Fiz o que pude

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FIZ O QUE PUDE

It's out of my hands

Done what I can

So I just save my breath

Depois do dia do parque eu nunca mais vi o Yedam. Exceto por um dia. Mas eu prefiro apagá-lo de minha memória!

Yedam disse que fez de tudo pelo amor dele e do Keita, anos atrás antes da gente se conhece. Mas veja só Dam, eu também fiz de tudo pelo nosso amor.

Eu fiz o que eu pude pra te manter aqui.

Mas eu continuasse a tentar isso sozinho, talvez eu não estivesse mais aqui. Eu teria desistido de tudo pra te manter a salvo! Feliz!

Lembro de tudo como se fosse ontem. As suas últimas palavras, dirigidas a mim.

— E aí? Cadê ele? — Yoonbin estava sentado no capô do carro fumando um cigarro.

— Ele foi embora...

— Mas ele não 'ta aqui? Eu vi ele... O que aconteceu?

— A gente teve uma briga. E ele simplesmente foi embora. Eu não sei pra onde e eu também não sei se eu quero saber.

Eu estava com raiva mas também estava confuso e triste com tudo aquilo.

— Ei? Não fala isso. Você está no calor do momento. Eu tenho certeza que ele não vai ir embora! Você confia em mim, né? — ele me deu um soquinho no ombro e continuou — Cadê a famosa frase que você sempre me fala?

— "Você está certo, Ha Yoonbin!"

Essa era uma frase que o Ben me obrigava a dizer quando eu fazia alguma merda, ou seja sempre, e ele me ajudava a concertar as coisas.

— Exatamente! — ele começou a rir e me abraçou.

Infelizmente Binnie, você estava errado, dessa vez...

Depois de eu e o Yoonbin sairmos de lá,voltamos pra escola. Já que ainda era 13:00 da tarde.

Eu realmente não estava afim de assistir a aula mas, a professora passaria uma aula explicativa sobre tudo o que cairia na prova e eu precisava assistir essa aula.

Eu era bolsista. Afinal, não tinha dinheiro algum pra me manter naquela escola. Era bem cara e de uma alta qualidade, e se eu quisesse dar um outro futuro a minha mãe e meu irmão, precisava começar com o famoso "não matar todas as aulas do dia".

Yoonbin diferente de mim, era rico. Muito rico. Muito mesmo. A mãe dele era advogada do prefeito da cidade e o pai dele, o médico mais famoso de Seul.

Eu não o culpava por não dar a mínima pra isso, já que os pais dele nunca estavam em casa. Talvez seja esse o motivo de eu ter frequentado a casa dela todos os dias, quando a gente era criança. E até hoje é assim.

— Você vai entrar ou vai pedir ajuda pro Asahi depois? — Yoonbin estava dentro do carro e eu parado na frente da porta.

— Acho que vou pedir ajuda pra ele agora... E você? Não vai entrar também?

— Você sabe que eu não preciso disso né, chuchu? — colocou os óculos de sol e acendeu um cigarro. — Se você quisesse, não precisava entrar também. Sabe que eu pago essa escola pra você, mas tu é teimoso, e eu vou fazer o que?

— A gente já falou sobre isso e eu não preciso de você! — disse fechando a porta do carro com força.

— Ah, meu querido amigo, precisa sim! — começamos a rir. — Até depois então.

— Até. — e assim, vi Ha Yoonbin sair igual um foguete pela rua, como se ele fosse o dono dela.

Ao entrar na escola, fui logo de cara com Asahi. Ele era loiro, não tão alto, e estava com uma blusa de frio rosa e usava uma calça jeans num tom azul claro.

— Oi Dobby.

— Oi Asahi... Você pode me ajudar?

— Você sabe que sim. Vamos pra sala de estudo.

Asahi simplesmente era o aluno mais inteligente daquela escola, depois do Yedam, claro. Ele era o monitor de matemática da escola e eu não sei como os alunos mais novos iriam conseguir passar sem a ajuda dele, já que ele tava no terceiro ano assim como eu.

Ele sempre me ajudou em todas as matérias, e se eu cheguei no terceiro ano sem reprova nenhum, é por causa dele.

— E o Yedam? — ele me pegou de surpresa com essa pergunta.

— O que tem ele? — tentei parecer o mais natural possível para que ele não note nada do que vem acontecendo...

— Olha, eu posso não falar muito e ser tímido igual todo mundo fala, mas eu observo bastante coisa, sabia? Inclusive vocês dois.

— E você observou o que na gente?

— Observei que vocês sempre estavam juntos, a todo o momento mas... Cadê o Yedam agora?

— Bom... Ele está doente. Não pode vir. — mentira.

— A é mesmo? — ele me olhou como se estivesse segurando a risada.

— Sim! Acho que é gripe ou algo assim. — mentira de novo.

— Olha cara, eu sei que você não quer falar o que está acontecendo, mas você não precisa mentir pra mim! — isso mesmo, você sacou tudo.

— É que é um assunto complicado, sabe? A gente pode não falar disso agora? — ele compreendeu e fomos até a sala para estudar.

Acredita que eu consegui passar com uma nota até que razoável na prova? Obrigada Asahi por tudo!

Pena que nada do meu esforço naquela época foi válido, né? O que você acha disso?

"Talvez você devesse seguir outro plano...", imito uma voz aleatória.

Sim. Eu também acho que eu deva fazer isso!

YoungOnde histórias criam vida. Descubra agora