A cidade. A segunda página.

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Jim caiu no chão da casa de Mariano, ofegante. John não estava na sala. Mariano estava saindo do quarto que o robô fez e se virou quando Jim apareceu.

–Jim? Está tudo bem? –Ele perguntou.

–Cof cof... Sim. –Ele respondeu. –Mas minhas pernas estão doendo...

–é o efeito da esfera. –Mariano disse. –Onde está a que você usou?

Jim olha para as mãos e vê a esfera cair de seus fracos dedos.

–Ah... Desculpe.

Mariano recolheu a esfera do chão e guardou em uma mochila que estava em cima de sua escrivaninha.

–Vá dormir, os seus amigos estão naquele quarto. –Ele apontou para o quarto. –A sua amiga desmaiou de vez, não acorda de jeito nenhum, por isso o seu outro amigo está cuidando dela.

–Certo... –Jim respondeu, cansado.

–A propósito, é impressão minha ou você fica diferente quando está longe de seus amigos? Notei que hoje antes de saírem você estava mais irônico. Agora você parece solitário. –Ele comentou.

Jim mancou até a porta do quarto.

–É... –E entrou, caindo de cara na única cama vazia.

* * *

Estephane finalmente acordou. John e Jim estavam dormindo em suas camas e Mariano em sua escrivaninha. A fome bateu e um ronco muito alto encheu a casa. Ficou vermelha de vergonha quando sentiu que alguém iria acordar mas por sorte ninguém o fez. Um robô apareceu na porta do quarto trazendo um cesto de frutas, e ofereceu uma maçã para a garota.

Ela pegou sem hesitar e devorou a fruta. Satisfeita, voltou a dormir.

Os outros acordaram e ela acordou junto com o som de passos na madeira. Jim se levantou, melhor de sua perna, e saiu do quarto. Gritou de susto quando o robô apareceu atrás dele oferecendo uma fruta.

John começou a rir, revelando-se acordado. Estephane sorriu por todos estarem bem.

Mariano, então, chamou todos para tomarem café da manhã. Estephane disse que já havia comido então todos menos ela comeram uma fruta.

–Então, contem-me como foi lá fora. –Mariano pediu.

–Primeiro, –Jim começou a falar. –Nós vimos a página em cima de uma árvore e fizemos pezinho para Estephane subir e pegar a página. Ai ela caiu mas eu a peguei.

–Depois, –John continuou. –o Slender apareceu e nós corremos.

–Mas Jim foi pego e eu e John voltamos para resgatá-lo. –Estephane disse, meio assustada.

–Mas eu me virei, ok? –Jim se intromete. –Eu usei a faca de meu pai e me defendi do Slender. Depois ele desapareceu e apareceu atrás deles. –Apontou para John e Estephane. –Aí eu joguei minha faca no peito do Slender e ele nos deixou aquelas três bolas roxas.

As esferas já não tinham aquela névoa de antes.

O robô começou a andar no meio deles oferecendo mais frutas.

–Ruberty! –Mariano gritou. –Desligar!

O brilho nos olhos do robô desapareceu na hora, com um gemido triste.

–Coitadinho... –Estephane comentou.

–Mariano, o que são essas esferas? –John perguntou.

Mariano pegou a única esfera que não foi usada e mostrou para o trio.

–Essas esferas, há mais delas, são os elementos que compõe o gene do Slender. Todos os "poderes" do Slender originam dessas esferas. –Mariano explicou.

Slender: Um conto de três amigosOnde histórias criam vida. Descubra agora