"O mundo não é dividido entre especiais e comuns. Todos tem potencial para serem extraordinários".
Me chamo nix, um agradecimento dado a deusa grega pelos meus progenitores, sou a irmã mais velha de toda uma nova geração de minha família e graças a...
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Nix pov
Antigamente
Aqui estou eu indo pra escola, com uma roupa extra na mochila, os sonhos no meu mais profundo pensamento, o desconforto evidente, mamãe e papai acham importante que eu estude nessa escola para passar uma imagem mais mundana para nossos inimigos, mostrar que eu não sou uma ameaça, apenas uma adolescente idiota que obedece cegamente as ordens das pessoas. Na verdade eu preferia estar treinando, mas como as coisas estão se desenrolando, não será possível. Respiro fundo antes de entrar na escola e caminho até o meu armário o mais rápido possível, consigo chegar lá sem nenhum acidente e começo a achar que estou com sorte, pego meus livros e guardo na bolsa e me viro fechando o meu armário e já caminhando até a aula de álgebra, sinto alguém me cutucar e viro pra olhar e me dou de cara com dois caras idiotas e ferradamente mortos, eles estavam com copos na mão e não fizeram cerimônia antes de tacar o conteúdo em mim, santo Raziel, como eu senti vontade de matar eles, não que eu não estivesse acostumada, mas, a vontade veio mesmo assim.
- agora sim, você está parecendo a sua voz, um lixo- diz um deles.
- minha voz? Vai me falar que você está com inveja da minha voz? Ou está assim por eu me formar ano que vem sendo que ainda falta 2 anos pra você chegar lá e você ainda nem sabe se vai passar, já que você está muito ocupado me Infernizando quando poderia estar estudando? - viro as costas e vou pro banheiro, lavo meu cabelo e troco de roupa e quando estou cheirando a cereja como sempre eu sigo até a aula de álgebra.
Depois das aulas vou direto até a sala do coral encontrando meu professor de canto sentado esperando a gente chegar.
- oi Nix, como você tá?- ele levanta os olhos da partitura que estava lendo.
- estou ótima obrigado, como o senhor está?
- muito bem, estou trabalhando em algumas partituras para as regionais- só de mencionar essa competição que participaremos eu já arrepio.
- que legar professor, eu também andei treinando meu alcance vocal- me sento no banco do piano.
- pra que? Seu alcance vocal é ótimo- ele parece confuso.
- sempre tem como melhorar!
- só você mesma Nix- ele começa a rir e eu concordo.
Começo a dedilhar as teclas do piano que vão criando a melodia e logo minha voz começa a acompanhar o toque sutil da melodia, letra pro letra, tento colocar o máximo de sentimento.
-Uh, uh Eu tentei conversar com meu piano Eu tentei conversar com meu violão Conversei com minha imaginação Me confessei ao álcool Eu tentei e tentei e tentei um pouco mais Contei segredos até minha voz ficar rouca Cansei de conversas vazias Porque ninguém me ouve mais - coloco toda minha potência vocal nessa parte-Cem milhões de histórias E cem milhões de músicas Eu me sinto idiota quando canto Ninguém está me ouvindo Ninguém está ouvindo- o professor will me encara chocado-Eu converso com estrelas cadentes Mas elas sempre entendem errado Eu me sinto idiota quando rezo Então, pra quê eu estou rezando, no fim das contas? Se ninguém está ouvindo.
