Quando eu perdi as forças, o Theo me jogou na cama e começou a me foder com força. Eu nunca tinha visto ele com tanto tesão e aquilo me fez gozar só de olhar.
Minhas pernas estavam entrelaçadas à sua cintura, meus saltos estavam cravados nas suas coxas. O Lucas chupava meu mamilo e acariciava meu clitóris, enquanto o Theo metia em mim com tanto desejo, minhas pernas tremiam e eu perdia as forças.
O quarto inteiro cheirava a sexo, perfume masculino e maconha.
Eu estava sentada na cama, olhando a rua e fumando meu segundo paraíso da noite. O Lucas estava tomando banho e o Theo estava sentado na cama, bem perto de mim. Seus olhos me olhavam com cuidado.
- Pode perguntar, o que você quer saber?
Guardei a piteira do cigarro no cinzeiro e me ajeitei na cama. Seus olhos castanhos estavam mais escuros agora, mesmo com a luz da sala entrando pela fresta da porta.
- Você está bem? Tem certeza?
- Essa foi uma das melhores noites da minha vida. Obrigada por me proporcionar isso, sei que você detesta o Lucas.
Ele me puxou e me sentou no seu colo, adorei sentir que ele começou a ficar duro.
- Não tenho nada contra ele, mas ver ele te foder foi muito bom.
Me ajeitei no seu colo, me encaixei nele e comecei a sentar devagar. Beijando seu pescoço e arranhando suas costas.
- Nem um pouquinho de ciúmes?
- Você sabe que sim, mas o tesão falou mais alto.
Comecei a sentar mais rápido, rebolando devagar na cabeça e voltando a sentar. O Lucas sempre demorou muito no banho, aproveitei cada segundo para sentar no Theo e aproveitar o quão duro ele estava.
Parei devagar quando ele gozou.
Quando acordei o Theo dormia calmo perto da parede e o Lucas estava com os braços ao redor do meu corpo. Nós dormimos abraçados a noite inteira, me desvencilhei devagar para não acordá-lo e levantei da cama com cuidado.
A casa inteira cheirava a sexo, tinha roupa espalhada por todo o chão da sala e a Lilith dormia em cima da camisa do Lucas. Coloquei ração no pote dela, tentando fazer o mínimo de barulho possível e fui para o banheiro.
Nunca agradeci tanto por ter um espelho de corpo inteiro na minha porta, me olhei com cuidado. Meu corpo inteiro tinha marcas, desde as minhas coxas e panturrilhas, até meu pescoço. Meus cachos estavam desgrenhados e cheios de nós.
Abri o chuveiro na água quente e me sentei embaixo dele, aquela água sempre me fazia refletir, mas naquele momento meu corpo estava tão leve que eu sentia uma paz imensa. Não sei se por cansaço ou se por finalmente, ter feito algo por mim.
Lavei o meu corpo com cuidado, e nem me preocupei em olhar a hora. Lucas estava de folga junto comigo e o Theo não trabalharia naquele dia. Penteei meus cabelos no banho, me enrolei na toalha e fui para a cozinha.
Acendi um paraíso e fiquei sentada na pia, olhando a rua pela janela da sala. O sol entrava calmo, Lilith finalmente tinha acordado e estava comendo sua ração. Liguei o som, coloquei um blues para tocar e comecei a preparar algo para comer. Decidi que iria fazer uma lasanha, então coloquei o frango para cozinhar.
Deixei a panela no fogo e fui no quarto arrumar algo para vestir. Parei na porta e fiquei admirando aqueles dois homens lindos, dormindo na minha cama. As lembranças da noite passada invadiram minha mente e me fizeram pensar em coisas que eu ainda gostaria de fazer. Não com os dois juntos, eles juntos foi coisa de uma noite só.
Observei seus corpos, e que homens lindos. Cada um com suas qualidades e defeitos, que eu conhecia bem. O corpo do Theo brilhava na luz fraca que entrava pela porta aberta, Santa melanina viu. O corpo do Lucas estava coberto por marcas das minhas unhas, e aquela sensação encheu meu corpo de calor.
Tão lindos, tão fortes e tão meus. Por uma noite, meus.
Peguei uma calcinha de renda preta, que eu adorava usar e uma camisa de botões. Fechei a porta com cuidado e voltei para a cozinha. A panela já tinha pego pressão e estava começando a fazer barulho. Esperei um pouco e logo em seguida o Lucas saiu do quarto, ele detestava dormir com barulho e eu sabia que ele iria levantar.
- Bom dia bela adormecida.
Ele chegou bem perto e me abraçou pela cintura, seu corpo era quente e todo aquele calor fez meu corpo se arrepiar.
- Bom dia Luna.
Me virei devagar e encarei aqueles olhos verdes, me perdi por um momento e fiquei sem ar. Abracei seus ombros, ouvi a voz da Marília Mendonça ecoar pela casa. Eu adorava aquela música, ela descrevia bem aqueles momentos. Nos beijamos por algum tempo, até que eu senti ele duro por baixo da samba canção, beijei seu pescoço e me afastei devagar.
- Toma um banho, vou colocar a lasanha no fogo.
Tirei a panela do fogo, tirei a água e desfiei o frango, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Não queria acordar o Theo.
Coloquei a lasanha no forno e me sentei na mesinha da sala, para terminar de fumar meu paraíso. Abri uma garrafa de vinho barato que tinha na geladeira e coloquei em uma das minhas taças, viajei para longe ao som das músicas que tocavam. O chuveiro fazia barulho o que indicava que o Lucas estava aproveitando o banho.
Deixei a taça sobre a mesa, apaguei a ponta e tirei a roupa devagar. Entrei no banheiro com cuidado, não queria que ele me ouvisse entrar. Observei-o por trás da cortina do banheiro, que corpo maravilhoso aquele homem tem. Suas costas tatuadas e musculosas, suas mãos grandes passando pelo seu corpo.
Passei pela cortina bem devagar, absorvendo cada segundo daqueles momentos. Nos beijamos cheios de desejos, eu estava molhada e ele duro na minha mão. Eu o masturbei bem devagar, até sentir ele pulsar entre meus dedos. Senti ele gozar e adorei ver seus olhos fechados, beijei seu pescoço devagar e desci até seu pau, chupei-o bem devagar, acariciando entre suas coxas.
Saímos do banheiro cerca de vinte minutos depois, de eu ter entrado. Vesti minha roupa e fui para a cozinha.
- Não vai ver se seu amigo está vivo?
- Deixa ele dormir, a noite foi cansativa.
Olhei-o por cima da bancada, ele estava sentado na mesinha perto da janela, com a taça na mão. Como conseguia ser tão sexy? Minha mente viajou novamente.
Tirei a lasanha do forno, arrumei a mesinha da sala e fui para o quarto acordar o Theo.
Passei as mãos devagar pelo seu corpo, sentindo cada um dos seus músculos sob meus dedos. Sua respiração acelerou e eu comecei a beijar seu pescoço. Ele se virou na cama, meio que involuntariamente e eu comecei a acariciá-lo por cima da cueca.
Seus olhos se abriram devagar, ainda bem que eu tinha fechado a porta, para que a luz não passasse. Ele sorria, com um olhar de safado que eu adorava. Até no escuro seus olhos pareciam chamas.
- Bom dia vossa majestade.
- Bom dia.
Aquela voz arrastada pelo sono, era ainda mais sexy. Me arrepiei inteira, mas afastei os pensamentos da minha mente.
- O almoço está na mesa, vem.
- Vou sair da cama duro, parabéns.
- Um homem que goza, igual você gozou essa noite. Perde completamente o direito de resmungar.
Me sentei sobre seu colo, ele estava duro e latejando por baixo da cueca. Rebolei devagar e segurei suas mãos acima da cabeça.
- Você sabe que não tem mais força que eu.
- E você adora me sentir rebolando.
Voltei a rebolar bem devagar, parei e desci do seu colo.
- Vem, vamos comer.
Saí do quarto devagar, para a luz entrar com calma.
- Luna, eu tenho que ir. Hoje chegam as coisas novas da cafeteria e eu tenho que receber.
- Vou almoçar com você e te deixo lá no carro.
O Lucas foi embora, já eram quase quatro da tarde. Acho que o Theo estava esperando ele sair para poder finalmente ver a luz do sol.
- Você me paga Maria.
- Você disse que queria, eu te dei.
- Tinha que ser com ele? Tanto homem nesse mundo.
- O importante, é que foi uma delícia. Se eu pudesse, faria todos os dias.
- Continua falando assim, que eu te fodo em cima dessa mesa mesmo.
- Falando, que se eu pudesse dar para vocês dois, todos os dias eu daria? Ou falando que foi muito gostoso, chupar você enquanto ele metia em mim?
- Maria.
- Come sua lasanha, antes que ela fique fria de novo. Aproveita que eu estou sendo bem boazinha com você.
Beijei seu pescoço e aumentei o som. Aquela música me fazia rebolar sem prestar atenção em quem estava ao meu redor. Comecei a arrumar a casa, o Lucas tinha levado as roupas dele, mas as minhas e as do Theo ainda estavam jogadas pelo chão, lavei o banheiro e arrumei a cozinha.
- Maria?
Eu tinha me esquecido que o Theo estava aqui, minha mente viajava para lugares sombrios e eu estava tentando controlar cada um daqueles demônios ruins.
- Oi?
- Tudo bem?
- Tudo sim, eu tinha esquecido que você estava aqui. Você ficou tão quieto.
- Eu não fiquei quieto, você começou a fazer suas coisas e eu não queria atrapalhar você.
Me sentei na cama do seu lado, relaxei um pouco, suspirei.
- Desculpa. O que quer fazer?
- Pensei da gente assistir um filme. Ou conversar, eu sei onde sua mente está e você não precisa esconder isso de mim. Sei que escondeu do Lucas, mas eu conheço você.
- Theo, você não precisa fingir que se importa. Eu realmente não dou a mínima para o que estou sentindo.
- Maria foi um estupro coletivo, você todo o direito de sentir raiva, ou o que mais achar melhor e certo.
- Raiva? Raiva de mim né? Por ter sido tão burra.
- Raiva das pessoas que não respeitaram você.
Me deitei na cama, com as pernas na parede. Aquela era minha segunda posição favorita, depois da fetal. Mas daquela forma, eu conseguia esconder o quanto queria chorar. A mulher forte e decidida da noite passada, que sabia onde estava e tinha certeza de tudo sumiu.
Senti meus olhos marejarem e minha mente viajar, minhas mãos começaram a suar e a tremer. Fechei os olhos e consegui me lembrar de cada um dos detalhes daquela maldita noite.
Era aniversário do meu melhor amigo, e ele me chamou para ir em uma festa na sua casa. Naquela época eu não dispensava uma festa, principalmente se fosse regada a álcool e drogas. Eu confiava no Jhon com a minha própria vida, nós éramos amigos desde a sétima série.
Ele foi me buscar em casa, quando chegamos na casa dele, tinham apenas mais quatro amigos, todos dele. Eu nunca tinha visto eles, todos foram muito gentis comigo. Começamos a beber e a noite foi passando devagar, não chegava mais ninguém. Fiquei um pouco agoniada e pedi para que ele me levasse embora, ele ficou com raiva no início e depois disse que iria me levar depois que a gente fizesse mais uma rodada de tequila. Depois disso, eu só me lembro de ouvir a voz dele gritando falando que era para usarem camisinha e que não era para me baterem ou me deixar marcada.
Todo o tempo eu estava ali, eu vi o que estava acontecendo mas eu não sentia nada, meu corpo estava dormente, mas eu consegui me lembrar da primeira vez que aquilo tinha acontecido. Eu tinha nove anos, então dessa vez, um pouco mais velha eu só respirei fundo. Fiquei calada durante todo o tempo, e eles pensaram que eu estava dormindo. Me bateram, me usaram como se eu fosse uma boneca.
Quando dei por mim, eu estava deitada no colo do Theo chorando como uma criança. Meu peito doía e minhas mãos estavam agarradas no tecido da sua camisa, ele me segurava com força, acho que porque eu tentei me machucar.
- Mari se acalma, por favor.
- É melhor você ir embora. Eu preciso ficar só.
Me desvencilhei dele com toda a força que eu tinha, e fui para o banheiro. Abri o chuveiro e nem lembrei de tirar minha roupa, me sentei no chão e apoiei minha cabeça nos meus joelhos.
Alguns segundo depois o corpo do Theo estava abraçado ao meu, sentado ali no chão do banheiro. Deitei minha cabeça no ombro dele e chorei, chorei o que eu não havia chorado durante todos esses anos, todas as lágrimas que eu tinha guardado e segurado, estavam ali escorrendo. No colo daquele homem, logo esse homem.
Quinze minutos depois eu estava sentada na cama, enrolada em uma toalha limpa, com os cabelos quase secos. O Theo estava me olhando com ar de assustado, ele nunca tinha me visto daquele jeito, ninguém nunca tinha visto.
Me deitei na cama devagar e peguei no sono.