Capítulo 1- MORTE 1

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Eu estava numa "fase" um tanto quanto complicada, meus pais não me conheciam mais, meus amigos não lembravam de mim, tudo isso depois que as aulas acabaram.

Eu estava sem forças, não conseguia e nem queria continuar , tinha desistido, não valia mais a pena , tinha perdido todas as esperanças.

Enquanto escutava meus pais brigando e descutindo o que fazer com a desconhecida que habitava no quarto, eu não queria mas fui obrigada por mim mesma a levantar. Fui até o banheiro ,me olhei no espelho e pensei: " para onde tinha ido aquela pessoa feliz que eu era?".

Avistei algumas lâminas de apontadores deixados após meus atos anteriores de violência contra meu braço, estavam um pouco enferrujados e quase cegos, foi preciso parar antes de começar pois eu escutei gritos e um barulho de algo caindo no chão. Não tive dúvidas do que podia ter acontecido na sala.

Corri tentando juntar forças. Ao chegar na sala avistei meu pai e minha mãe jogados no chão que estava com cor de sangue, tentei me aproximar, mas já não conseguia, já não tinha mais de onde tirar forcas, apenas fiquei tentando saber o motivo daquilo.

Estavam mortos, sim estavam.

Ambos tinham marcas de facas pelo corpo. Não consegui me segurar, senti meus olhos se encherem de lágrimas que escorriam de meu rosto, pingando no chão sujo de sangue. Caí de joelhos arrependimento, era a única coisa que eu sentia naquele momento.

Policiais chegaram derrubando a porta, junto com eles vinham algumas pessoas que moram perto de mim. Dona Alice,uma vizinha veio até mim e disse começando a chorar:

Alice-- S/N, você está bem?-- enquanto me tirava de minha casa. Não consegui responder muito menos negar sair dali, eu estava apenas olhando os dois cadáveres que saiam do cômodo sendo levado pelos policiais.

Eu estava totalmente sem reação não conseguia me mexer, estava em estado de choque, já tinham pessoas que tentaram me tirar daquela situação, mas eu estava totalmente perdida em meus pensamentos. Em um desses pensamentos me fizeram lembrar que eu tinha 16 anos ou seja, era menor de idade, e com isso ou eu iria morar com algum parente ou iria para um abrigo.

S/N-- Não, eu não quero!-- comecei a sussirar, as pessoas que estavam ao meu redor começaram a se assustar.

Alice-- Não quer o quê? Fique tranquila não precisa se preocupar com nada.

S/N-- Eu não vou para lugar nenhum! -- Eu gritei para ela em resposta a sua pergunta. Ela ficou pasma e começou a tentar me acalmar. 

Não deu certo, muito pelo contrário, eu comecei a ficar mais nervosa. Decidi fugir dali. Levantei corri até minha casa, reuni em uma mochila algumas roupas de frio, acessórios pessoais e os apontador que ainda estavam sobre a pia. Eu ia saindo quando voltei para dar uma última olhada na casa. Fixei o olhar no conjunto de faca que meu pai colecionava, senti uma necessidade de levar, pelo menos uma, a fim de me proteger dos perigos que eu encontrasse na rua. Peguei a faca e saí.

Enquanto andava pela rua sem rumo e sem direção, escutei muitas pessoas falando sobre o que  tinha acontecido, "como as pessoas são fofoqueiras". Muitas dessas pessoas olhavam para mim e ficavam sussurrando entre si e em muitas vezes rindo, eu simplesmente não suporto isso, lembrei da faca que eu carregava, senti uma pessoa se aproximando por trás de mim, peguei minha faca a e num golpe rápido tentei atingir a pessoa, porém parece que essa pessoa já sabia o que eu ia fazer por que ela segurou o meu braço, pegou afaca da minha mãe e disse:

???-- Larga isso, vem comigo.-- ele falou e saiu me puxando. Ele era um garoto um pouco mais alto que eu, tinha os cabelos escuros e era de nacionalidade provavelmente asiáticas. Ele guardou a faca na mochila que ele carregava. 

Chegamos em um lugar desconhecido da minha parte, mas parece que ele já conhecia. Surpreendentemente ele me entregou a faca de novo, claro que eu perguntei o por que daquilo.

???-- Pegue, caso apareça alguém indesejado.

S/N-- Você é indesejado.-- Ele olhou para mim como se eu tivesse falado uma piada totalmente sem graça e realmente foi. Tentei acertar ele de novo e mais uma vez ele conseguiu desviar e tomou a faca da minha mão.

???-- Pelamor. Se eu fosse você não faria isso.

S/N-- Quem é você afinal? E o que você quer comigo?-- eu perguntei enquanto tentava fazer ele soltar meu braço

???-- Você não precisa saber de nada sobre mim

S/N-- Ah não? Então por que você me trouxe até aqui?

???-- Por que você está presa.

S/N-- O que?

Ele tirou minha mochila, pegou o meu braço e colocou algemas, depois ele me jogou para dentro de um quarto.

???-- Você vai ficar aí até que o caso da morte dos seus pais sejam resolvido.

S/N-- O quê? Eu não tenho nada a ver com isso! Eles dois se mataram e eu estava no quarto quando isso aconteceu!

???-- Bom infelizmente, você vai ter de ficar aqui.-- ele falou enquanto se dirigia até a porta. Não tive escolha. Tentei alcança-lo antes que o mesmo fechasse a porta, porém não foi preciso, por que ele mesmo recuou e me empurrou com força a ponto de me fazer cair no chão.

S/N-- Seu covarde! Porque você não fala quem você é? 

???-- Eu já falei que você não precisa saber nada sobre mim!

S/N-- Qual é seu nome?

???-- Não importa.

S/N-- O que você vai fazer comigo?-- ele foi se aproximando lentamente de mim, o que me fez me arrastar para atrás o máximo que eu conseguia até que eu acabei encontrando uma parede, ele se abaixou e passou a mão na minha cabeça entrelaçando meu cabelo.

???-- Te proteger-- Ele se levantou e saiu rumo a porta. 

S/N-- Não não não não, espera!!!-- Eu corri até a porta, mas não deu tempo.

  Trancou a porta.

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