Estávamos no intervalo de troca de professores, – no meu caso, de história para matemática – e aproveitei o momento para encher minha garrafa d'água no bebedouro mais próximo.
Era terça-feira durante o horário da tarde, eu havia almoçado com o JungHo como já tinha feito antes, ele se manteve carinhoso como sempre, me abraçando e conversando com todos. Porém, achei estranho o fato da Momo não ter almoçado com nós.
Não sei o que pode ter acontecido com ela. Nem a Sana, nem a JiHyo falaram sobre, e quando questionei o motivo de sua ausência não obtive respostas, então, terminei meu almoço sem falar nada.
A garrafa estava quase cheia, e eu podia sentir seu exterior ficando mais gelado a medida que ela enchia mais. Apenas tirei meu olhar do bebedouro quando escutei meu nome ser chamado.
– DaHyun. – Era uma voz que eu reconhecia. Uma voz feminina.
Virei meu rosto, tirando o dedo da pequena peça que permitia que a água saísse do bebedouro, e vi que a Momo estava andando em minha direção, com o cabelo levemente bagunçado em um rabo de cavalo.
– Que bom que te encontrei. – Disse com um tom preocupado.
– Digo o mesmo. – Fechei a tampa da minha garrafa. – Fiquei preocupada por não te ver no almoço.
– Desculpe, acordei um pouco enjoada e fui para o médico. – Parou na minha frente. – Mas já estou bem.
– Certeza que está bem? – Coloquei uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha, olhando fixamente para Momo. Ela havia me deixado preocupada.
– Sim, apenas comi algo estragado ontem a noite. – Suspirou. – Se não se importar, queria falar sobre nossa ligação de ontem.
– Sim. – Continuei olhando para ela, enquanto lembrava do quão estranha ela pareceu estar.
– Queria me desculpar pelo modo que agi, não foi maduro da minha parte e foi bem inconveniente acredito. – Desviou o olhar.
– Não tem problema. Eu entendo sua preocupação, e agradeço por isso. – Sorri para ela, tentando mostrar empatia.
– Eu realmente não sabia como te falar isso, mas... – Ela parecia tentar forçar as palavras pelas cordas vocais dela. – O JungHo não é alguém para se ter muito perto, entende? Ele é uma pessoa legal mas até certo ponto. – Fiquei olhando para ela sem entender muito do que ela estava dizendo. – DaHyun, eu só peço que tenha cuidado, ele pode se tornar uma pessoa muito amarga às vezes. – Seus olhos, que antes fitavam os meus, agora olharam para trás de mim. – E falando nele. – Momo suspirou.
– Olá meninas. – Sorriu, colocando um de seus braços por trás do meu pescoço. – Qual o assunto?
– Biologia. – Ela respondeu, antes mesmo que eu pudesse pensar em uma resposta.
– Então não se importa se eu falar com a minha Tofu um pouquinho, certo Hirai? – Ele fez uma careta de pidão, algo que eu achei fofo.
– Claro. Sem problemas. – Sua expressão, que antes parecia raivosa, agora havia se despedaçado em tristeza. Ela cruzou os braços e saiu em direção a sua sala.
Fiquei a observando enquanto sua figura ficava mais distante de mim. Senti a mão do JungHo envolver meu braço, fazendo minha atenção voltar para ele, que me puxava para perto.
– Tem algo que queria falar com você sobre, DaHyun. – Disse se escorando na parede.
– O que foi? – Perguntei assustada.
– Como você é nova na escola, acredito que não saiba, mas fazemos bailes do ensino médio. – Inclinei minha cabeça para o lado, franzindo minha testa enquanto o ouvia. – O baile de outono é na primeira semana de outubro, daqui mais de um mês, mas os preparativos sempre se iniciam mais cedo.
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Bittersweet {DahMo}
FanfictionCom o início do ensino médio, Kim DaHyun enfrenta dificuldades, tanto no colégio quanto em casa. Dessa forma, se vê obrigada a se impor por si mesma, aprendendo a se adaptar para ser vista pelos demais; porém, aqueles à sua volta não esperavam que e...