Ridiculo

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Felipe Prior

Chegamos no apê, e ao chegar à frente da porta, Flay desmaia.

Felipe: Meu Deus do céu. Chamar ela pra esse rolê foi uma péssima ideia.

Carreguei ela até o meu quarto, a deitei na cama, percebi que estava tudo uma bagunça no meu quarto, e por um momento agradeci que ela estava apagada e não veria aquilo.

Arrumei tudo o mais rápido que pude, e fui deitar no sofá da sala.

Mais tarde, acordei com uma sensação estranha, virei o rosto pra trás e vi que era Flay grudada em mim. Olhei pro relógio e já eram 6 horas.

Felipe: Flay, o que tá fazendo? - Disse resmungando, sonolento.

Flay: Cê sabe que quando bebo fico carente

Prior: Quer dormir de conchinha comigo, é? - Disse, um pouco estupido.

Flay: Aí, Felipe, você deveria parar de maliciar as coisas e aceitar elas como carinho. -Ela disse, já se levantando apressadamente do sofá.

Felipe: Não... quer dizer, fica. - Puxei sua mão e fiz ela hesitar.

Deitou novamente do meu lado, mas agora eu havia me virado de frente e a abraçava envolvendo seus ombros. Caímos no sono novamente.

O sol batia na janela e vinha direto na minha cara, levantei pra fechar a cortina da janela e vi no relógio que já eram 11 horas. Levantei e fiz dois ovos mexidos com arroz pra cada um, e gostando ou não, esse seria o almoço.

Ao meio dia joguei uma almofada de longe nela, que se acordou, assustada- Tentava melhorar meu senso de delicadeza.

Flay: Seu ridículo.

Prior: RI-DI-CU-LO- A imitei para irritar.

Prior: Vem comer, sua ressecada.

Flay: O que temos pra hoje, Chefe Antoniazzi? Ahh não, ovo frito com arroz. Bom... pelo menos mudou o acompanhamento né? Da última vez era com pão  mesmo- Debochou.

Felipe: Não desdenhe dos meus dotes culinários- Fiz um sinal fingindo plenitude.

Flay: Felipe, quando que você vai deixar de depender da sua família pra tudo? Precisa aprender a se virar.- Disse, tornando-se seria para mim.

Felipe: pra que se eu tenho ifood? Serei um arquiteto de grande sucesso, não precisarei disso. Contratarei um cozinheiro para isso.

Flay: tomara que não seja sua mulher. Porque coitada...

Flayslane não conseguia passar um minuto sem me criticar quando estavamos juntos. De tanto tempo afastados, já nem me lembrava mais da sensação até hoje.

Flay: É sério Felipe. Talvez se você passe menos tempo em festas enchendo o cu de cachaça, talvez você aprenderia algumas coisas. Ou eu até mesma posso te ajudar com isso.

Felipe: não entendia porque essas coisas incomodavam tanto ela. Mas depois me toquei que deveria ser porque ela já tá nessa vibe de família, dona de casa.

Mas o pior de tudo é que ela tinha razão. Apesar da estupidez, sempre dava os conselhos certos. Fiquei divagando o pensamento no assunto lavando a louça, enquanto ela atendia o telefone.



Flayslane

Acordei com uma almofadona na cara e a voz rouca de Felipe de sono que o deixava ainda mais sexy.
Quer dizer, a voz dele sempre foi grossa, mas no início da manhã era mais.

Estava sem camisa. Fiquei analisando-o mexer com algo naquela frigideira, completamente sem jeito. E realmente, pra quem olhava, achava que o menino nunca tinha visto um fogão na frente. Ri

Felipe: Que tá rindo, retardada? Levanta daí sua ressecada.

Levantei, almoçamos arroz com ovo e conversamos sobre o completamento extremamente mimado dele.

Quando já havíamos terminado, senti meu celular vibrar na bolsa.

Flay; sim, sim. A sopinha que tá na geladeira. Se der fosse tem xarope naquela gaveta da cozinha. Eu não volto tarde. Manda um beijo- Falava com minha mãe, que estava tomando conta de Bernardo.

Nem acreditava que Felipe, sendo meu amigo desde a infância ainda não havia conhecido o meu filho. Mas ia culpar o destino.

Felipe: então é daí que vem tanta experiência. Mãezona do ano. Como vai o Jonathan?

Flay: não me fala desse homem. Você sabe de tudo que ele me fez- Abaixei a cabeça, ficando tensa.

Felipe: Mas pela sua cara, ainda gosta dele- Coitado, mal sabia.

Flay: Ele me botou um chifre enorme. Duas vezes. Acha que eu quase virei cantora sertaneja por que?- Disse, indignada. -Eu não gosto dele, disso você pode ter certeza!

Prior: Agora tenho. tenho certeza de que o Bernardinho vai arranjar um pai melhor.

Flay: Ele não precisa, quando se tem essa mãezona aqui. Nem ele, e nem eu. Preciso ir cuidar da minha cria, cabeçudo. - Dei um beijo no rosto dele e fui até a porta, a destrancando-a e antes de sair me virei e agradeci pelo convite de ficar na casa dele.

Felipe: E a conchinha, não vai agradecer não? - Disse, debochando.

Revirei os olhos e dei as costas. Idiota.

Flayor- ColegialOnde histórias criam vida. Descubra agora