Choppada

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Última aula da noite e eu me perguntava  se meu look despretensioso de primeiro dia seria o suficiente pra essa "festa". Felizmente tinha me vestido minimamente bem para não passa vergonha, frente a grande elite de garotas da Mackenzie.

Me virei pra Ana e Clarice fazendo gestos de súplica com as mãos e elas negaram com a cabeça decididas.

Clarice: Não vai rolar amiga.
Ana: você sabe que nosso negócio não é esse. Não somos do álcool, é isso.

Flay: Poxa meninas, mas faz tanto tempo que eu não tomo uma, fico com medo de me descontrolar. Precisava de uma maozinha.

Ana: Ué, mas não foi o Felipe mesmo que te convidou?

Flay: Sim mas ele tá muito ocupado com a turma toda dele, da qual eu nem faço mais parte- Disse fechando por fim o último caderno e guardando na minha bolsa.

Clarice: Mas pelo que você sempre disse, ele sempre se preocupou muito com você. Se algo acontecer, ele estará lá.

Assenti com a cabeça e me despedi das minhas amigas com beijinhos.

Mandei uma mensagem para duas parceiras de festas passadas de outros cursos.

Mandei uma mensagem para duas parceiras de festas passadas de outros cursos

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Havia me afastado bastante de Bi e Mari depois que parei com as bebedeiras. Mas não podia passar esse remember longe delas, sempre foram minhas parceiras de pista nos bons tempos! Eu, elas e Felipe.
Mas eu sabia que dessa vez seria com moderação. Estávamos mais maduros, havíamos crescido e encarado responsabilidades.

Até porque agora eu tinha uma criança de 2 anos para cuidar, o Bernardo! E eu precisava me formar para poder sustentar essa criança finalmente sozinha.

Chegamos no salão de eventos do prédio de Medicina, onde seria realizada a choppada, e já tinha uma pista organizada e luzes para todo o canto.

Nesse momento imaginei o quanto os organizadores do curso haviam se empenhado pra fazer essa festa de boas vindas acontecer, e depois me lembrei que quem tinha dinheiro fazia tudo facilmente.

Sentimos os olhares pesados quando chegamos juntas, tínhamos presença e costumávamos causar aonde íamos.

Bianca me emprestou uma sandália de salto que havia levado para uma amiga que deu bolo de última hora, e para a minha sorte combinou perfeitamente com minha calça com abertura das coxas até as canelas. Cada vez mais me impressionava com meus próprios looks.

Felipe chegou por trás e passou os braços por meus ombros e os da Bianca, se metendo no meio de nós.

Prior: então você realmente veio, dona nerdzinha sóbria. De volta aos velhos tempos??

Bianca: Fiquei sabendo que quem conseguiu essa proeza foi você. Só o galã mesmo da turma de arquitetura para tirar essa dedicada mãe de casa.

Corei, me sentindo desconfortável. E não entendia por quê.

Flay: podem ir tirando o cavalinho da chuva, que nada saíra do controle hoje. - Disse me dirigindo a máquina de chopp e deixando os enxeridos para trás.

Me aproximei de novo das meninas quando vi que Felipe tinha se afastado, estava o evitando e não sabia se estava pronta para uma aproximação novamente. Até porque só nós dávamos bem em festas, pois nossas opiniões no dia a dia e visões de mundo sempre eram muito diferentes.

E Felipe tinha um ar meio superior, áspero, que machucava meu lado sensível. Então, depois que percebi que eu poderia sentir algo a mais por ele e não ser correspondida, apenas fui me afastando aos poucos.

Eu, Mari e Bianca nos divertimos e tiramos várias fotos na pista. O álcool já ardia em minha garganta e já me via perdendo a vergonha e a noção.

A partir daí, já não me lembrava nem do nome, quem dirá o que estava fazendo.




Look da flay:

Look da flay:

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Flayor- ColegialOnde histórias criam vida. Descubra agora