⣵ 𝙴𝚒𝚐𝚑𝚝 ꕤ

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Não me importa, no momento, se deixarei Tae sozinho ou não. O que me importava, era, somente, Yeonjun. Talvez ele tenha despertado, sim, meu lado ciumento. Mas não consigo admitir totalmente. Só um pouco. As vezes, o outro Choi, me deixa sem escolhas.

Dentro de mim, acontece tantas reviravoltas de sentimentos, que se tornam incontáveis. Não sei se já senti isso por alguém. Porém, creio que não. Nunca tive algum relacionamento, nem encontrei alguém que despertasse esse sentimento, idem.

Para mim, talvez, seja difícil de falar. Não sou um cara que gosta de falar sobre sentimentos. Muito menos confessá-los. Porém, estava à fazer um esforço. Por Yeonjun. Sim, acho que vou tomar a iniciativa mais importante de minha vida. Sinto que ele consegue me conpreender, até mesmo sente as dores das lágrimas que acabo não conseguindo segurar. Mesmo não estando perto dele, para que veja.

Taehyun parece me apoiar de longe. Antes de sair pela porta da cafeteria, vejo ele acenar com a cabeça, dizendo mentalmente "Vai. Você consegue. Você consegue!". Comecei a correr, não conseguindo mais conter minha ansiedade. Seria alí, seria agora.

Passo algumas casas e esdifícios, até avistar seus cabelos azuis. Mas o mundo parece desabar, quando vejo que ele não está sozinho. É... talvez seja um pouco dramático de minha parte. Mas era para ser o nosso momento.

Minha cabeça começou a doer, e me senti tonto. Não havia nada para me apoiar, e mesmo assim, tentei me equilibrar o máximo possível. O que Yeonjun não deixou de perceber. Mesmo com a imagem borrada, percebi o mais velho se aproximando, tocando meu ombro.

- Soobin? - Foi a única coisa que escutei. Logo após tudo ficou preto. Somente uma coisa ficou em minha mente. Suas madeixas azuis.

Seu perfeito cabelo azulado. Os mesmo que estavam lá quando acordei. Em um lugar que eu já conhecia bem. O hospital. Sim, quando houve aquele acidente com minha irmã, tive a - bela - chance de poder ficar internado por
lguns dias. Justamente por causa do meu emocional, que estava sendo "ameaçado" pelos acontecimentos.

- Binnie. - Ele manhou. Como eu queria escutar isso mais vezes. - Você acordou.

- Hyung. - Levantei colocando a mão em minha cabeça, uma dor que fazia ela latejar. - O que aconteceu? Por que estou aqui?

- Você desmaiou na rua, tive que te levar para cá. - Yeonjun encostou de leve em meus dedos, seus toques eram suaves e delicados. Logo já estávamos com as mãos entrelaçadas. Ele fazendo um carinho gostoso em meus dedos. - Fiquei com medo de uma coisa grave acontecer com você.

- E por que aconteceria? Eu estava pronto, hyung. Estava pronto para te falar, mas... - Antes mesmo de eu terminar a frase, Taehyun e Beomgyu entraram correndo na sala. - Ei, o que fazem aqui?

- Viemos te ver, Soobin. Você acha que deixaríamos nosso amigo sozinho, quando Yeonjun for embora? - Os dois se curvaram formalmente para o de madeixas azuis.

Como dito, o mais velho alí, teve que ir trabalhar. E então, só ficaram o Kang e o outro Choi - Beomgyu. Eu havia ficado três horas apagado, e já estava escurecendo. Minha mãe foi liberada para me visitar, já que estávamos no mesmo hospital.

Ela me mimou o máximo possível, sempre atendendo as minhas necessidades. Tive ajuda no banho também, era engraçado o tanto que aquela dorzinha chata em minha cabeça, atrapalhava a minha rotina. Foram anos sem ter que me preocupar com isso, e agora, ela volta sem mais nem menos. Por algo bobo.

Sim, foi algo bobo de minha parte. Julguei mal Yeonjun, achando que ele estaria com outro. E que diferença faria, se nem temos nada sério? Mas já tenho algo em minha mente, uma sugestão de minha mãe. Algo para facilitar a minha "confissão".

Acabo por ser liberado antes mesmo do relógio bater 20 horas. Beom se ofereceu para me levar até em casa, mas preferi ir de táxi. Estava em plenas condições, sem falar que já dependi muito de meus amigos hoje.

Entrei, e sentei no banco de trás do carro. Em uma janela, encostei mina cabeça no vidro. Fiquei observando os prédios, que se iluminavam durante a noite. A lua "banhando" um parque sem luzes artificiais. E casas, onde as pessoas ainda estavam acordadas.

Não demorou muito para que o carro estacionasse em frente do meu prédio, acabei por cochilar sem perceber e, fui acordado pelo motorista. Paguei-o e comecei a andar pela calçada, em um modo pouco preguiçoso. Mal vejo que havia alguém me esperando. Estava quase entrando pela portaria, quando escutei:

- Soobin? - Ele estava lá novamente, me olhando com sua face preocupada. Cheguei mais perto, o abraçando. Como estava com saudade daquele abraçado. - Você está melhor? - Apenas acenei com a cabeça, me afastei e o levei para dentro de meu apartamento.

- O que faz aqui? - Fiz um esforço para perguntar o que estava me incomodando. Já estávamos os dois sentados no sofá, um de frente para o outro. - Devia descansar também.

- Como amanha é meu dia de folga, pensei em cuidar de você por hoje. Posso dormir aqui? - Supreso, era assim que me encontrava. Porém, sua risada ladina fez com que meu coração aquecesse, e eu me acalmasse. Por um momento quase me esqueci de respondê-lo.

- C-claro que sim, hyung. - Acabei por deixar escapar um sorriso, e me levantei. - Vou buscar algumas cobertas, e pode dormir no quarto de hóspedes.

- Não se preocupe, pode tomar um banho primeiro. - Ele disse segurando minha mão, já que eu estava apressado para arrumar "seu" quarto.

E, assim fiz. Pedi licença e me retirei da sala de estar, o deixando sozinho para explorar a casa. Entrei no banheiro, já tirando minhas roupas, eu estava em êxtase, e um tanto ansioso. Não sabia o que aconteceria essa noite.

Entrei de baixo da água, decidindo relaxar. Me apoiei na parede e fechei os olhos por alguns segundos. Porém, o que realmente me acalmou, foi pensar em Yeonjun. Seu jeito singelo de agir, e sua voz doce enquanto fala. Tudo nele me faz abaixar a guarda. Esse é o efeito que Choi Yeonjun causa em mim.


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