Capítulo 23

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Pov Paula

Nem vi as duas últimas semanas passar, Depois que sai da casa da Hari, eu caí no choro. O destino nao cooperava mesmo comigo, o mês inteirinho tava sendo um desastre atrás do outro! tudo que eu fazia estava dando errado.

Na primeira semana do término, Hari continuou a me procurar. Todo dia ela deixava um recado na minha caixa postal e mandava inúmeras mensagens, que eu nunca respondi. Comecei a pensar se eu realmente deveria ter terminado com ela tão abruptamente. Podia ter preparado ela antes, me afastando devagarzinho, para que ela fosse se acostumando com a ideia.... Mas sempre achei que um esparadrapo dói muito mais se for arrancado lentamente. Quando puxamos de uma vez só, a dor è instantânea, passa em um segundo.

Mônica: Paulinha, levanta dessa cama.-ela joga uma almofada em mim.- você tem que se animar um pouco.

Paula: Vou ficar aqui pra sempre, até esse inferno todo passar.

Mônica: Se Deus quiser, a gente vai conseguir desmascarar o Daniel e colocar ele na cadeia.-ela se senta ao meu lado.- vai da tudo certo.

Paula: Aí testa de ferro, eu queria tanto acreditar nisso. Não aguento mais viver uma vida de mentira.

Mônica: E eu não aguento mas ver você nesse estado...- passa as mãos lentamente em meus cabelos.- Mas tenho uma notícia que talvez possa te animar.

Paula: Bom, acho um pouco difícil.-dou um sorriso sem mostrar os dentes.-Mas, pode falar.

Mônica: Ontem, você se lembra quando eu fui ate o mercado compra umas coisas, Então...advinha quem eu encontrei na fila do caixa?.-faz alguns gestos com as mãos, que eu não consigo decifrar.

Penso por alguns segundos e quando vou responder, sou interrompida por Mônica.

Mônica: Hariany Nathalia, a própria.-ela para de acariciar meus cabelos e me olha nos olhos.-Você não sabe da melhor, ela perguntou por você.

Paula: Mentira Mônica.-começo a sorrir de felicidade.-Você tá brincando com a minha cara, ce jura?

Mônica: Juro, juro, juro de dedinho.-junta os dedos indicadores em sinal de cruz e deposita um beijo por lá.-Por tudo que é mais sagrado nesse mundo.

Paula: O que você tá esperando pra me explicar detalhadamente como aconteceu, a expressão fácil que ela fez ao falar de mim, o tom de voz.-me levanto da cama.- quero saber de tudo.

Mônica: Foi uma coisa bem rápida, ela estava com um pouco de pressa. Se não me engano, parecia que ia sair pra algum lugar.

Paula: Ela tava sozinha ou tinha mais alguém com ela? -começo a ficar apreensiva.

Mônica: Se você parar de me interromper, e me deixar falar, você vai saber. Ela só me perguntou como você estava.-começa a encenar direitinho como aconteceu.-aí eu disse que você tava mal com toda essa situação, ela disse que quer te ver bem e è pra você ficar despreocupada que ela tá seguindo a vida dela, e no final ainda te mandou um beijo.

Paula: ELA ESTAVA COM ALGUÉM MÔNICA VON SPERLING? -me altero um pouco.

Mônica: Bárbara, Nikki.-faz uma pausa.-E mais três rapazes, que não faço a mínima de quem seja.

Paula: Fico feliz que ela esteja seguindo a vida dela.-Engulo o choro seco.

Mônica: A verdade Paula, era isso que ela merecia. Da pra ver que ela está muito magoada ainda.-segura forte em minhas mãos.- Mas ainda da pra você reverter toda essa situação.

Paula: Não è tão fácil assim, e o Daniel? como fica nessa história, tenho medo que ele possa fazer algo contra a gente. -Algumas lágrimas caem.- Melhor jogar com o inimigo, do que jogar contra ele.

Até o fim? Onde histórias criam vida. Descubra agora