O labirinto. Agora sim: A quinta página.

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Winter era uma garota aparentemente um pouco mais jovem que John. Ela tinha cabelo curto e branco e seus olhos eram meio esverdeados e a pele era muito branca.

"Será que tem sinal aqui? Preciso muito falar com o Jim..." John pensou, segurando seu celular na orelha. Ela estava andando atrás dele, já com roupas: um vestido branco que ofuscava a visão de qualquer um. Winter é aquele tipo de pessoa que ficou parada no tempo, não sabe o que é tecnologia.

–O que é isso, John? –Ela perguntou, apontando para o celular.

–Um celular.

–O que é isso, John? –Ela perguntou de novo, enfatizando o "é".

–Ah! –John finalmente entendeu o que ela queria saber. –é um aparelho que me permite falar com as pessoas que estão longe.

–E com quem você está falando? –Ela pergunta.

–Estou ligando para meu amigo Jim, que também está neste labirinto. –Ele respondeu, calmamente. –Minha amiga Estephane também tá aqui.

Ela ficou em silêncio. Não havia mais o que falar naquela hora. Finalmente Jim atendeu:

–Alô. –Jim disse.

–Jim, é o John.

–O que foi?

–Eu encontrei uma pessoa aqui no labirinto.

–Quem?

–O nome dela é Winter. Parece que ela mora num lugar aqui dentro.

–Ok, depois você continua a falar dela. Preciso ir. –Jim desliga a chamada.

"Pi pi pi pi pi"

–Ei... –Winter o chamou.

–Hm?

–Posso usar o celular depois? Parece legal.

–Claro, quando eu for falar com a Estephane eu passo pra você falar com ela.

–Certo... obrigada.

Continuaram andando pelos corredores, que agora estavam mais detalhados e pareciam levar a algum lugar específico.

–Ei... –Winter o chamou de novo.

–Quê?

–Tenho que te contar uma coisa. –Ela parou de andar. John se virou para ela.

–Fale.

–Tem uma profecia... que diz que: o ser humano que me encontrar será meu mestre para o resto da minha vida.

–Sério? –John se espanta. Sua mente foi invadida por pensamentos estranhos e... –Espera. Você não é humana?

–Não. Sou um... não sei se você vai entender o que eu sou, então digamos que eu seja uma zumbi. –Ela explicou. –Mas não estou morta!

–Nossa... que legal... –Mais pensamentos.

–Então... Mestre... –Ela estava tremendo.

–Olha. Pensando bem, eu não quero uma serva. –John disse, pondo seus pensamentos nos lugares certos.

–SéRIO? EU ESTOU LIVRE? –Ela grita ao ouvir o que John disse.

–Sim, eu acho. –John responde, assustado.

–EBA! UHUL! –Ela comemora com saltos.

O celular de John treme em seu bolso. Ele atende.

–Oi? –John pergunta.

Slender: Um conto de três amigosOnde histórias criam vida. Descubra agora