nota: oi creche, tudo? então, esse é o último capítulo dessa sequência, está beeem grande e espero que gostem! deixem os conselhos, críticas e tudo que quiserem falar nos comentários! boa leitura!
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Rae Rae respirou fundo, encostada no ombro da amiga.
"Meu irmão aprecia muito a relação de vocês. Apesar de colocar aquela máscara de confiança em seu rosto, Lucifer realmente se importa como algumas pessoas pensam sobre ele. Como você e a Detetive Decker."
"Eu ainda tenho muitas perguntas." Ella falou com um tom baixo.
"Pergunte a ele." Azrael sorriu gentilmente. "E se ainda tiver mais, me chame. Estarei sempre te observando... especialmente no chuveiro."
Ella riu alto. E precisava disso.
"Desculpa, querida. Mas a sua vida nunca vai voltar ao normal." Rae Rae se desculpou com um risinho.
"Boo, normal." Lopez disse, dando mais um abraço na amiga, que na verdade é um anjo. Ella estava agradecida por ter alguém que pudesse confiar.
***
Lucifer e Chloe haviam deixado a cena do crime com os substitutos da delegacia e decidiram ir para casa. Entre os dois, tudo estava um pouco confuso. Não estavam namorando, mas também não eram apenas colegas de trabalho. Ambos estavam apenas felizes em ter um ao outro novamente, mas decidiram levar as coisas com calma.
"Ei, vai ficar tudo bem." Chloe assegurou seu parceiro, enquanto dirigia até a Lux. Lucifer respirou fundo.
"Não tenho certeza sobre isso. Meu querido pai fez dela um de seus melhores seguidores. Ele sempre quer tirar as coisas que eu gosto para longe de mim." Disse Lucifer, sua cabeça encostada na janela, olhando para o céu, com um olhar amargurado.
"Eu sei que ela vai voltar. Olha, tudo isso é muito para processar. Saber que tudo é real é realmente assustador. Especialmente para ela. Apenas dê um tempo para que tudo se acalme." Chloe falou, tentando encontrar as palavras certas para aquele momento.
Tudo estava estranhamente quieto dentro do carro. Havia muita tensão no ar. Ao chegar no estacionamento do clube, Chloe jogou as chaves do Corvette de seu... amante para o manobrista.
Os dois entraram no elevador pela porta dos fundos, e a subida para a cobertura também foi um tanto estranha. Chloe não conseguia se livrar do sentimento de culpa que carregava em suas costas, vendo seu parceiro passar por isso. Não parava de imaginar como Lucifer se sentiu quando foi abandonado por ela mesma há algum tempo atrás. Seus olhos diziam tudo. Ele estava passando por isso novamente, e Decker queria apenas encontrar uma maneira de fazê-lo sentir melhor. Porém, nada vinha a sua cabeça.
"Não é necessário sentir pena, Detetive. Estou acostumado com as pessoas virando suas costas para mim." Lucifer disse, enquanto se dirigia ao bar. Ele levantou as barreiras em torno de seu coração novamente. "Será bom para a Srta. Lopez ficar longe. Ela descobrirá que eu não sou nada além de um ser horrível, e no fim, estará segura sem a minha presença. Pai deve estar rindo da minha cara neste exato momento." O homem adicionou, em um tom sério. Porém, Chloe sabia que isso era apenas uma maneira de mascarar seus verdadeiros sentimentos.
"Não ouse dizer isso." A Detetive protestou, seu coração rachando um pouco ao ouvir suas amargas palavras. "Não ouse dizer que é um ser horrível. Lucifer, você é o oposto disso. Nunca percebeu o quanto me ajuda? O quanto ajuda as outras pessoas? Eu tenho sorte de ter você na minha vida." Chloe deixava seus sentimentos saírem de sua boca, enquanto lágrimas se formavam em seus olhos. "Você não sabe o quão culpada me sinto de tê-lo abandonado. Foi estúpido, e não estava pensando direito. Deixei minha cabeça tomar as decisões ao invés do meu coração. Se eu pudesse voltar, iria aceitá-lo naquele momento, sobre o cadáver de Pierce. Mas admito o que fiz. E admito que foi errado. Me desculpe por ter virado as minhas costas contra você. E se quiser, se for necessário, falarei com Ella. Falarei que você não é nada do que pensa. Falarei o que eu deveria ter ouvido quando descobri." Lágrimas rolavam dos olhos azuis de Chloe, e instantaneamente, Lucifer largou sua bebida e aproximou-se de sua querida humana.
