A sexta passou tão rápido.
Eram quase sete da noite, quando a Lilith pegou sua coleira e jogou em cima de mim na cama. Tinham alguns bons dias que ela não me chamava para passear.
Coloquei o peitoral nela, perdi uns quinze minutos procurando minha sandália e ela estava embaixo da mesinha da sala.
Ver as pessoas olhando a Lilith na sua coleira azul era tão estranho, eles não estavam acostumados a ver uma gatinha passeando de coleira. Minha pequena era boazinha demais, ela caminhava calma e nem se assustava com as pessoas passando ao redor. Mas sempre íamos a uma rua mais afastada, para que não tivesse tanto barulho e nem tantos cachorros.
Quando chegamos em casa ela parou no tapete de entrada, que também tinham suas patinhas, limpou os pézinhos e foi deitar no sofá. Me sentei do seu lado e peguei o celular pela primeira vez no dia. Eu nunca fui ligada a tecnologia, mas sempre que possível eu dava alguma atenção para as pessoas e tentava conversar com amigos importantes.
O Murilo adorava conversar e eu sempre dava o máximo de atenção à ele que eu conseguia. Ele era meu melhor amigo e eu era a melhor amiga dele, nós nos conhecíamos a mais de cinco anos.
*Luuuuuuuuuuuuuuuuuuuuna, fala comigo. Preciso de você.*
*Ooooooooooooi meu amoooooooooor.*
*Fiquei com a Bruna.*
*Qual Bruna Murilo?*
*Sua ex, danadinha.*
*Filho da puta, te pago quando eu receber.*
*Não precisa pagar não, gostei do beijo dela. Valeu a aposta.*
*Não quero mais falar com você.*
Conversei com o Lucas, ele estava muito feliz porque tinha ido almoçar com sua mãe. Liguei para ele e ficamos uns dez minutos conversando, eu adorava ouvir ele feliz.
- Lucas espera um pouco, tem um número me ligando.
- OK.
- Alô.
- Oi Mari.
- Oi Theo, como está?
- To indo, e você?
- Ansioso para amanhã, liguei para confirmar.
- Até o presente momento sim, as 17hrs.
- Mari não seja fria comigo, por favor.
- Eu não posso me acostumar com você Theo, você sempre acaba indo embora.
- I will never leave.
- Vamos ver.
- Vai trabalhar amanhã?
- Não, estou de folga amanhã e domingo.
- Olha que vida boa.
- Vida boa é a sua. Aliás, posso te pedir uma coisa?
- Claro o que?
- Usa aquele seu short claro, aquele que eu odiava.
Sua voz ecoou pela minha mente e eu me lembrei das vezes, em que ele ficou com raiva do meu short.
- Aquele short já nem me serve mais menino, pelo amor da Deusa.
- Verdade, esqueci que já haviam muitos anos. Mesmo assim, vou adorar ver você.
- Ainda sou a mesma, não mudei quase nada.
- Não fala assim, você tá linda demais.
- Theo você deveria se controlar.
- Mari você é maravilhosa, você é linda.
- Você é lindo também.
- Até amanhã, espero que durma bem.
- Boa noite meu bem.
Desliguei a chamada e quando fui olhar, o Lucas já havia desligado, mandei uma mensagem para ele pedindo desculpas.
Deixei o celular um pouco de lado, e fui lavar minhas louças, liguei meu som um pouco mais baixo que o normal. Coloquei uma playlist mais animada e cuidei da minha casa um pouco, limpei a caixa de areia da Lilith, coloquei areia limpa, coloquei ração e lavei a fonte de água dela.
- Amor mamãe vai levar o lixo lá embaixo. Fica quietinha.
Meus vizinhos estavam fazendo churrasco, e a Lilith deitou no capacho de porta para sentir o cheiro. Desci as escadas rápido mas com cuidado, voltei e fiquei observando minha neném deitadinha.
- Vem meu amor.
Entramos e eu fui tomar banho. Meu banheiro estava cheirosinho e aquilo deixava meu coração quentinho.
Saí do banheiro enrolada na minha toalha preferida e me deitei na cama assim mesmo. Olhei meu relógio e já passavam das onze horas. Liguei a tevê e fui assistir o episódio vinte e um da sexta temporada, de Grey's Anatomy.
Passei as raivas de sempre, mas gostei de algumas cenas e de algumas mortes.
Dormi por volta das duas da manhã, meu celular despertou as seis horas em ponto, como todos os dias. Me levantei devagar, tomei um banho ao som de The Weeknd. Me senti a mulher mais linda do mundo e adorei aquela sensação. Arrumei minha bolsa, coloquei uma roupa para pode me trocar e ir encontrar com o Theo.
Cheguei na Islândia Cafeteria e o Lucas ainda não havia chegado, abri a porta e comecei a arrumar as coisas. Ele chegou por volta das dez da manhã, eu estava fazendo café para um dos nossos clientes que sempre estava lá aos sábados.
- Bom dia minha pequena.
- Bom dia Lu, aqui senhor Fernandes. Tenha um bom dia.
- Obrigada Luna, até sábado que vem.
Lavei as louças que eu tinha usado e fui me sentar.
- Eu te trouxe um presente.
O Lucas estava com uma sacola nas mãos, que parecia ter uma caixa retangular dentro.
- Lucas não precisa disso.
- Hoje é seu aniversário Luna, por favor aceite.
- Só porque você sabe que eu te amo.
- Eu espero que você realmente goste, foi tão difícil de achar.
Ele me entregou a sacola e eu voltei a me sentar. Abri ela com cuidado, porque eu adorava guardar embrulhos de presente. Tirei uma caixa retangular com mais ou menos uns quarenta centímetros.
Dentro dela tinha uma varinha, que de acordo com o Pottermore seria a minha varinha se eu realmente fosse uma bruxa. Ela tinha trinta e dois cm, era feita de figueira e tinha núcleo de pêlo de únicornio (se realmente fosse real, mas era linda igual a foto que apareceu no site).
Corri para abraça-lo, ninguém nunca tinha se importado em me dar um presente tão lindo assim. Ainda mais feito especialmente para mim.
- Obrigada, obrigada. Eu amei tanto, nossa senhora.
- Eu fico tão feliz, fiquei com medo de não ficar pronta a tempo. Queria algo único, algo que só você pudesse ter.
- Lucas eu te amo tanto.
- Eu também amo você.
Nós ficamos um bom tempo abraçados, até que um cliente apareceu e eu fui atendê-lo.
O restante do dia passou completamente normal, foi um dia legal o Lucas me fez rir tanto e eu fiquei tão feliz. Quando nos despedimos, ele me deu um beijo na testa e me desejou uma boa noite.
- Não esquece que amanhã vamos ao cinema.
- Não vou esquecer Luna, prometo.
- Até amanhã.
Peguei o ônibus que passava perto do parque eram quatro e vinte da tarde. Iria dar tempo de chegar lá antes dele.
Achei o Lucas tão estranho, eu não deveria ter falado do Theo para ele. Mas éramos amigos e eu não queria mentir para ele.
Desci na parada, ajeitei minha mochila e fui subindo para o local onde seria o evento, ouvindo Arctic Monkeys.
Olhei minha roupa e fiquei pensando como as pessoas me viam. Eu usava um vestido preto de alças finas e meu all star rasgado, que eu amava muito. Meu cabelo estava solto, com os cachos balançando ao vento e aquilo me dava um sensação muito gostoso. Meus lábios estavam mais vermelhos que o normal, pois eu tinha passado um pouco de batom.
Eu já estava quase na porta do evento, quando o vi parado, encostado em uma parede. Ele usava uma regata branca e uma calça jeans preta, os cabelos sempre bem penteados e os lábios carnudos abertos em um sorriso tão lindo, que fez até o sol se esconder.
Cheguei bem perto dele, e ele abriu ainda mais o sorriso, me peguei sorrindo em resposta. Um sorriso sincero e com um brilho que a muito tempo eu não sentia.
- Oi Theo.
- Oi Mari.
Ele segurou minha mão e me puxou para mais perto, nos viramos e ele me pressionou contra a parede. E então nós estávamos em um beijo quase tão quente, quanto o primeiro. Subi minha mão passando as unhas pelas suas costas e mordi seu lábio bem devagar. Sua respiração fez minha pele se arrepiar e meu coração bater ainda mais forte contra meu peito.
Aquele beijo, aqueles lábios, aquela boca. Como eu senti falta, como pôde um beijo fazer tanta falta? E já nem me lembrava mais como era, tinha as lembranças sentia minha pele arrepiar. Mas já não me lembrava mais como era a sensação de ter aquela boca tão perto da minha assim.
Nossos corpos se separam devagar, seus dedos estavam entrelaçados nos meus cabelos, minha respiração estava acelerada e minha calcinha estava tão molhada. Quanto no nosso primeiro beijo.
- Você sempre beija as pessoas assim? - Falei tentando tirar a tenção que tinha ficado no ar, quando ele me fitou com aqueles olhos castanhos que pareciam pegar fogo, quando se iluminavam com a luz do sol.
- Para ser bem sincero, tinha algum tempo que não beijava alguém assim.
- Você se faz demais.
- Não use minhas frases contra mim.
- É melhor irmos, quero ver a fonte iluminada antes do sol se pôr.
O parque estava lindo, todas as cerejeiras estavam floridas com aquele seu rosa mais perfeito, o cheiro doce que pairava no ar fez meu coração se aquietar no peito e sentir uma incrível sensação de paz. Caminhamos por algum tempo, ele insistiu em segurar minha mão e eu deixei.
Tinham três anos e mesmo assim, todas as vezes em que ele me tocou naqueles poucos instantes o meu coração quase saltou pela minha boca.
A fonte ficava mais ao Norte do parque, em um canto onde as pessoas iam para fazer seus pedidos mais secretos. Desde criança minha avó me levava até ali e sempre me dizia para pedir com o coração, pois eram ali que estavam os nossos sonhos mais secretos.
Nos sentamos no chão, embaixo de uma das árvores mais antigas e que tinha sido plantada por um monge. Diziam que os casais que se sentavam ali embaixo, ficavam juntos para sempre e eu me peguei pensando, que o meu coração com certeza ficaria com ele para sempre. Mas, que ele não ficaria na minha vida.
- Deita aqui no meu colo, não precisa ficar tão longe.
Sua voz foi como se alguém me acordasse de um sonho bom. Ele me fitava com aqueles olhos que pareciam o mais profundo oceano. Sua pele estava brilhando na luz fraca do sol, seu sorriso com certeza poderia iluminar toda a nossa cidade.
- Não estou longe, estou bem aqui. Ao seu lado.
- Mari por favor.
Observei o sol por mais alguns instantes, tentando decidir se eu deveria ou não me deitar no seu colo. Aquele foi de todos os lugares, onde eu mais me senti segura no mundo inteiro.
- Não faz carinho no meu cabelo, você sabe que eu durmo fácil.
- Ok.
O tempo começou a passar mais devagar, a Lua subiu ao céu com calma, como uma modelo desfilando por uma passarela. Sua luz estava um pouco mais fraca.
- Como tem sido a vida?
Ele beijava minha testa e minhas mãos sem parar, acariciando meu rosto, com um sorriso fraco nos lábios.
- Altos e baixos, traições e mentiras.
- Você sempre foi de falar muito mais, o que houve?
- Você foi de todas as pessoas, a que eu mais amei. E eu não sei se posso confiar, porque hoje você é amigo das pessoas que tentaram me matar.
Me afastei devagar e levantei com cuidado, arrumei meu vestido e meu cabelo. Meus olhos estavam cheios de lágrimas.
Sempre odiei isso em mim, sempre odiei o fato de que as lembranças me machucavam e eu não era capaz e segurar as lágrimas.
Meu coração batia forte no peito, e as lágrimas finalmente rolaram.
- Ei meu amor, não chora.
- Não me chama assim Theo. Como você consegue falar comigo, sabendo que aquelas pessoas me deixaram dentro de uma casa para passar fome?
- Eu não sabia disso Maria, eu realmente não sabia. Me perdoa.
- Eu não tenho que perdoar você, mas para alguém que dizia me amar foi muito fácil trocar de lado. Foi incrivelmente fácil me tirar da sua vida e seguir em frente.
- Meu bem, não fala assim. Não tinha como eu saber, eu não estava em um momento bom também.
- Eu sei que não estava, me desculpe. Não foi culpa sua.
Observei o céu, a Lua parecia estar sorrindo e eu me lembrei de ser grata. Cada uma daquelas pessoas que haviam me machucado, já não estavam na minha vida. Agora eu estava em um lugar completamente diferente.
Me afastei um pouco e fui até a fonte, peguei uma moeda no bolsinho do meu vestido e joguei na água, fiz um pedido. Meu coração se aqueceu.
- Vamos tomar uma cerveja. Tem umas barriquinhas lindas ali na frente.
Meu corpo se arrepiou, o Theo chegou de manso e falou bem perto do meu pescoço.
- Vamos, e obrigada por ter pego minha mochila. Não vai fazer um pedido?
- Não hoje, hoje já tenho tudo de que preciso.
Ele segurou minha mão e fomos caminhando até ouvir barulho de vozes. O parque estava cheio, as pessoas vinham de todos os lugares só para poderem ver as árvores.
Tinham várias barriquinhas de cervejas artesanais, procuramos a mais vazia e afastada. Nos sentamos em uma mesinha de madeira, que tinha bancos no formato de canecas de shopp.
- Boa noite, o que o casal vai beber hoje?
O dono da barriquinha com certeza não era daqui, ele carregava um sotaque lindo e italiano. Tinha a pele clara e cabelos louros, um sorriso malicioso, escondido por trás de uma barba muito bem feito e estava extremamente cheiroso.
- Boa noite, eu quero uma cerveja de vinho.
- E o rapaz?
- Uma fanta uva, por favor.
A noite passou com calma, o Theo não pôde beber pois iria dirigir, então ele ficou ali bebendo sua fanta e eu me deliciando em quase todos os sabores de cerveja que o Enrico produzia.
Ele se sentou um pouco com a gente e nos contou como produzia sua cerveja e disse que sempre quis trabalhar com aquilo. Sua mãe era italiana e seu pai era brasileiro e eles estavam casados à mais de quarenta anos.
Enrico era o filho mais novo, de três irmãos.
- Vamos Mari, já está tarde.
Theo usou o mesmo tom de voz, de quando uma mulher pediu para ficar comigo. Quando éramos namorados. Nunca me esqueci daquele dia.
Nós estávamos passeando pelo parque, deveria estar acontecendo algum evento. Paramos para beber água e nos abraçar um pouco, era um dia muito quente, e eu estava usando um short jeans que ele não suportava, mas achava lindo em mim.
"Oi posso te beijar?"
"QUE?"
"Não, não pode. Ela é minha namorada."
Ele passou o resto do dia com um bico que com certeza atravessaria o mundo. E eu mimando ele a cada cinco minutos.
Voltei ao presente, com um sorriso nos lábios.
- Vamos Theo. Foi um prazer enorme te conhecer Enrico, obrigada pela história incrível que nos contou.
O Theo levou minha bolsa até o carro, mas não falou nada.
- Vai me contar o que houve?
- Nada.
- Theo me fala.
Abracei-o com carinho, ele era muito mais alto que eu, então fiquei na pontinha dos pés, para conseguir alcançar seu nariz. Comecei beijando ali pela pontinha e desci pelo seu pescoço com carinho e malícia.
Me corpo ainda estava quente pelo beijo que tinha me dado mais cedo, e agora ficava ainda mais quente depois de quatro taças de cervejas de 400ml cada.
- Maria não faz assim, você sabe que é jogo sujo. Eu vi como ele te olhou.
Nossos olhos se cruzaram, seu olhar parecia arder em chamas.
Voltei beijando seu pescoço e ignorei completamente suas palavras, beijei os dois lados e puxei seus cabelos devagar. Observei ele fechar os olhos e me deliciei com sensação de vê-lo daquele jeito.
Mordi seu lábio inferior e soltei bem devagar, sem pressa. Apreciando cada detalhe dele, saboreando como uma taça do meu vinho preferido. Soltei seus cabelos devagar e comecei a passear minhas mãos pelas suas costas, coloquei uma das mãos por dentro da sua camisa, mas parei devagar. Como alguém que espera uma permissão.
Meu corpo estava quente e eu sentia minha calcinha ficando molhada, fechei os olhos e respirei devagar. Tentando me acalmar.
- Me leva para casa?
- Te levo para qualquer lugar.
O Theo dirigia como um louco, mas eu adorava. Sempre fui fã de velocidade.
Fomos ouvindo The Weekd e trocando beijos e carícias sempre que parávamos em m sinal fechado.
Deixamos o carro no estacionamento, atrás do prédio. Nunca foi tão difícil subir aquelas escadas.
Abri a porta, a Lilith estava dormindo no sofá, tirei meu tênis e coloquei no canto do sofá.
Olhei ao redor e vi que todas as janelas estavam abertas, mas a única luz que entrava vinha da Lua. Uma luz fraca, mas que me deixaria ver o sorriso dele.
Fomos para o quarto e eu liguei o som, coloquei uma playlist que eu adorava ouvir.
- Senta aqui.
Puxei a cadeira que ficava na escrivaninha no canto do quarto e coloquei bem em frente a cama. Minha mente estava longe e eu só pensava no quanto eu o queria dentro de mim, mas também no quanto eu queria aproveitar cada segundo daquela noite.
Peguei uma gravata que eu tinha na gaveta de meias, amarrei as mãos dele para trás e observei com cuidado cada cm dele, para guardar na memória.
- Posso tirar sua blusa?
- Pode.
Soltei as mãos dele devagar e com cuidado para não machucá-lo, tirei sua camisa com calma, o corpo dele estava lindo e forte. Joguei a camisa no chão, voltei a prendê-lo e aumentei o som.
Rebolei devagar no seu colo, ao ritmo que a música ia tocando e enchendo o ambiente. Aproveitei para poder beijar cada cm daquele corpo.
Parei na sua frente e tirei meu vestido bem devagar, meu corpo estava tatuado e e tinha começado a me cuidar com mais carinho. Observei seu olhar passear por cada cm meu, das frases tatuadas em meus ombros, até as minhas costelas. Ele parou demoradamente nos meus seios, o que fez meu corpo inteiro se arrepiar.
Não sei dizer bem se foi culpa da cerveja, ou da saudade que eu estava sentindo daquele sorriso. Mas eu não consegui sentir vergonha.
Voltei a dançar no seu colo e a rebolar bem devagar, me virei de frente para que pudesse beijar seu pescoço e sussurrar besteiras no seu ouvido.
Sentir seu corpo arrepiar sob meus toques fazia meu coração bater forte no peito e minha pele se aquecer.
Tirei minha calcinha bem devagar, de olhos fechados para que ele pudesse ver como eu estava.
Ele rasgou a gravata e me pegou no colo.
- Você não deveria ter sido tão má.
- Você que é fraco demais.
Minhas costas estavam pressionadas contra a parece, seu corpo colado no meu. E estava tão molhada que eu sentia, que estava molhando a barriga dele, onde estava encostada.
Ele me deitou na cama devagar e tirou a calça, me encarando nos olhos. Acho que ele pensou que eu fosse fugir, mas eu nunca havia desejado ninguém assim.
- Vai me chupar, ou eu vou continuar esperando.
Falei devagar entre um suspiro e outro, enquanto me acariciava com carinho, aproveitando o quanto estava molhada.
Ele se deitou por cima de mim devagar e começou a beijar do meu pescoço, até minhas coxas. Me beijou com carinho e me mordiscou cheio de desejo.
- Só não pode pedir para parar.
Não tive tempo de responder, ele começou a me chupar com desejo, e a me masturbar ao mesmo tempo.
Mordi o travesseiro e apertei o lençol, me abri para que ele.
Sua boca parecia que nunca tinha esquecido como era o meu corpo, ele me chupou com desejo e cuidado, nos lugares onde eu mais sentia prazer e me masturbou de um jeito que só ele sabia fazer.
Minhas pernas começaram a tremer, eu soltei o travesseiro e comecei a gemer pedindo para que ele não parasse. Meu corpo estava quente, eu estava tão molhada que ele entrava e saía sem me machucar.
Peguei uma camisinha de morango que tinha embaixo do meu travesseiro. E entreguei na mão dele.
- Tem certeza?
- Você pode, por favor me deixar sentar em você?
Me virei na cama, quando ele avisou que já tinha colocado a camisinha. Ele se sentou perto da parede, e eu sentei no seu colo, com as costas encostadas no seu peito.
Senti ele entrar devagar, e suspirei quando dei a primeira quicada.
Ele puxou meus cabelos e deitou minha cabeça no seu ombro. Comecei a quicar devagar, gemendo entre um suspiro e outro. Apoiei as mãos na cama, entre suas pernas, ajeitei ele dentro de mim com cuidado e comecei a quicar mais rápido. Meus olhos estavam fechados, ele dava tapas na minha bunda e eu gemia mais alto.
Conhecia os sons que ele fazia e adorei ouvir os seus suspiros, enquanto ele gozava.
Aos poucos o único som que eu ouvia, era o da respiração dele e dos meus gemidos e suspiros.
Seus dedos deslizaram pelas minhas costas com calma, ele me deitou na cama devagar e se arrumou sobre mim. Minha pele estava sensível e cada toque dele me fazia arrepiar ainda mais.
Entrelacei minhas pernas na sua cintura, meu corpo pedia para tê-lo dentro de mim. Arranhei suas costas ao sentir ele entrando bem devagar, como quem aproveita uma boa taça de vinho.
Lilith começou a miar pela sala, e eu sabia que aquele miado era o de pedir atenção. Porque no geral eu era sempre dela.
Minhas unhas estavam cravadas nas costas do Theo, minha respiração acelerada e meu corpo completamente suado. Sentir o corpo dele nu sobre o meu, fez meu coração bater forte. Arranhei suas costas com força, e ele aumentou o ritmo, entrando e saindo de mim mais rápido.
Soltei as pernas devagar, quando minhas forças se acabaram. Ele me olhou com aquele sorriso lindo, a luz da Lua mostrava seu olhar e me fez ficar sem reação.
Ele se deitou ao meu lado e me colocou no seu colo.
- Você tá bem?
- Sim, mas preciso de água.
Comecei a rir e puxei o lençol, me cobri com ele e fiquei olhando a Lua pela janela. Seu peito era um lugar seguro, e isso me fez suspirar de alivio.