Egocêntrica

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Hogwarts/ 2002

      Draco Malfoy:

  Depois do que houve entre mim e a Hermione na Torre de Astronomia outro dia, eu tive certeza de ela era a garota que eu realmente gostava, mas isso era um problema e tanto. Como sempre, Dakaria achou uma ótima solução para o problema, desde que fizéssemos tudo conforme seu pedido. Daka teríamos de continuar namorando, assim ninguém desconfiaria de nada e meu pai continuaria orgulhoso de mim por conseguir o que ele não conseguiu.

  Quando meu pai estudava em Hogwarts, era basicamente apaixonado pela Dakaria. Não tenho certeza se isso era realmente paixão, ou apenas uma admiração que ele tinha pelo poder que ela possuía. Muito provavelmente a segunda opção. Enfim, ela não gostava dele desse jeito e meu pai não conseguiu nada com ela, então está super orgulhoso de mim já que eu consegui.

  Prosseguindo no plano da Dakaria, não contar nada sobre os meus sentimentos em relação a Hermione para ninguém é muito importante. Continuar sendo indiferente na frente dos outros também é uma boa tática, e só poderemos nos encontrar quando a Daka der um jeito para isso acontecer, caso contrário pode dar errado. 

  Parando para pensar, a Lestrange é realmente muito mandona e egocêntrica. Acredita que qualquer coisa que não tenha sido feita ou planejada por ela pode ser ruim ou dar errado. Ela é tão ruim quanto a minha família, olhando por esse lado. Não consigo compreender, primeiro ela me empurra para cima da Granger, depois diz que só podemos nos encontrar se ela permitir. Isso é tão... ah, não sei.

  Eu estava no dormitório da Sonserina com a minha namorada agora, tendo uma conversa sobre assunto. Ela garantiu que ninguém ouviria nossa conversa, e se alguém aparecesse, ela saberia. Como eu disse, acha que está no topo do mundo.

  - Eu não entendo. - Falei incomodado.

  - O que você não entende, Malfoy? - Indagou indiferente. Detesto quando ela faz isso.

  - Primeiro você aceita namorar comigo, e agora me joga para cima da Granger. - Expliquei e ela suspirou.

  - Olha, Malfoy. - Começou a morena. - Sei que você possuía dúvidas em relação à Hermione e à mim desde o ano passado, e sei também que seu pai está orgulhoso por você ter conseguido o que ele não conseguiu. - Exatamente o que eu estava pensando ainda agora. - Eu estou fazendo isso para proteger vocês, você mais do que ela, na verdade. Hermione sofreria pressão psicológica por gostar de alguém como você, mas um Malfoy sofreria muito mais por se apaixonar por uma sangue-ruim. - Ela tem razão. Que droga! - Namorando comigo, os dois saem livres, porque ninguém vai desconfiar que você me trocaria por uma sangue-ruim. Entendeu agora? - Indagou e eu assenti.

  Eu estava sentado na minha cama no dormitório e ela estava sentada na cama do Crabbe, de frente para mim. Eu usava um jeans escuro e a camisa branca da escola, sem a gravata. Dakaria estava usando uma calça jeans rasgada e um moletom cinza.

  - Não acredito nisso! - exclamou a morena.

  - O que foi? - Indaguei confuso e ouvi alguém entrar no dormitório. Olhei para a porta e vi Goyle na porta.

  - O que estão fazendo? - Perguntou ele, olhando para nós.

  - Transando. - Disse Daka, de súbito e ele pareceu ficar envergonhado. - Conversando, Goyle. Não está vendo? - Falou suspirando mais calma. - Pode nos dar licença? É importante. Prometo que devolvo o seu amigo logo, tudo bem? - Ele assentiu e saiu do quarto enquanto ela sorria educada.

  - Por quê foi tão educada com ele? - Perguntei confuso, pois ela não costumava ser tão compreensiva. Havia algo a incomodando. - Fora a parte do "transando", claro. - Permaneceu calada. - Sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, não sabe? Daka. - Ela suspirou.

As gêmeas de Hogwarts (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora