PDV Sai Fah
Eu sabia que aquilo alegraria meu Zon, em pouco tempo ele já se encontrava adormecido. Aproveitei para arrumar as coisas que estavam espalhadas pelo quarto dele; em um determinado momento, ele parecia inquieto na cama, quando me aproximei da cama, pus minha mão sobre a dele e Zon voltou a dormir calmamente.
Minha mochila estava largada em um canto e, fui cuidar na atividade do professor Miagi. Ele passou vinte questões para nossa turma, aquele professor é um sádico! Fui respondendo a lista tranquilamente que acabei nem vendo a hora passar. Ao responder uma questão aleatória, me lembrei do Zon e virei para olhá-lo; o mesmo estava se levantando da cama, sonolento. "Miau", deixei escapar; ele se virou pra mim assustado e miou em resposta.
Não pude deixar de sorrir, Zon tratou de entrar no banheiro, mas ainda puder notar que ele estava corado, "Zon é tão tímido", pensei comigo mesmo. Suspirei. Continuei a fazer minha atividade até que ele saísse, porém não percebi o mesmo saindo do banho. Senti olhos faiscarem em minhas costas, me virei para olhar para ele, ficamos nos encarando por alguns segundos.
-Não queria atrapalhar – dissera ele cortando o silêncio.
-Você não me atrapalha – pausa – Meu Zon.
Ele esboçou um singelo sorriso, fomos então para o Grande Salão jantar, afinal já era noite; não encontramos o Magneto no caminho.
PDV Tutor
Hoje eu e Fighter completamos um ano de namoro, tem sido tão estranho namorar com ele; Fighter não cansa de me provocar, claro que eu não deixo barato, não é universo? Hahahaha Ele consegue ser romântico e encantador quando quer, por isso é tão estranho namorá-lo!
Estávamos em um lugar afastado dos prédios da escola, no jardim atrás de uma árvore enorme, a Lua estava brilhante assim como todas as estrelas. O cheiro da grama recém-aparada, a brisa que batia em nossos cabelos, os pios dos animais da noite. Fighter não poderia ter me levado a um local mais aconchegante e romântico, eu posso ter pego algumas das guloseimas do jantar escondido.
-Lembra-se quando nos conhecemos? – perguntei olhando em seus olhos.
-Sim, eu era bem galinha – Fighter soltou uma risada nasalada e eu ri junto com ele.
-Ainda bem que sabe – disparei – O que mais me surpreende é o que fez você mudar tanto de lá para cá. Isso você nunca me respondeu. – Eu já sabia a resposta, mas queria ouvir da boca do ser humano.
-Bem... – colocou a mão no queixo para poder pensar, amo essa pose dele – Você era e continua sendo o calouro mais difícil daqui. – pausa – Parecia alguém que queria ser forte o tempo todo. Isso me chamou bastante atenção, foi o que me fez tentar chegar perto e se aproximar, mas, Tutor, você me recusou várias vezes e isso me deixou louco.
-Você sabe que não sou exatamente aberto a relacionamentos – fiz um biquinho e ele sorriu. – Prefiro estudar.
-Esqueceu também que ama um trabalho – Meu queixo caiu com essa.
-Não é que eu ame um trabalho, tenho que trabalhar para ajudar a família. – Conclui.
-Você deveria trabalhar pra mim, posso pagar – Fighter fez um gesto sacana, lá vem ele com esse papo de novo.
-É mesmo? – fingi surpresa – O que eu teria que fazer?
-Ser meu esposo e ficar ao meu lado até o fim dos nossos dias – Ele tentou parecer romântico, mal sabe ele que...
-Eu faço isso de graça com todo o meu coração – Pausa – Eu já amo você, Fighter.
-Eu também te amo, Tutor! – ele puxou minha mão, depositou um beijo e puxou meu rosto delicadamente em um beijo calmo no início. Depois, eu fiquei logo animado com tamanha intensidade em apenas um beijo. Mirou para meus olhos castanhos. – Sei dos meus sentimentos por você faz muito tempo. – Finalizou, agora quem puxou esse homem para um beijo fui eu, calmo igual ao anterior e evoluindo para um beijo de língua.
-Lembra-se quando assumimos nossos sentimentos? – perguntei, era uma noite nostálgica para ambos. – E você me disse essa mesma frase.
-Impossível esquecer, meu Tutor.
======================== Flashback ========================
Tutor estava destruído por dentro, sua irmã ia trabalhar e morar na Alemanha e ele teria que ficar e lidar com toda sua família na Tailândia. Mesmo Tongta dizendo para não se preocupar, Tutor estava arrasado.
Fighter o estava acompanhando naquela despedida ao aeroporto, lágrimas copiosas eram as que caíam dos seus belos olhos castanhos, ele só pensava que estaria sozinho a partir dali. Quando a tristeza cessou um pouco pediu para Fighter o levar para casa, já estava tarde e ele estava sem cabeça para mais alguma coisa.
-Espere. – o moreno dissera, sua respiração era pesada, Fighter estava nervoso e Tutor o olhava atentamente. – Você acha mesmo que... – Pausa – Que eu gosto de você?
-Eu não sei... – Tutor pôs a mão em cima da de Fighter – O que você sente por mim. – Pausa – Mas quem se conhece bem, sabe o que está sentindo. Eu tenho até uma teoria. – Tutor sorrira para ele.
-Qual seria? – desafiou Fighter.
-Esqueci de dizer – Pausa – Quando gostamos de alguém, não conseguimos dizer não a ela. Quer tentar? – Incentivou o castanho, recebendo um leve aceno positivo vindo do outro. – Minha teoria é o seguinte: Temos que olhar nos olhos um do outro e a pessoa que desviar primeiro nos dez segundos, sente algo pela outra. – Pausa – Caso chegue aos dez segundos e nenhum dos dois desviar, teremos que dizer que não sentimos nada um pelo outro.
A conexão entre os olhares não era desfeita em nenhum momento, e Tutor ainda perguntou se o outro estava pronto, recebendo um "Hum" de resposta. O castanho então levou sua mão até os olhos do moreno e contou até três, ao final retirou sua mão e a contagem se iniciara.
-10 – começou o castanho.
-9 – anunciou o outro.
-8 – os corações estavam calmos, porém os meninos estavam nervosos.
-7 – era a vez de Fighter.
-6 – foi a vez de Tutor.
-5 – Batum o coração de Tutor estava descompassado.
-4 – Tutor demonstrou claramente que estava instável.
-3...
Aqui então o castanho quebra o contato ocular, Tutor jamais diria que não gosta do outro ou mesmo que não sentia nada. Em seu âmago, ele queria era macular a fachada de heterossexual que Fighter fazia questão de mostrar e, firmar que tinha certeza de que o moreno só tinha olhos para si e não iria admitir.
O outro então faz um gesto que nem o castanho previu, ele encaixou sua mão na maçã do rosto esquerdo de Tutor e, o faz erguer o olhar até encontrar os olhos negros de Fighter. O moreno então ataca os lábios de Tutor em um beijo delicado e repleto de sentimentos que durou algum tempo.
-Figther, você tem certeza do que fez? – questionou Tutor ainda sem acreditar.
-Eu tenho certeza do que sinto por você já faz tempo. – ditou Fighter por fim.
======================== Flashback ========================
PDV Sai Fah
Eu lembro de termos jantado e o Zon querer que eu durma com ele, mas insistir para que ele fosse para o meu. Enviei minha atividade para o professor Miagi, não lembro do que mais... Estamos abraçados e eu estou com uma leve ereção, Zon está de costas pra mim. "Saifahzinho isso não é hora de acordar", sussurrei como se ele fosse me ouvir; nesse meio tempo, ouço meu Zon bocejar...
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Agradeço imensamente a todos que deixaram seus votos na minha história e cada comentário também, são a vocês (e porque estou amando escrever) quem eu dedico esta obra. 🤩 Em breve tem mais 😘

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Além da Beleza [Why R U?]
FanfictionEssa história se passa dentro do colégio interno Ventrully, que ficava em York Sine, uma cidade rica e imponente que ficava nos arredores do famoso colégio e suas cinco repúblicas. A maioria dos alunos de lá eram filhos de pessoas influentes, enqua...