Slender: Um conto de três amigos

O antigo jardim. A quarta página.

Jim apontou no mapa o próximo lugar onde eles deveriam investigar. Mariano deu alguns pãezinhos para eles e se despediu. O grupo andou quieto pela floresta até chegarem em uma clareira enorme.

A grama estava bem alta, na altura do peito deles. Flores estavam espalhadas pelo terreno, mas não dava para vê-las por causa da grama. Havia uma torre de tijolos com 3 andares no meio da clareira, sem um dos lados, que estava caído. O vento naquele lugar era misteriosamente padronizado: primeiro ventava de norte à sul, depois de sul ao norte.

Depois de uns dois minutos, chegaram à torre.

Magicamente, havia um elevador no meio da construção, que levava desde de algum lugar lá em baixo até acima das nuvens.

–Este lugar é lindo! –Estephane disse.

–Preste mais atenção, Estephane. –Disse Jim, analisando o elevador.

–Por quê? Aqui está a passagem para o céu! Literalmente.

–Na verdade, não. –Jim disse. –Esse elevador leva a pessoa até uma certa altura e então desce com toda velocidade para o chão, lá em baixo, fazendo com que o impacto mate a pessoa. –Explicou. –Talvez a página esteja lá em baixo, então vamos ter que descer de outra maneira.

–E como você sabe tanto? –Perguntou John.

–Tá escrito aqui do lado. –Jim respondeu, brincando.

De repente, Estephane viu um vulto se aproximar pela grama em direção à eles. Era uma pessoa usando uma capa com capuz, não dava para ver seu rosto.

Jim se aproximou, tirando sua katana da bainha e ficando em pose de defesa; John aponta suas pistolas para o vulto.

–Quem é você? –Jim pergunta.

–Calma... –O vulto disse. Era um homem.

–Não consigo te ver. Tire a capa ou eu te mato.

–Claro. –E tirou a capa.

Era um adolescente de mais ou menos 15 anos. Estephane logo se surpreendeu. Foi amor à primeira vista.

–Qual é seu nome? –Jim perguntou.

–Mij.

–O que faz aqui?

–Ora, eu moro aqui. Sou eu quem deveria estar perguntando isso à vocês...

–Estamos procurando uma folha com um desenho... –Estephane começou a dizer.

–Oh, esta folha? –Mij puxou de seu bolso a página que procuravam. –Aqui. –Ele a estendeu para Jim.

–Por que está fazendo isso por nós? –Jim duvidou.

–Não é por vocês. –Ele disse. –Tudo tem um preço. Quero a garota.

Ele (Mij) olhou para Estephane, que olhava para ele também, vidrada.

–NãO! –Jim gritou.

–Calma, Jim... –Ela fez uma pausa. –Ele é tão... –Ela disse, com a voz solta e relaxada.

–O que? –Jim perguntou para ela.

Estephane começa a caminhar até Mij, hipnotizada por sua beleza. Jim ficou olhando, parado. Até abaixou sua katana, perplexo.

Ela se aproxima e abraça o braço de Mij. Jim percebeu que os olhos dela estavam vazios. Mij jogou a página para Jim.

–Você a hipnotizou! –Jim gritou. –é óbvio!

–Agora já era, otário.

Jim sente uma fúria de 100 Jims quando tiram seu capuz de brincadeira. Com um movimento, Jim corre e o acerta no estomago com a katana. Estephane soltou seu braço e se afastou, horrorizada. Não saiu sangue, saiu uma fumaça negra.