. Seu lugar na verdade é atrás de uma louça - disse ele abrindo a porta do carro.

-O que quer dizer com isso? - disse ela fechando a porta do carro com muita força.

Ambos se encararam, indignados com a atitude um do outro, até que escutaram um corvo voando em cima deles. Eles viram o pássaro pousando em um galho no qual observa os dois. Porém esse "corvo" era diferente dos outros, pois ele era feito somente de ossos, sem penas ou mesmo pele.

-Achei que tinha falado que não havia animais por aqui - disse Scotty.

-Não deveria... espere, será que é ele? - ela disse preocupada - O monstro deve estar nos observando agora mesmo...

Logo depois, a névoa ficou mais densa, ouviram-se galhos estralando e um sussurro macabro.

A mulher, com seu coração acelerado, sentiu um calor desconfortável em seu pescoço. Ela se preparava para fugir até que...

-Boo! - gritou o caçador em seu ouvido, fazendo ela soltar um gritinho.

A moça afastou-se do carro por conta do susto de Scotty, e ele caiu na gargalhada. Logo em seguida entrou em seu carro e disse:

-Vá para casa, docinho. É melhor você cozinhar para seu marido, ou fofocar com suas amigas. Seja o que for, aqui não é lugar para mulher.

O carro saiu em disparada, deixando a moça sozinha em meio aquele lugar aterrorizante.

Ela ficou intrigada com o sujeito, passando todos os tipos de palavrões em sua cabeça. Até que rapidamente perdeu o carro de vista por conta daquela neblina, logo tudo em sua volta começa a sumir também.