14.Promessa

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*Christine Evans *

Três dias se passaram desde que chegamos, Hershel estava melhor mas ainda não saiu da cama, nesse momento estamos arrastando os corpos para poder queima-los e assim poder criar uma vida nesse presídio.

-Glenn! Maggie!- Daryl gritou e o coreano aparece abotuando a calça e rimos com a cena- Vocês vêm?-

-Ah sim, Já vamos descer-

Os dois prisioneiros apareceram e fomos até eles com a cara fechada.

-A gente tinha um trato- Rick começou e o loiro começou a falar que fariam de tudo para entrar no nosso grupo, mas não queriam voltar para aquele bloco, o outro homem disse que preferia arriscar lá fora do que voltar para aquele buraco-

Iríamos colocar os dois na estrada para testarem a sorte, iríamos dar suprimentos para uma semana.

Voltei para o bloco de celas para ver como estavam as coisas e comecei a falar com Lori.

-Como está o bebê?- perguntei sorrindo e fazendo carinho em sua barriga-

-Bem, sinto que a qualquer hora vai nascer-

-E eu vou estar do seu lado quando nascer-

Fomos até a cela de Hershel e ele queria andar um pouco, Carl pegou as muletas e eu, Lori e Beth ajudamos o mais velho a descer a escadas do pátio, quando saímos os outros nos olharam e começaram a rir animadamente, mas os risos acabaram quando escutamos Carl gritar.

-Zumbis!- olhei para trás e tinha vários zumbis vindo, peguei a katana e Carl pegou a arma, Hershel é Beth foram para outro lado e eu abri a portão do nosso bloco-

-Lori! Carl! Venham!- Gritei e os guiei para o subsolo da prisão-

Começamos a escutar o alarme da presídio.

-Esperem...-Lori se apoiou na parede e colocou a mão na barriga- Tem alguma coisa errada...ah!- Lori gritou de dor-

-Foi mordida ou arranhada?- Carl pergunta e a mãe negou-

-Acho que o bebê vai nascer- Ela falou e vários zumbis apareceram, ajudei Lori a andar e Carl nos guiava-

A cada corredor que íamos tinha mais zumbis, até que achamos uma sala e entramos nela.

-Lori é melhor você se deitar-

-Temos que voltar para o nosso bloco e pedir a ajuda do James e do Hershel- Carl falou mas Lori não deixou-

-Lori você vai ter que ter o bebê aqui mesmo- Disse e Lori começou a respirar com dificuldade- Vai dar tudo certo Lori, vamos tirar a sua calça- Ela se deitou no chão e tirei sua calça- Carl você vai ter que ajudar no parto, acha que dá conta?-

-Sim...-

-Vou examinar sua dilatação...eu não sei dizer-

-Eu precisa empurrar- Ela se levantou e começou a empurrar-

-Lori para! Tem alguma coisa errada- Ela estava sangrando muito e aquilo não estava certo, Lori novamente se deitou- Precisamos te levar para o Hershel-

-Não vou conseguir...-

-Mas Lori, com todo esse sangue eu não sei dizer se a dilatação está completa, fazer força não vai ajudar-

-Eu sei oque significa...eu não vou perder meu bebê, você vai ter que me abrir-

-Não Lori, eu não posso, a Carol que treinou, o James e o Hershel só me ensinaram os passos-

-Por favor Chris...O Carl tem uma faca, meu bebê tem que sobrêviver, por favor Chris, por mim, pelo meu bebê, por todos nós, faça isso por favor- Ela disse com a força que tinha e eu neguei enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas- Você consegue, você precisa.....Carl, amor, não se assuste tá bom? Cuide do seu pai por mim, e do seu irmãozinho ou irmãzinha...Você vai ficar bem, eu sei que vai, você vai guanhar desse mundo, você é inteligente, é forte, corajoso e eu amo você!-

-Eu também amo você mãe- Carl chorava e aquilo partiu meu coração-

-Tem que fazer oque é certo meu amor, me prometa que sempre vai fazer a coisa certa...é tão fácil fazer coisa errada nesse mundo, então se parecer errado não faça, não deixe esse mundo te estragar, você é meu docinho, você é a melhor coisa que eu já fiz e eu te amo muito- Carl abraçou a mãe- Eu te amo filho.....Chris quando isso acabar você vai ter que atirar em mim, não pode ser o Rick!- Só pude concordar e Carl me entregou a faca- Boa noite meu amor...-

-Lori eu te prometo que não deixar nada acontecer com o seu bebê....me perdoe- Falei e comecei a corte sua barriga, ela gritou e logo apagou- Carl me suas mãos, mantenha esse local limpo, se eu contar mais fundo vou acabar cortando o bebê- Carl obedeceu, consegui tirar o bebê e comecei a fazer massagem e ela começou a chorar, Carl me entregou a blusa e a enrolei com cuidado- Temos que sair daqui-

-Não podemos deixá-la aqui- Carl disse olhando para a mãe morta, peguei minha arma mas o menino me deteve- Não...Ela é minha mãe, por favor, tem que ser eu- Concordei relutante e fui até a porta, quando fui abrir escutei o tiro e Carl passou por mim com os olhos cheios de lágrimas e uma expressão fria-

Voltamos para o pátio e os outros me olharam enquanto segurava a bebê, e Rick veio até mim.

-Onde....Onde ela está?- Rick pergunta e eu neguei- Não....Não...Não!-

James veio até mim e me abraçou.

-Eu sinto muito...- Chorei sem parar, eu tinha matado a Lori, tinha matado a minha amiga-

Rick estava ajoelhado no chão atorduado com a perda, ele pegou a machado e ia entrar no bloco, tentei impedi-lo mas o xerife me ignorou.

Hershel começou a examinar a bebê, ela parecia saudável mas precisamos alimenta-la se não ela vai morrer.

-Eu e o James vamos- Dylan disse-

-Eu também, eu preciso fazer pela Lori-

James sugeriu irmos para um supermercado na 85 mas falei que já tinham levado tudo.

-Vimos sinais de um shopping center ao norte daqui- Dylan fala e neguei-

-A estrada está cheia de entulho, um carro não passa- Falei e Daryl disse que levaria um de nós- Eu vou- disse subindo na moto junto com o caçador-

Eu e Daryl fomos na moto até uma escolinha, entramos e peguei fraldas e mamadeiras que estavam ali, fomos para o andar cima e não tinha nenhum zumbi, abri mais um armário e tinha cinco latas de leite em pó, depois que as peguei lágrimas começaram a sair.

-Vem aqui...- Daryl sussurrou e me puxou para seus braços-

-Eu matei a Lori, eu matei ela...-

-Ei, olha para mim- Ele ergueu meu queixo para que eu o olhasse- Não foi culpa sua, não se culpe por isso, quero que sabia que eu estou aqui e sempre vou estar-

-Eu fiz uma promessa para a Lori, prometi que iria cuidar da bebê custe oque custar, e eu vou fazer isso-

-Eu sei que vai- Ele me deu um selinho demorado e saimos dali-

(...)

Chegamos na prisão e Daryl pegou a garotinha que chorava por causa da fome, fiz a mamadeira e a entreguei para Daryl, o cacador sorria vendo a bebê tão quietinha.

-Já escolheu o nome?- Daryl pergunta para Carl-

-Ainda não, mas pensei em talvez Sophia, Carol, Andrea, Amy, Jacqui, Patricia ou....Lori, eu não sei-

-Gosta disso?- Daryl falava olhando para a menininha- Sua bravinha- Rimos com o apelido- Não é? Ela é bravinha, é um bom nome bravinha, gostou disso querida?-

Vou fazer de tudo para proteger esse anjinho, vou fazer isso por todos nós.

Damned Souls/Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora