Marinette saiu da sala o mais rápido possível, apenas disse um adeus para Adrien que ficou no local bem confuso. Pegou o elevador e desceu para o andar do seu quarto, o 15º. Um dos primeiros do corredor esquerdo. Entrou em seu quarto, trancou a porta e entrou no banheiro e começou a refletir.
Seu quarto era mediano, com uma cama de casal em um canto, algumas prateleiras, uma escrivaninha, contendo um verdadeiro arsenal disfarçado, algumas pequenas plantas, e seu guarda-roupa. Era simples, nada muito customizado, tudo limpo, disfarçado, e sem mostrar diferenças de um quarto de hotel. Mas era o seu lar! Um local em que foi aceita.
Entrou no banheiro e passou a pensar a repentina frieza que sentiu na boca do estômago. Era tão estranho, e a atingiu de forma repentina, rápido demais. Borboletas ficavam voando em seu estômago, mas assim que entrou no chuveiro frio tudo melhorou. Era apenas coisa da sua cabeça, não sabia o que sentia, mas com certeza não era nada de mais. Talvez cansaço por causa dos dias de missão exaustivos.
Terminou seu banho e se trocou. Pôs uma calça jeans preta, uma blusa branca por dentro da calça, pôs um tênis preto e fez um coque. Estava a ler um livro, e Marinette era uma grande leitora e amava ler quando estava com algumas preocupações. Mas logo alguém bateu na porta, ela se levantou um pouco chateada. Pois como todo bom leitor odeia ser interrompida, mas mesmo assim abriu e quem estava lá. Alya, que já foi entrando em nem precisar de convite, e foi se sentar na cama de Marinette.
-E ai amiga, como tínhamos combinado, temos de conversar. Então me conta tudo. Elas se jogaram na cama e a mestiça começou:
-Tudo bem, o parceiro é inexperiente, luta com vontade e tem muita força, mas gosta de piadas e isso faz com que ele deixe a guarda baixa. Depois ainda não testei o desempenho dele com armas, mas tenho certeza que deve ser bom também. E só tem mais um problema... Ela suspirou. -Ele é filho do senhor Agreste.
-É ele!? Amiga, dependendo de como o chefe trate o filho, você está em desvantagem.
-Eu sei, se eu tiver de cuidar de uma criança de 18 anos, só vai piorar a minha situação, mas o senhor Agreste disse que assim que tudo isso acabar, serei remunerada pelo desgaste psicológico.
-Não se preocupe, vai dar tudo certo.
-Não sei se ele é esperto o suficiente, e se acontecer o que aconteceu com o último?
-Não vai. Agora... Ele é bonito?
-Depende da sua definição de beleza.
-Marinette! Conta logo, ele é bonito?
-Eu achei ele mais ou menos sabe.
-Mariiiiiiii.
Elas sorriram bobas, mas logo é uma batida na porta as interrompeu. A batida se repetiu e Alya se levantou para abrir a porta.
-Opa. Porta errada, você saberia me dizer onde fica o quarto da agente Dupan? A morena se viu olhando para um loiro, alto e bonito, com voz de veludo em frente a ela. Então com um sorrisinho pervertido falou antes que Marinette pudesse impedir:
-Mari, um loiro bonito está aqui perguntando por você.
-Alya! Marinette falou com os dentes cerrados. E ela devolveu sussurrando no ouvido da mestiça
-Entendi porque não quis dizer que ele é bonito. E então saiu dando um tchau para os dois.
-Então, no que posso ajudá-lo? Ela perguntou se apoiando no vão da porta.
-Bem.... na verdade.... é nada. Ele falou coçando a nuca e ficando corado.
-Bem, então veio apenas conferir se sabia onde o meu quarto fica?
-Não. Ele deu um sorrisinho. -Queria apenas saber se a magoei de alguma forma?
-Por quê?
-Porque você saiu tão estranha da sala.
-Há! Desculpa, não, não é só que eu sou meio estranha mesmo e acabo ficando um tempo estranha. Eu que peço desculpa, nem nos conhecemos direito e já fui embora.
-Bem, então já que o caso é esse, quer sair para almoçar? Ela o olhou de forma estranha com o pedido repentino e ele percebendo que soou estranho continuou: -Sabe para nos conhecermos melhor.
-Uhm... Bem pode ser. Te encontro na recepção as 12:30?
-Combinado.
-Ótimo, combinado então.
E fazendo um tchau com a mão fechou a porta. Entrou e suspirando, decidiu tirar um cochilo, estava exausta.
Uma batida na sua porta a acordou de repente e ela despertou assustada puxando de seu travesseiro uma faca indiana.
-Agente Dupan! A voz do loiro soou de lá de fora.
-Eita! O almoço! Ela sussurrou correndo para o banheiro arrumando o cabelo e lavando o rosto com a água.
-Dupan!
-Já vou!
Calçou sapatilhas e saiu correndo pegando a bolsa com dinheiro e identidade de detrás da porta.
-Desculpa, perdi a noção da hora. Ela respondeu sorrindo envergonhada enquanto trancava a porta.
-Tudo bem, mas vamos logo.
Os dois saíram, no caminho para o restaurante eles ficaram em um silêncio meio constrangedor. Eles entraram no restaurante e escolheram uma mesa perto da janela, fizeram o pedidos e começaram a conversar coisas aleatórias, pareciam até velhos amigos. Tudo estava indo muito bem, até que Adrien fez uma pergunta que fez Marinette ficar muito séria.
-Agente Dupan...
-Não me chame assim por favor, me chame de Mari.
-Mari, eu só quero que você esteja ciente de que sou muito feliz por me escolher como seu parceiro.
-Escolher? Ela perguntou sem entender nada.
-É, meu pai disse que você me escolheu entre outros e me sinto muito feliz de saber que você, uma das agentes de elite, escolheu um novato como eu.
Então tudo ficou claro, eles estavam a viver uma mentira, como contaria que depois de tudo isso passar ela nem queria ver mais a cara dele? Há! Ele vai superar, mas não contaria agora, ele sorria tão grato e tão belamente para ela.
-Claro, eu fico feliz de ter alguém como parceiro depois de tanto tempo. Falou sorrindo, mas aquilo soou frio, porém ele não comentou mais nada.
Eles comeram e continuaram a conversar sobre outras coisas, sorriram e não tocaram mais assunto. Voltaram para agência e ainda sim, Adrien sentia que devia ter conversado mais profundamente com sua parceira, eles deviam confiar um no outro.
-Mari. Ele a chamou assim que ela entrava em seu quarto.
-Te encontro amanhã bem cedo para treinar?
-Claro, que tal box?
-Por mim tudo bem.
-Ok, te vejo amanhã! Tchau. Ela falou entrando no quarto e não esperando ele responder de volta.
-Que menina difícil! Ele murmurou para si. -Vai ser mais difícil do que pensei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Miraculous As Aventuras de um Agente - Secreta
AdventureMarinette uma jovem de 18 anos, linda e talentosa, mas séria e muito desconfiada. Não gosta muito de garotos mas é amada por todos. Parecendo como muitas outras garotas, tirando a parte de que ela tem um segredo para esconder. Ela é a maior agente...