A Escolhida Do Herdeiro (Concluída)

Capítulo 7

- Alana vamos! Precisamos descer o mais rápido possível.- Abri os olhos e já era dia, Dex me encarava enquanto Edgar estava abaixado diante de mim me balançando devagar.

- Hum.- Murmurei me sentando lentamente no chão, as minhas costas doíam mais que tudo, dormir no chão não é nada legal.- Vamos!

Levantei, arrumei as facas novamente no meu cinto, coloquei o saco de flechas nas costas, peguei o arco em uma mão e na outra Dex, enquanto Edgar arrumava suas coisas também.
Nós subimos nos cavalos em silêncio, e começamos a cavalgar para dar a volta e descer.
Meu estômago roncou de fome, minhas provisões acabaram, Edgar me encarou e riu, o que fez eu ficar com vergonha.

- Quando chegarmos lá teremos uma verdadeira refeição, eu prometo!.- Encarei Edgar que tinha um olhar bondoso.- Lá você terá tudo que precisar.

- Eu não quero viver as suas custas Edgar! Eu já disse isso! Talvez eu arranje um trabalho como criada ou..

- Não!.- Encarei Edgar confusa enquanto o mesmo tinha um olhar furioso.- Eu tenho muito mais do que você pensa Alana! Eu quero que viva comigo, nunca que eu irei deixar que você vire uma criada.

- Mas por que tudo isso Edgar? A gente nem se conhece direito! Eu nem sei se posso confiar totalmente em você, assim como você não sabe se pode confiar em mim!- Ele parou de cavalgar e eu também, Edgar tinha um brilho estranho nos olhos, e me encarava totalmente frustado.

- Eu sei que posso confiar em você!.

- Como você sabe?.

- Eu vejo isso nos seus olhos Alana! Você não é uma pessoa ruim e nem será, só é uma garota que quer liberdade, nada mais do que liberdade.- Realmente ele está certo, durante todo esse tempo o que sempre quis foi a minha liberdade, sair daquela aldeia e deixar de ser a pobre garota humilhada, me tornar bem melhor do que sou e me vingar de todos que um dia já me fizeram mal.

- E você Edgar? Eu posso confiar?.- Ele me olhou com seus olhos castanhos que ficaram frios, e começou a cavalgar novamente enquanto eu me mantive parada esperando a sua resposta.

- Eu sou o único que você tem!.

                               (........)

O ar gelado da manhã batia no meu rosto enquanto cavalgávamos rapidamente, de longe já dava para ver os portões de Pomfey, quanto mais perto chegávamos mais meu coração acelerava, eu não sei se vai ser boa a minha estadia nessa cidade, mas espero não ser recriminada aqui por ser uma exilada.
Assim que chegamos nos portões Edgar acenou para um guarda que abriu rapidamente a passagem, estou começando a desconfiar que Edgar seja da "realeza" daqui, mas o que um herdeiro estaria fazendo na floresta se ele tem uma cidade para governar? Ele disse que estava procurando alguém, mas quem é essa pessoa? E por que não está com ele? Estranho! É tudo muito estranho.

Eu e Edgar descemos dos cavalos, Edgar deixou-os com um dos soldados, junto de nossas coisas, o que eu preferi não comentar, e saímos andando, com Dex em meu colo, pelas várias ruas da cidade pessoas muito bem vestidas caminhavam, crianças corriam para todos os lados atrás dos gatos, cachorros e até tigres (que concerteza foram domesticados), as grandes casas eram feitas algumas de madeira outras de pedra, árvores e jardins tinham para todos os lados, fontes aonde as pessoas jogavam moedas era o que mais chamava a minha atenção nas praças e o que me deixava bem confusa também.

- É uma fonte dos desejos!.- Falou Edgar por trás de mim me dando um susto!.- As pessoas jogam uma moeda e fazem um desejo.

- E ele se realiza?.- Edgar sorriu de canto, se aproximou da fonte e tirou uma moeda do bolso.