•𝙎𝙚𝙫𝙚𝙣 𝙈𝙚𝙢𝙤𝙧𝙞𝙚𝙨• {Jikook}

여섯

                   🕕6 horas🕕

Voltamos a procurar uma saída, e não sei se foi só impressão nossa ou não, mas parecia que o espaço havia se tornado menor e encontramos paredes, acendendo assim, nossa esperança.

Minha intuição dizia que estávamos próximos de encontrar o que tanto procurávamos.

—Jungkook?

—Sim, Jimin?

—Vamos mesmo nos encontrar quando estivermos lá fora?— ele pensou por um tempo pra me observando atento.

—Se você quiser, sim.

—Mas é claro que eu vou querer né, Jungkook. Acho que podemos até nos nominar como melhores amigos— eu entendi muito bem o fundamento da minha careta.

Sei que bem no fundo, eu odiei essa palavra, com certeza queria ser bem mais que isso para Jungkook.

Só não entendi por que seu semblante sereno metamorfoseou para um intrigado quando me ouviu pronunciar aquilo.

—Taehyung que é meu melhor amigo— quis chorar por sua resposta, mesmo que soubesse que ele não foi rude, aquilo me deixou magoado— ele te mataria se eu disse isso

Eu sabia como Taehyung era ciumento com todos a sua volta. Se ele gostasse da pessoa certamente teria ciúmes dela. Mas, poxa! Ele poderia dividir Jungkook comigo... Eu só queria dar uns beijos nele, outras coisas também.

—E quantas outras coisas.— mais uma vez não guardei meus pensamentos só para mim. Acho que Jungkook já estava ficando acostumado.

Por esse motivo ele só me olhou negando e virou pra frente de novo

—Jimin? — murmurei para ele prosseguir— Você sabe o que eu faço, mas até agora eu não sei o seu cargo na empresa...

—Serio? — busquei em minha memória vendo que sim, eu não havia falado sobre isso com Jungkook— Eu sou Presidente da filial de Busan.

—Wooo. E por que tá aqui em Seul?— analisando sua curiosidade me aproximei dele ficando a sua esquerda olhando pra cima pela nossa diferença de tamanho

—Como eu disse quando meu pai se aposentar, irei assumir seu posto. Para isso, preciso estar preparado. E conviver com ele na prática, é o melhor. Mesmo que as vezes eu tenha que me desdobrar pra estar em Seul e Busan. Acho que no fundo eu tenho medo de não ser tão bom quanto meu pai é.

Meu Pai é justamente conhecido por ser um ótimo patrão e empresário. Ele nunca me pressionou para seguir uma determinada carreira, ele deixou tudo em minhas mãos, escolher a faculdade de administração foi minha opção. Eu gostava de administrar, comandar, por isso decidi trabalhar com ele. Sei que no fundo meu progenitor ficou muito feliz por minha escolha, meu irmão mais velho se tornou cardiologista, ele não se interessava por assuntos administrativos como eu e meu pai.

Quero fazer meu nome no mercado, não quero só ser conhecido por filho de Park BaeHo. Quero ser conhecido como Park Jimin, e isso me assusta pois indiretamente se eu fazer algo errado não vou ser o único prejudicado, a imagem que várias pessoas trabalharam por anos também seria, e principalmente, meu pai.

—Sabe, Jimin, eu não te conheci antes de estarmos aqui, mas, nessas horas juntos percebi o quão seguro e perseverante você é, e sei que isso são ótimas qualidades para um empresário. Então, nessas conclusões pode ter certeza que você será um ótimo líder. Me sentiria honrado de o ter como chefe.— confesso que fiquei até emocionado com suas palavras, dei até uma fungadinha disfarçada, que ele percebeu e riu me abraçando pelos ombros

— Não chore, Jimin. —ele disse em meio ao riso

—Não tô chorando! Só tô com alergia pela umidade daqui.— gargalhando ele meu balançou ainda pelo ombro— sabe Jungkook, isso tudo só serve pra reafirmar o quando especial você é.

Seu sorriso perdeu força. Sem que notemos, encarcerados no nosso próprio mundo ficamos nos observando por demais

Ele foi o primeiro a cortar nosso contato visual, lá no fundo admito que sua atitude me entristeceu. Segui em frente sem me demostrar abalado.

—Jimin? — o mirei, duvidoso ele mordeu internamente sua bochecha e abriu e fechou a boca várias vezes— Eu... esquece

—Não, pode falar

—Não é nada. Coisa boba

—Não tem problema. Pode falar.— ainda incerto ele gesticulou antes de começar a falar

—Sua família sabe que você é...— ele me encarou ainda mais incerto

Captando o que talvez ele queria falar, sorri afirmando

—Sim. Minha família sabe que eu sou gay. Por que?

—Sei lá, eu sempre ouvi dizerem que pra uma pessoa que se assume é difícil a aceitação dos familiares. Fiquei curioso— deu de ombros

—Pra mim foi fácil...eu tenho uma família muito mente aberta e unida. Se não fosse por eles acho que não conseguiria ser o que eu sou.— suspirei com saudades de casa

—Entendo. Que sorte que você teve, né?

—Sim. Tive muita sorte por ter minha família.— sorri feliz

⏳.

Falta só mais um cap pra terminar a primeira fase...👀

Ansiosa estou! 🤭

Com esse vírus que está no Brasil as(os) escritoras (es) estão conseguindo adiantar bastante coisa...bom, pelo menos eu tô.

Desculpem se tiver algum erro....não esqueçam de votar.

Obrigada ❤️

19/03/2020