— Vamos, vai ser legal. — Minha colega de quarto fala ao me descobrir, estava tão quentinho.
— Eu não gosto disso Sarah, prefiro ficar aqui estudando. — Pego a coberta do chão e volto a me cobrir.
— Eu não quero ir sozinha. Prometo não te abandonar lá — junta as mãos e dá pulinhos.
— Tudo bem. — Respiro fundo. Ela não vai me deixar em paz se não aceitar. — Não vou ficar muito tempo. Não gosto desse tipo de festa.
Sarah comemora e me faz levantar da cama para me arrumar. Hoje é sexta, era para eu estar estudando.
Como não gosto de chamar a atenção coloco um short jeans e uma camisa larga comprida na cor branca. Meu All-Star branco não pode faltar. Jogo meus cabelos para um lado, dou duas batinhas na bochecha e estou pronta. Deito na cama esperando Sarah sair do banheiro. Eu já me arrumei e ela ainda nem saiu do banho. Que saco, se já estivesse lá voltaríamos mais cedo.
Pego meu celular na cabeceira e começo a ler meus romances inseparáveis. Amo historias clichês. Me identifico com muitas personagens nos livros, só espero conseguir um amor como os delas. Bonito, cheiroso, fofo, e que me trate com muito carinho.
Percebo que Sarah está pronta quando aparece ao lado da minha cama com as mãos na cintura. Quem deveria estar impaciente era eu por esperar tanto tempo ela se arrumar.
Só reparo na roupa da minha colega quando ela está trancando a porta. Seu vestido vermelho vivo tomara que caia está quase mostrando sua bunda. E seus saltos? Como ela consegue andar nesse troço?
— Não acha que a sua roupa está um pouco exagerada? — Tomo cuidado com as palavras, por ainda não temos intimidade. Nos conhecemos essa semana, devido ela ter entrado esse semestre na faculdade.
— O que tem demais? — Pergunta olhando para ela mesma.
— Nada, vamos. — Vou em direção as escadas para a saída do dormitório.
A música da festa está ensurdecedora. Muitas pessoas já estão bêbadas e drogadas jogadas pelos cantos. Alguns se beijando no meio da pista de dança. Encaro tudo atônita, como já estão desse jeito? Qual o motivo? Nunca fui em uma festa jovem por causa da religião dos meus pais. É tão estranho.
— Vamos pegar alguma coisa para beber. — Sarah grita no meu ouvido e me puxa até uma caixa de isopor cheia de bebidas com gelo.
Ela pega dois copos vazios em uma mesa e me entrega. Minha colega se abaixa para alcançar uma garrafa na caixa de isopor e a sua calcinha fio dental fica praticamente amostra. Dou um passo para o lado tentando tampar a cena de alguns olhos doentios.
Sarah levanta despreocupada, como se nada tivesse acontecido. Ela abre a garrafa e despeja a bebida nos dois copos que estão na minha mão. Seus saltos fazem com que ela fique mais alta, me deixando com o rosto praticamente em seus seios. Talvez ela tenha silicone, não pode ser tão certinho no lugar.
— Isso é Vodca, pode beber. — Grita antes de pegar um copo de minha mão e tomar o liquido em um gole.
Olho para o meu copo e não sei se devo tomar. Talvez isso me faça ficar mal durante toda a semana. Nunca bebi nada forte antes. Meus pais são religiosos, então eu não tinha autorização para beber. Sarah pega meu braço me força a levar a bebida na boca.
— Bebe — Faz um movimento com a cabeça, me incentivando.
Reticente, coloco um gole em minha boca. O gosto forte e amargo com certeza me resultou em uma careta. Nunca tinha colocado nada alcoólico na boca sem ser vinho. Bebi escondido uma vez, mas foi bem pouquinho.
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Grace - Os Brassard (DEGUSTAÇÃO)
RomansaDISPONÍVEL NA AMAZON COMPLETO LINK NA BIO Eve se mudou para San Francisco afim de começar uma nova vida. Longe da família poderá fazer suas próprias escolhas e seguir seu próprio rumo. Será que ela vai seguir o que o destino a predestinou? Seu amor...