BROOKLYN - NY
DARKING INVESTMENTS
7:45hs
Era praticamente impossível ver Matt comprimentar qualquer um de seus funcionários na empresa, mais difícil ainda era ver algum deles olhar para Matt assim que ele chegava, mas hoje, algo de diferente estava acontecendo, nem ele conseguia entender oque era. Mal havia entrado e uma de suas funcionárias se aproximou sem olhar para o seu rosto, timidamente:- Senhor... t-tenho algo que pode te interessar...é sobre o Fundo de Orçamentos da empresa... parece que ouve um furo financeiro no orçamento de um dos nossos clientes mais importantes...um furo de milhões...
- E por que está perdendo tempo aqui? Você não devia estar resolvendo esse problema? - Disse ele descarregando o seu mal humor na primeira pessoa que vê.
- S-sim mas... é que, não conseguimos identificar a origem desse furo... fizemos o possível, mas...
- O POSSÍVEL! VOCÊS FIZERAM O POSSÍVEL!?... Gritou ele, apontando o indicador para as mesas a sua esquerda - NEM VOCÊ E NEM OS OUTROS FUNCIONÁRIOS AQUI SÃO PAGOS PARA FAZER O POSSÍVEL... EU QUERO ESSE PROBLEMA RESOLVIDO ANTES DO MEIO-DIA, ESTÁ ME OUVINDO? ANTES DO MEIO-DIA!
- S-sim senhor... desculpe... - volta para a sua mesa ainda de cabeça baixa.
Matt abriu a porta do seu escritório e sentou-se em sua confortável cadeira giratória. Sua sala é totalmente branca com apenas uma escrivaninha repleta de papéis, um notebook e um interfone, e com um grande painel tecnológico na parede em frente a sua cadeira, sem nenhum objeto de decoração, com exceção da foto de sua filha que estava no canto direito da mesa.
Ele se ajustou na cadeira e olhou para a foto de sua filha sorridente enquanto afrouxava sua gravata. Lembrou-se do pedido que ela havia feito antes que ele a deixasse na escola a alguns minutos atrás: "-o senhor poderia passear comigo hoje papai?"... Matt resentiu-se por não ter respondido... Mas o trabalho é mais importante do que um passeio sem futuro... Pensou ele.- Preciso trabalhar - Afirmou para si mesmo abrindo o notebook.
Visualizou alguns gráficos, leu algumas anotações, já estava quase parando para tomar um café expresso quando sua secretária bate na porta e abre devagar. Susan é uma mulher loira, olhos azuis, de aproximadamente 27 anos e um corpo fitness, está vestindo um terno preto feminino e segurando alguns papéis. Matt não observou sua entrada.
- Com licença senhor Hollfman. - Disse ela em tom gentil.
- O que foi? - Respondeu ele sem tirar os olhos da tela do notebook - Algum problema?
- Nenhum senhor...
- E então? - Disse ele desviando o olhar para ela.
- O senhor Burkhart está na recepção querendo falar com o senhor, oque eu devo dizer a ele?
- Pessa para ele voltar outra hora, estou muito ocupado.
- Mas senhor, é importante - Acrescentou ela na tentativa de convencê-lo.
- Não importa, faça o que eu mandei - Disse, voltando novamente a olhar para o notebook.
- Sim, senhor - Consentiu Susan retirando-se do escritório.
- Oque o Idiota desse acessor quer comigo agora? - reclamou para si mesmo. Matt não podia pensar em outra coisa senão o seu trabalho, passou a manhã inteira analizando os gráficos da empresa, rendas, gastos, investimentos, Conselho, tarífas, impostos... Nesse tempo ninguém ousou entrar em sua sala e interromper o seu trabalho, tudo exatamente com esperava... até o interfone tocar...
- Mais essa agora - Resmungou Matt ao pegar o interfone - Oque foi Susan? não te falei que não quero ser interrompido enquanto trabalho? - disse irritado por ter sido interrompido.
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Sem Limites 1
ActionO ex-empresário (Matt A. Hollfman) um homem arrogante, mal humorado, intelectual, frio e calculista, após perder a sua empresa pra um de seus acessores, entra em colapso finaceiro e perde 70% de todos os seus bens. Matt nunca teve amigos e seus par...