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MALIA

Chego em casa quase meia-noite. Assim que abro a porta de casa, Amanda aparece na minha frente.

- Apareceu a margarida né? Quer me matar do coração Malia? - diz

Não tenho mãe mas a Amanda faz o papel direitinho às vezes.

- Desculpa, tive que esperar o patrão que queria falar comigo. - digo e me jogo com tudo no sofá

- E ele não poderia falar por telefone não? Deixa eu ver ele pessoalmente, falarei umas poucas e boas que a orelha dele vai ficar até vermelha. - diz emburrada e eu acabo rindo

- Garota, você é hilária. - digo em meio às gargalhadas

Amanda grunhe e se senta ao meu lado.

- O que ele queria?

- Que eu fosse dormir lá; tipo, a semana toda. Queria conversar sobre isso? - digo e encaro o teto ainda pensando sobre

- E você vai?

- Não sei, ele acha melhor porque eu pego muita condução e acabo chegando tarde em casa e tarde lá também.

- É, pensando por esse lado. - diz e começa a mexer em meus cabelos

Amanda só tem a mim e eu só tenho a ela. Não sei se me sinto bem deixando-a aqui, sozinha. Eu sentirei muita sua falta, vai ser impossível de me acostumar a passar meu dia inteiro sem perturbar ela.

- O que você acha? - viro minha cabeça tentando olhá-la e ela apenas da de ombros

- Uma parte de mim diz que não é para você aceitar, mas outra diz que você precisa aceitar. É a sua segurança que estamos falando, você está chegando em casa para lá de meia-noite. E me deixando de cabelo em pé. - diz

- Tá, mas qual das duas partes é a sua verdade? - pergunto rindo

- Você quer ir?

- Acho melhor mas não quero te deixar sozinha.

- Eu não sou uma criança Malia, sei me cuidar. E nos fins de semana você vai está aqui comigo. - diz e aperta minhas bochechas

- Então eu vou.

- Vai receber mais por isso? - indaga e eu apenas confirmo com a cabeça - Então vai e quando receber me compra uma bolsa da Chanel. - diz e eu apenas sorrio

- Te amo. - digo e ergo meu dedinho para ela

- Também te amo. - diz e junta seu dedinho ao meu

Suspiro agora mais aliviada. Além do mais existe celular e com certeza iremos nos falar todo santo dia antes deu dormir.

- Você vai ter um quarto lá?

- Ele disse que sim. O motorista deles vira me buscar aqui amanhã pela manhã. - digo e me sento normalmente no sofá

- Caramba. Queria eu ter essa mordomia. Se eu fosse esperar o motorista do meu trabalho vir me buscar, viria a moto de entrega de lanches. - diz e começo a gargalhar

MaliaOnde histórias criam vida. Descubra agora