Capítulo XI

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Aviso de gatilho: Este capítulo contém a menção de tópicos como abuso de incapaz.

Após apagar, e não ter mais noção sobre as sensação do meu corpo, acordei com um susto. Dentro de mim, uma ardência subiu pela garganta, impulsionando meu corpo para frente, e vomitei no chão ao lado da cama.

Senti meu corpo todo estremecer com um calafrio uniforme, minha cabeça estava envolta em uma dor de cabeça repentina e me sentia tonta, sem nem mesmo saber onde eu estava. O mal estar que sentia não ia embora, continuava sentindo meu estômago arder e a vontade de vomitar não desaparecia.

Me peguei olhando em volta, tentando fazer com que minha visão voltasse ao normal, mas mesmo assim, aquele local não me trazia nenhuma lembrança.

Olhei para baixo, e vi que ainda usava as roupas da festa da noite passada, estavam apenas amassadas. As cobertas, com cheiro de guardadas, começaram a trazer de volta os meus sentidos. A luz do sol pareceu penetrar no quarto, quase como se queimasse minha pele. E antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, a porta do quarto abriu.

– DaHyun? – Mesmo de longe, sem conseguir ver seu rosto, reconheci a voz da Momo, que foi a melhor coisa que pude escutar naquele momento, um conforto para mim.

Não consegui respondê-la, pois comecei a tossir de forma frenética, logo vomitando mais.

– Está tudo bem. – Ela subiu na cama, rapidamente, ficando de joelhos e segurando meu cabelo em um rabo de cavalo, para que o mesmo não sujasse.

Assim que terminei, escorei-me para trás na cama, e Momo se sentou ao meu lado.

– O que aconteceu com você, DaHyun? – Pude ver a tristeza nos olhos dela, mesmo que com a visão embaçada. Acenei em negação. – Consegue ficar em pé?

Com a ajuda dela, levantei da cama, ainda tonta. Momo me levou até o banheiro, que ficava dentro do quarto e me colocou sentada no vaso sanitário. Ela se agachou, e com uma toalha limpou minha boca.

– Vou dar um banho em você, certo? – Eu assenti, ainda sem ter noção do meu redor.

Momo, cautelosamente, me despiu, me levando para dentro do chuveiro, o qual já estava preparado com uma cadeira para mim. Ela me colocou sentada ali, e antes de ligar o chuveiro prendeu seus cabelos em um coque alto.

Como se eu fosse uma porcelana frágil, Momo deixou a água cair sobre mim, utilizando a mesma toalha de antes para limpar minha boca mais uma vez.

Eu ainda estava em situação de transe, sem sentir todos os sentidos, apenas como um zumbi. Podia ver a Momo, passando uma toalha molhada sobre os meus ombros antes suados, mas não podia sentir a toalha em contato com a minha pele. Também não conseguia sentir sentimentos; não estava nem cansada nem alegre, eu apenas estava existindo.

Após um breve momento, a água parou de cair, e Momo pegou uma toalha seca e envolveu-a no meu corpo.

– Está se sentindo melhor? – Perguntou apertando a toalha contra meus braços para os secar.

Assenti.

Com um suspiro, ela me tirou do chuveiro, me levou até a cama e me sentou lá. A observei pegar uma muda de roupas que estava dobrada sobre a cômoda. Momo colocou um short de malha e uma camiseta grande em mim, como se eu fosse uma criança. Ainda, amarrou meu cabelo em um rabo de cavalo baixo.

– Irei buscar algo para você comer, espere aqui, certo? – Com as mãos no meu ombro, disse.

Ela saiu do quarto com pressa.

Em questão de segundos senti meu corpo esquentar, fui tomada por um choque térmico, e logo senti dores pelo meu corpo inteiro. Pescoço, costas, braços, coxas... Tudo doía muito. Minha cabeça pendeu para trás em uma enxaqueca súbita. Antes que eu pudesse perceber, meu corpo estremeceu e lágrimas começaram a rolar pela minha bochecha. Segurei minha própria cabeça com as mãos, sentindo minha respiração ficar pesada, como se estivesse sem ar. Meus sentidos voltaram, assim como Momo.

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⏰ Última atualização: Jan 28, 2021 ⏰

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