O museu. A sexta página.

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Jim acorda. Pela janela do quarto era possível ver alguns raios de sol. Depois de tanto tempo na busca pelas página, no qual o céu esteve o tempo todo nublado e cinza, ver raios de sol era quase inédito. Havia algo no braço de Jim o puxando fortemente. Era Winter.

Ela estava agarrada no braço dele. Jim queria acordar Winter, mas sem fazer tanto barulho para acordar os outros.

–Winter... –Jim a achama. –Winter. O que você tá fazendo?

–Hm...? –Ela geme. –Já é de manhã?

–Sim. –Ele respondeu. –Me larga!

–Eu quero dormir mais! –Ela exclama, fazendo os outros acordarem.

–Droga, Winter. –Jim disse. –Não grite. Me larga!

John estava quieto olhando o casal que até assustou Jim quando o notou. Estephane estava coçando os olhos, ainda tinha tempo para ele se livrar daquela situação.

–Winter..., por favor! –Jim pediu.

–Jim... me beije. –Ela fala, dormindo.

–O QUE?! –Estephane pergunta, de repente.

"Droga! Agora já era!"

John começou a rir dele.

–A Winter gosta dele!

Winter finalmente acorda. Ela olha para todo mundo. Todo mundo olha para ela.

–V-V-Vo-Vocês ouviram o-o-o que eu disse?

John então se lembrou que Estephane gosta dele e que agora ela deveria estar muito brava com ela. Ele se vira para Estephane e a vê exatamente como ele pensou: o rosto todo vermelho e os olhos arregalados.

–Winter! –Jim a chamou de novo. –Me larga logo!

–Sim... Winter. –Estephane falou, com a voz grossa. Seu rosto estava coberto por seu cabelo. –Nós ouvimos cada palavra do que você disse.

Winter ficou muito vermelha de vergonha. O suficiente para fazê-la gritar e teleportar todo mundo para um outro lugar.

Foi isso que aconteceu.

* * *

O quarto se encheu de luz, que vinha da própria Winter. Depois que ela parou, todos se encontraram em um lugar diferente. E escuro.

–O que aconteceu? –John perguntou.

–Desculpa pessoa... –Disse Winter. –Foi sem querer...

Saía luz dos olhos de Winter, a única fonte de luz do lugar.

–O que você fez? –Jim perguntou.

–Eu não sei ao certo, mas isso já aconteceu antes. –Ela respondeu. –Já já nós vamos voltar para casa, eu tenho certeza.

–Certo, Winter. –Jim começou a falar. –Nós vamos precisar dormir separados agora.

–Pare! –Estephane disse.

Todos ficaram em silêncio. Winter ficou olhando para baixo, aparentemente envergonhada.

–Winter. –Jim a chamou, de repente.

–O que foi? –Ela pergunta, assustada.

–Onde estamos? –Ele pergunta.

Winter olhou em volta e ai todos puderam ver. Era um salão cheio de estátuas e coisas antigas. Nas paredes haviam quadros que em sua maioria não faziam sentido, pois eram de arte abstrata. Estavam dentro de um museu.

Winter olhou rapidamente para um canto e desviou o olhar.

–Espera, Winter. –Jim disse. –Olhe para lá de novo.

Ela olha. Havia alguma coisa lá na qual a luz dela não era refletida. Ela olhou um pouco mais para cima.

Era o Slender.

–Corram! –John grita.

Todos correram, inclusive Winter, que não sabia o que ele iria fazer com ela.

Jim, de repente, se bate com alguma exposição e cai no chão. O vaso, a exposição, caiu ao seu lado, e de dentro dele saiu uma esfera negra. Jim a pega rapidamente. "Para que será que serve?"

Winter olha para trás e vê Jim caído e Slender caminhando lentamente em sua direção. Jim segurou a esfera firmemente mas sem saber qual era seu verdadeiro poder.

"Deus... me ajude." ele pensou.

Slender já estava a quase dois metros de ditância dele. Jim, sem pensar, aponta a esfera para Slender e fecha os olhos, com medo do que poderia acontecer.

"Salve-me" Jim ouve uma voz falar em sua mente.

–Não! Jim! –Estephane grita.

A esfera começou a brilhar na mão do garoto. O salão se encheu com uma luz vermelha e turva, junto de um barulho muito irritante que mais parecia um grito. Slender é então sugado para dentro da esfera negra, que cai da mão de Jim pois tinha ficado muito quente.

–Jim! –Estephane corre para ele. –Você está bem?

–Olhem! –John exclama. –O Slender deixou uma das páginas!

Winter se aproximou para iluminar a cena.

–Desculpe-me, Jim. –Ela disse. –é tudo culpa minha.

Jim queria concordar com essa afirmação, mas o senso comum não deixou.

–Não. –Ele disse. –Nós não sabiamos que isso iria acontecer.

–"Help me" –John leu a página. –"Me ajude". O que será que isso significa?

–Não faço idéia. –Estephane respondeu.

–Eu sei o que significa, eu acho. –Jim respondeu.

–Como? –John perguntou.

–Quando eu apontei essa esfera para ele, uma voz falou na minha mente pendindo ajuda. –Jim respondeu. –é como se... o próprio Slender tivesse se comunicado comigo pela esfera.

Todos ficaram em silêncio. Winter fez o favor de quebrá-lo:

–Vamos para casa.

–Como? –John perguntou.

–Vocês não precisam saber como. –Ela respondeu, e fechou os olhos.

Tudo ficou um breu por alguns segundos. Ninguém conseguia ver o que Winter estava fazendo.

–Winter? –Estephane a chamou.

–Cadê você? –John perguntou.

Tudo ficou iluminado de novo, deixando todos parcialmente cegos. Então, todos estavam de volta à casa de Mariano, nas mesmas posições que estavam. A luz que entrou pela janela foi o suficiente para John e Estepahen verem o que Winter havia feito para voltarem para casa.

Ela estava em cima de Jim, com o rosto muito próximo do dele. Quando ela se afastou, Jim estava com os olhos vazios e então caiu para trás. Estephane ficou sem palavras. John também. Winter se levantou e olhou para eles.

–Foi necessário. –Ela disse.

* * *

–Hum... –Disse mariano. –Essa esfera é a terceira e última que foi usada na criação dele.

–Para quê serve? –Jim perguntou.

–É a conciência dele. –Mariano respondeu. –Foi por isso que você pode ouvir o que ele estava pensando.

–E por que ele precisa de ajuda? –John perguntou.

–Não sei ao certo. Preciso estudar mais um pouco. Vão fazer alguma coisa enquanto eu estou aqui. Depois veremos qual é o próximo lugar a ser explorado.

Slender: Um conto de três amigosOnde histórias criam vida. Descubra agora