A Sociedade Dos Óculos

Capítulo 12: Uma Bela História

Arthur o analisa, realmente alguém merecedor de sua reputação, um homem muito alto com postura curvada e com semblante terrível, um verdadeiro vilão de livro, ele possuía várias partes do corpo atualizadas ou substituídas por equivalentes biônicos, em pânico ele resolve tentar fugir mas é parado pelo senhor H usando apenas uma mão e claramente sem esforço, a visão de Arthur fica preta e ele desmaia

No que parecia ser um sonho Arthur vê novamente a figura

Senhor H:

- Me impressiona você ter chegado aqui, Nunca foi o cara mais corajoso, sequer o mais inteligente

Arthur:

- Onde estou!

Senhor H: você está na sua própria mente

Arthur:

- Oi?

Senhor H:

Vou tentar te explicar, estamos em seu espaço Tado, uma área onde você pode controlar o ambiente por meio dos pensamentos

Arthur:

-Assim como a sala 8?

Senhor H:

- A sala 8 não passa de uma tentativa primitiva de simular esse ambiente no mundo material, a sala é limitada pelas leis da física, já aqui você está totalmente livre

Arthur:

- Então estou no meu próprio mundo particular sem que ninguém possa me incomodar?

Senhor H:

- Exatamente

Senhor H:

- Veja bem, posso te manter aqui para sempre se quiser...

Arthur:

-O que devo fazer?

Senhor H:

- Desligue este aparelho em sua mão

Arthur:

- O tablet? Porque?

Senhor H:

- Apenas faça

Arthur:

- Não

Senhor H:

- Olha, estou tentando te ajudar, é bem simples, me dê o tablet e ganhará a imortalidade, Além de uma realidade perfeita

Arthur:

- Do que adianta imortalidade se a realidade é uma mentira? A vida é feita de altos e baixos, não dá para sentir a glória sem conhecer o fracasso, agradeço a oferta mas recuso!

Senhor H:

- Já chega, seu tempo acabou, entregue o tablet agora ou morrerá!

Arthur:

- Ninguém pode morrer nesse mundo!

Senhor H:

- E quem disse que estou falando deste mundo?

Arthur começa a sentir uma dor insuportável no pescoço e ao olhar para o lado vê um espelho, e para sua surpresa seu reflexo era um estranho robô com uma cabeça que lembrava uma câmera de trânsito, ele sinceramente não ligou muito dado todas as bizarrices que já tinha vivido, mas então algo sinistro ocorreu, uma faca negra aparece em meio às trevas e corta os cabos que ligavam seu corpo a cabeça liberando grandes quantidades de um líquido estranho no chão, ele sentia uma dor indescritível e sentia que estava prestes a morrer quando começa a lembrar de todos os momentos por ele vividos

Arthur:

-Foi uma boa jornada, nasci em uma boa família, e mesmo com meus pais sempre ocupados e rígidos, recebi carinho e amor, na escola tive minha cota de problemas mas também existiram os momentos de glória, aí tudo isso aconteceu.

-Estava na hora errada no lugar errado e vi o que não devia, e acabei me envolvendo nisso tudo, talvez tenha sido minha culpa, quem sabe, mas não me arrependo disso, cada momento nessa aventura rendeu muitas risadas e experiências, conheci pessoas que já considero melhores amigos, não, uma família, se esse for o fim de tudo, terá valido a pena.

E assim tudo fica preto.