Entrei pela porta de trás da casa que dá na cozinha, e assim que entrei na cozinha, comecei a reunir toda comida que encontrava em uma toalha, rezando para que ninguém entrasse aqui agora, carnes, pães, leite, água, torradas, geleia, maçãs, bananas, tudo que encontrei que pudesse me sustentar por alguns dias, quando ia sair da cozinha ouvi passos no corredor, meu sangue gelou, e quando a pessoa estava bem próxima da cozinha, batidas soaram na porta, fazendo os passos se afastarem.
- Em que posso ajudar?.- A voz de Louis estava na porta, era ele que ia entrar na cozinha, graças a mãe fui salva na hora certa, quando ia me direcionar ao porão uma voz me chamou a atenção.
- Boa tarde, nós estamos fazendo uma ronda na aldeia, espero que não se importe se nós revistarmos a casa.- Essa voz, é do general Arthur! Preciso sair daqui o mais rápido possível!
Desci para o porão rapidamente, peguei uma trouxa e saí colocando roupas, facas, e até meu arco quebrado eu peguei, meu coração começou a bater rápido, minha respiração ficou desrregulada, e a adrenalina começou a pulsar em meu sangue, depois de colocar o saco com flechas nas costas, subi as escadas do porão correndo, olhei bem para os lados, para ver se a cozinha estava limpa, e quando saí na cozinha, tive certeza que não tinha ninguém, me direcionei para a porta de trás ao qual eu entrei, e parei com a mão na maçaneta quando ouvi.
- QUEM A MATOU?.- Pelo grito de Arthur eles já encontraram a pele na sala.
- Por favor senhor, solte o meu filho.- Implorava madame Lestrange, eu não via a cena, mas com certeza, Arthur devia estar rendendo Louis com a espada.- Não fomos nós que matamos!
- Então quem foi?.- Bradou Stefan, eu queria sair dali, ir para longe, mas algo me faz parar e querer escutar até o final, algo em meu coração dizia para eu entrar naquela sala, dizia para eu me defender da acusação, mas meu corpo não obedeceu a esse comando.
- Foi a nossa empregada Alana, ela que caça para nos alimentar.- Disse Louis com a voz arrastada, e o meu coração começou a doer com essa afirmação.
- Onde ela está?.- Perguntou Maxuel com a voz bem calma pelo incrível que pareça.
- Ela saiu para lavar roupa, mas se já tiver terminado, deve estar no porão da cozinha.- Com a afirmação da madame, comecei a ouvir passos pelo corredor, e essa foi a carta branca para eu girar a maçaneta da porta e correr para fora adentrando na floresta, não sem antes ouvir.
- ELA FUGIU! VI ELA CORRER, VAMOS!.- Com esse grito de Stefan, forcei as minhas pernas a correrem o mais rápido possível, a dor era lacinante, ainda mais quando se está carregando duas trouxas, uma com comida a outra com roupa, e um saco com flechas nas costas.
Comecei a fazer o caminho da caverna, ouvido as batidas frenéticas do meu coração e os gritos a longa distância, minha perna começou a falhar, mas eu não posso parar agora, ou então, irei ser aprisionada ou até morta. Eu sentia a aproximação deles, ouvia gritos e passos atrás de mim, mais faltava tão pouco para chegar na caverna, e não seria agora que eu iria desistir, um pouco ao longe, eu já via a pequena entrada da caverna no chão coberta de folhas, o que eu sempre faço para disfarçar como eu não quero nenhum intruso na mesma.
- PARE! SERÁ MELHOR PARA VOCÊ!.- Ouvi gritarem ao longe, se eu conseguir entrar na caverna agora eles não iram ver aonde entrei, e poderei esconder a entrada de novo com as folhas.
Com esse pensamento dei um pulo e estiquei as pernas, deslizando um pouco pelo chão que está deixando de ter neve, e caindo diretamente no buraco da caverna tampei a entrada novamente com folhas, sentindo uma dor lacinante na perna direita que amorteceu a minha queda.- Droga!.- Bradei baixinho quando notei que torci o tornozelo da perna direita, ainda sentada no chão da entrada da caverna, tentando enxergar entre as folhas.
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A Escolhida Do Herdeiro (Concluída)
Novela JuvenilAlana, é uma garota pobre, sem família, amigos, e muito menos um amor. Ela caça para sobreviver e é humilhada por todos de sua aldeia tendo o sonho de um dia fugir para longe e se vingar de todos que um dia a fizeram mal. Mas o destino sempre nos pr...