A pista

12 0 0
                                    

Harry Potter:

  Depois do baile eu fui para o dormitório da Grifinória, onde me troquei e logo me deitei. Estava cansado e queria descansar. Enquanto eu dormia, tive uma sonho ruim. O mesmo que vinha tendo nos últimos sonhos. 
  Primeiro eu apareci numa espécie de cemitério, onde havia uma estátua que parecia a figura da morte, com túnica e capuz, empunhando uma ceifa. Também possuía asas negras e não apresentava face, apenas escuridão. Depois apareci na Casa dos Gritos, andando pelas escadas até um cômodo específico do segundo andar onde o Rabicho estava com um outro homem. Eles escutavam atentamente o que alguém sentado na poltrona dizia com sua voz estridente. Ele falava como se esperasse por mim, para me matar.

  Eu estava com Hermione, parado no centro do corredor/ponte que liga o castelo ao outro lado da depressão no chão. Dakaria estava andando por aí, eu não tinha certeza do quê ela estava fazendo, porque a Lestrange é meio imprevisível. Podia estar com o Malfoy, ou não. Ou falando com o professor Dumbledore, ou o Snape ou até mesmo o Moody, já que ela demonstrou uma certa conversação com ele. Já Zarina estava com Ginevra, Ronald e os gêmeos, andando pelo castelo ou aprontando alguma. 
  Hermione e eu estávamos conversando sobre o Ovo de Ouro e a próxima tarefa do torneio. Eu estava ainda mais aflito sabendo que o grau de dificuldade aumenta a cada tarefa.

  - Harry - ela disse a Granger, apoiada na grade do corredor/ponte como eu. - Você disse que tinha decifrado a pista do ovo há duas semanas atrás. A tarefa é daqui a dois dias. - Falou com certa ansiedade.

  - Sério? Eu não fazia idéia. - Falei irônico, olhando para ela.

  - Você está tentando decifrar o ovo, não está? - Perguntou olhando apreensiva para mim.

  - O que quer dizer com isto? - perguntei olhando atentamente para ela.

  - Que essas tarefas são planejadas para testar vocês. - Explicou a morena, olhando para mim como se não desejasse estar no meu lugar. E sinceramente, nem eu desejaria. - Do jeito mais brutal, são quase cruéis. - Desviei o olhar para o outro lado.

  - E... - falou vindo para o outro lado e eu desviei o olhar para frente. - Eu estou com medo por você, Harry. Derrotou o dragão usando a sua coragem. Mas acho que agora isso não vai ser o suficiente.

  Tinha um certo pesar em sua voz calma. O que só me deixava com mais medo de estar nesse maldito torneio.

  - Imagino que Viktor já tenha decifrado a pista do ovo. - Comentei mudando de assunto. Olhei para ela rapidamente, depois voltei a olhar para frente.

  - Não sei te dizer. - Falou Hermione. - Nós não falamos sobre o torneio. Na verdade, não falamos sobre nada. - Ela disse, com certo desdém. A Granger sempre gostou de falar. - O lance com o Viktor é uma coisa física. - Nisso nós não nos aguentamos e soltamos algumas risadas. Principalmente ela, enquanto falava. - Ele não é do tipo que fala muito, entende? Basicamente, fica me vendo estudar. - Olhou para mim, inicialmente com um sorriso e depois com uma feição de decepção. - É meio chato, sabe?

  - Hey, Potter - ouvi alguém me chamar e me afastei da grade.

  Olhei na direção de onde tinha vindo a voz e vi Dakaria vindo até nós usando milagrosamente o seu uniforme da Sonserina. Cedrico estava com ela. Seu braço envolto na cintura da morena e um sorriso no rosto. Confesso que aquilo me deixou desagradado. Antes o Malfoy e agora o Diggory. Mesmo dizendo que não queria se meter em nenhum relacionamento, ali estava ela. A Daka é uma pessoa complicada de se entender.

  - Potter! - disse o moreno de cabelos quase louros.

  - Cedrico. - Falei com certa decepção e virei as costas, começando a caminhar na direção oposta.

As gêmeas de Hogwarts (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora