Hoje eu me sentei e olhei para o céu.
Eu vi as estrelas olhando para mim, eu vi a escuridão sem fim,
eu vi seus olhos.E eles me olhavam tão profundamente
Procurando, de repente alguma coisa.
Pesquisando na vastidão da minha loucura quem sabe alguma sanidade.
As estrelas me olharam nos olhos, e me intimidaram
Elas me disseram que eu era pequeno e frágil...
Mas a lua me disse que eu era maior que o universo
Tudo está nesse meu verso que algum maluco lê ou ouve
Em cada quilômetro quadrado de frase eu escondo algum sentimento
E agora as estrelas não mais me olhavam
E sim eu as estrelas.Meu universo é um caos
Que junta suas desgraças pra criar beleza
Que junta seus cacos pra criar esculturas
Que sustenta suas colunas pra criar firmeza
Que talvez tenha uma das paredes mais duras de todo o meu universo.Eu descobri que procuro nos universos dos outros
Tudo o que eu tenho e mais um pouco.
Eu descobri que eu procuro nos universos alheios
Um reflexo sendo que eu já tenho um espelho.
A gente faz isso.
Por que ficar sozinho em sua própria companhia é tão dolorido?
Por que é tão difícil conviver com nós mesmos?Talvez seja que é esse o único momento em que paramos para olhar para nós mesmos.
A gente não gosta de olhar prós próprios defeitos
A gente se recusa a aceitá-los e age como se fôssemos diferentes dos outros
Como se ninguém tivesse defeitos.Olhe pra si mesmo
Ou as estrelas olharão
Olhe de volta
E você verá
Um reflexo perfeito
Da sua imensidão.
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Foi depois de morrer que eu vivi
Poesiapoemas que eu escrevi depois de morrer, e poemas da morte que me ensinaram a viver. flores azuis, pessoas depressivas, sol e a vida.