Capítulo Dezessete: Medo

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Os olhos de Hinata Hyūga se abriram com dificuldade, enquanto ela sentia o cheiro de algo molhado no ar. Ela se perguntou onde estava, confusa com a situação em que se encontrava.

Lembrando-se do que havia acontecido antes de desmaiar, Hinata recordou-se de Toneri. Ela procurou por ele ao seu redor, mas não encontrou nada além de si mesma e uma poça de água. Engolindo em seco, percebeu que havia sido pega desprevenida enquanto dormia. Toneri havia mencionado que Sasuke também estava em sua posse, o que a enfureceu.

— Ora, ora. - Hinata virou-se em direção à voz. — Parece que acordou. Como está se sentindo?

— Onde estou? - ela tentou dizer em tom firme.

— Hum... Você está segura, por enquanto. - Uma luz se acendeu, revelando claramente o homem parado do outro lado.

— O que você quer? - Hinata engoliu em seco.

— Você. E seus filhos. - Seu coração começou a bater rápido demais.

— Deixe minha família em paz! - Ela percebeu que não conseguia ativar seu Byakugan; seu chakra parecia estar sendo sugado.

— Percebeu? Não será capaz de usar seu chakra aqui. - O homem abriu um sorriso. - Você está presa, Hinata-hime.

— Verme! Ele virá me buscar! - As lágrimas começaram a escorrer. — Ele vai te matar!

— Vamos ver se ele consegue me encontrar. - O homem virou-se para sair. — Logo alguém virá levá-la para o seu quarto e trará algo para você comer. Não quero que morra. - E, em segundos, ele desapareceu.

Hinata encarou seus pés, percebendo que não estavam amarrados, assim como suas mãos. Não havia necessidade de amarrá-la, já que ela não conseguia usar chakra, e ele não havia se aproximado o suficiente para que ela pudesse atacá-lo.

Será que Sasuke estava bem? Sentindo um nó na garganta, Hinata tentou segurar as lágrimas. Não havia tempo para chorar. Ela tinha que encontrar uma forma de escapar e proteger sua família.

— Hinata-hime. - Alguém a chamou, e ela se deparou com um homem... Ou algo que parecia uma marionete.

— O que é isso? - Hinata afastou-se ao vê-lo se aproximar.

— Vou levá-la para um lugar mais limpo. Por favor, não quero machucá-la. - A voz do homem era calma.

— Não tenho escolha, não é? - Hinata concordou com a cabeça. — Tudo bem.

— Siga-me.

Um portal pareceu se abrir diante dos olhos de Hinata, ou talvez fosse apenas uma ilusão. Em questão de segundos, ela se viu em um lugar completamente diferente de onde estava antes. As paredes eram brancas e iluminadas, com quadros por todo o lugar. Era quase como um castelo antigo. Hinata tentou procurar alguma abertura para escapar, mas foi em vão. Sentia como se estivesse em outro plano, intrigando-se com como Toneri havia conseguido isso.

Seus pensamentos foram interrompidos quando uma fileira de fantoches passou ao seu lado enquanto ela caminhava pelo corredor. Todos os fantoches eram iguais, exceto pelo maior que liderava os menores. Eles a cumprimentaram com um aceno de cabeça, e um buraco na parede se abriu, permitindo que todos passassem sem dificuldade. Hinata se perguntava o que aquilo significava.

— É aqui. - Hinata encarou a porta. — Toneri-sama logo irá vir. - Ela entrou no cômodo em passos lentos, encontrando apenas uma cama e uma mesa com duas cadeiras. O ambiente também era branco e havia vários quadros nas paredes. Uma janela grande estava fechada.

Inesperado - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora