PDV Sai Fah
Acordei com uma mega ereção, uma dor de cabeça infernal, sem contar que lembro de ter beijado o novato. Eu estava boquiaberto comigo mesmo, aquele novato estava me provocando em níveis estratosféricos e meu corpo mostrava os resultados. Lembro ainda que ele me chamou de palhaço e de ter ficado com muita raiva a ponto de atirar o copo que estava na minha mão contra uma parede. Eu estou me odiando nesse momento.
Ainda bem que hoje é Sábado, como aqui é um colégio interno, só temos permissão de ir para casa durante o recesso. Nossos pais têm permissão de vir nos visitar nos finais de semana, os meus, geralmente vem uma vez por mês; liguei para casa, falei com meus pais avisando que estava bem e, ao que parece, esse mês eles não virão por causa que ambos estarão em uma viagem de negócios.
Rumei em direção ao quarto do novato, ao chegar, ouvi vozes alteradas vindo do lugar.
-Não quero saber que meu filho está indo a festas com álcool de novo! – provavelmente foi o pai dele quem estava falando alto.
-Peth, calma – provavelmente era a mãe quem disse – Não precisa acordar o colégio inteiro!
-Pai, mas eu nem bebi – a voz do novato estava trêmula.
-Pode não ter bebido, todavia, lembra-se da última vez que você não acordou em casa? – Peth parecia que estava mais calmo – Colocaram algo na sua bebida e o encontramos em uma delegacia.
-Tá... – disse sem muito ânimo
-É para o seu bem, Zon – falou a mulher – Promete que não irá a festas com álcool?
-Prometo – tentou o novato.
-Ótimo, viemos vê-lo e saber como estão as coisas por aqui – Peth era firme – Se estavas gostando também
-A atmosfera daqui é muito boa, pai – se animou – O ruim é que fico sobrecarregado 24 horas com as atividades dos professores.
-Excelente – dissera a mãe – Assim você se ocupa com coisas boas e produtivas.
-Agora estou curioso, como você arrumou um par na festa ontem? – questionou Peth – Mal tem um mês que entrou aqui.
-Não, não arranjei um par, pai – tentou convencer o pai – Fui apenas para me distrair um pouco, limpar a mente, sabe?!
-Mesmo?! – tentou de novo – E aquela blusa ali perto da cama? Que eu saiba, você não usa esse tipo de camisa – imaginei que o Zon não tinha aonde enterrar a face e o silêncio estava desconfortável.
Resolvi bater e entrar no aposento, Peth era um pouco mais alto que eu, magro, careca, tinha um bigode. Usava uma camisa social com listras na vertical com azul e branco, usava uma calça social também preta e sapatos brancos. A mãe do novato trajava um vestido que ia até os joelhos nas cores verde, branco e amarelo mescladas e uma sandália baixa na cor bege. Ela era quase da minha altura, um pouco mais alta, magra e tinha longos cabelos negros.
-Novato, eu vim pegar mi... – fingi estar surpreso – Desculpem atrapalhar.
-Quem é você? – questionou Peth, eu resolvi a abrir logo o jogo.
-Me chamo Sai Fah – o novato estava atônito – Vim pegar minha camisa e pedir a mão dele.
-Como é a história? – Peth estava boquiaberto e olhava pro filho, quem falou foi a mãe dele.
-Eu quero pedir permissão para namorar o Zon – coloquei meu braço no ombro do novato
-E o que faz achar que permitiríamos? – dessa vez Peth falou.
-Estamos muito envolvidos – Peth arregalou os olhos e Zon também, logo em seguida completei - emocionalmente falando
-É verdade, Zon? – a mãe quis uma confirmação, como o Zon parecia estar alheio a conversa, posso ter balançado ele sutilmente a ponto da cabeça se mexer em concordância aquela pergunta.
-Você não acha que está indo rápido demais, não? – Peth quem falara.
-Foi algo diferente... – falei pausadamente – Troca de olhares, sabe?!
-Sei... – falou Peth ao estender a mão e eu cumprimentei – Se eu souber que o rendimento escolar de Zon caiu ou que ele está bebendo: arranco seu pinto fora, garoto – senti seu olhar mortal em mim, fiquei acuado e recolhi a mão.
-Querido, assim você vai assustar o Sai Fah – ela colocou os braços nos ombros do marido que relaxou, eles faziam um belo casal de pais – Sou Wuya – foi a vez dela me cumprimentar e eu o fiz.
-Sim, senhor! Prometo cuidar bem do Zon – afaguei sua cabeça, isso foi suficiente para ele acordar e erguer o olhar para os pais, depois para mim e eu o envolver sua cintura em um abraço. Eu ergui os olhos e vi a reação deles...
-Você ainda duvida que eles não estão envolvidos, Peth? – perguntou Wuya ao marido. Ela parecia animada e feliz. Peth baixou a cabeça – Tem a nossa permissão, Sai Fah. Não preciso pedir para que o faça feliz, já dá pra ver e de quem é a camisa também – ela esboçou um sorriso e eu fiquei envergonhado.
-Precisamos ir, querida – dissera Peth, Zon se despediu dos pais e eu também dos meus sogros. – Zol quer vir vê-lo e na próxima visita a traremos aqui – Assim que eles saíram, ele me puxou para um beijo urgente e quando o ar se fez necessário nos separamos.
PDV Zon
Louco, isso era o que definia aquele castanho de uma figa. Não podia fazer isso outra hora?! Isso podia ter gerado uma bomba enorme e eu não estava pronto para isso. Sorte dele que meus pais eram pessoas compreensivas e muito observadoras.
-O que te fez vir aqui e me pedir em namoro aos meus pais? – questionei
-Agi por impulso – deu de ombros – Também achei que precisava de ajuda.
-Ajuda? – falei surpreso.
-Sim – disse simplesmente.
-Você deixou o clima mais tenso do que já estava! – ralhei com ele.
-Em compensação posso te namorar sem me arrepender – ditou Sai Fah.
-Bom saber que você só age usando a cabeça de baixo – eu disse pondo minha mão no amiguinho dele, não vou mentir que senti uma leve ereção mesmo o toque sendo breve. Eu fui muito ousado e ele não esperava por essa.
-Aceito mais toques como esse – que safado!
-Que pervertido – ele me puxou para outro beijo, antes disso, passei minha língua sobre seus lábios e o beijei com vontade. Pude sentir que nós dois estávamos duros, sorri com aquilo.
-Você não fica muito atrás – ele disse quando nos separamos pela falta de ar.
-Sou Sai Fahdo, não pervertido – falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
-Isso explica muita coisa – ele sorriu sacana, provavelmente com a brincadeira do nome dele. Então, me sentei na cama e ele caminhou por cima de mim, fazendo-me deitar. Passei de novo minha língua sobre seus lábios e soltei um gemido. Ele literalmente estava em cima de mim. Não o beijei, dei um leve chute nos países baixos e Sai Fah reclamou.
-Vou tomar banho agora – disse eu entrando no banheiro.
-Que garoto mais malévolo! – Sai Fah falou do outro lado para que eu ouvisse.
-Você não viu foi nada, Sai Fah – rebati, tirando minha roupa.
-Estou louco para ver – pude sentir que ele soltou outro sorriso sacanado outro lado, sorri e balancei a cabeça negativamente, então rumei para ochuveiro.
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Além da Beleza [Why R U?]
Fiksi PenggemarEssa história se passa dentro do colégio interno Ventrully, que ficava em York Sine, uma cidade rica e imponente que ficava nos arredores do famoso colégio e suas cinco repúblicas. A maioria dos alunos de lá eram filhos de pessoas influentes, enqua...